Grandes Realizações: Retrospectiva Maturi 2022

Mórris Litvak • dez. 20, 2022

2022 foi um ano de superação na Maturi. Com tantas incertezas políticas e econômicas, continua sendo desafiador fazer com que as empresas priorizem temas como a diversidade etária.

Felizmente o ESG (sigla para Environment, Social and Governance) entrou de vez na agenda das grandes corporações, trazendo maior possibilidade para o avançar nos temas de diversidade e inclusão. Mesmo assim, o envelhecimento populacional e da força de trabalho ainda é erroneamente entendido como algo a ser olhado nos próximos anos. “Não é para agora” foi a constatação da importante – e pioneira – pesquisa realizada pela Maturi neste ano em parceria com a EY, lançada no MaturiFest 2022, em agosto.

Entre vários outros insights que a pesquisa trouxe, conseguimos alertar os profissionais de RH, Diversidade, Equidade & Inclusão e, principalmente, os líderes, da importância do tema, e mostrar à mídia e à população o quanto ainda estamos atrasados na inclusão dos 50+ no mercado de trabalho.

Por outro lado, se o tema ainda não é prioridade, ele já é visto como importante e necessário pela grande maioria das empresas e prova disso é a grande quantidade de projetos realizados pela Maturi em 2022, com cerca de 50 empresas avançando no tema, aprendendo, debatendo a diversidade etária e, ainda que pequeno, um número crescente de organizações já contratando e capacitando profissionais 50+.


Se, há 7 anos, no início da Maturi, as empresas não se interessavam ou nem mesmo entendiam o que falávamos, hoje a história é bem diferente e mostra uma animadora tendência de crescimento no tema de Diversidade Etária no mudo corporativo para os próximos anos.


Ainda que incipiente, é nítido o interesse e preocupação com a mudança demográfica e os impactos na força de trabalho. Bem diferente dos primeiros anos de Maturi, hoje somos procurados por grandes corporações que buscam entender melhor como isso irá afetar seus negócios no futuro, mostrando uma visão estratégica para o assunto.


Prova disso são alguns dos projetos realizados este ano com grande sucesso por diversas empresas em parceria com a Maturi, como: Suzano, Tokio Marine, Takeda, Nestlé, Itaú, Bank of America, Mondelez, Grupo Pão de Açúcar, MRV, Comgás, Boticário, Johnson & Johnson, Engie, RD, Grupo Carrefour, Dow e Livelo.

São nomes de peso de diversos segmentos, que nos enchem de orgulho pelos resultados já alcançados e, principalmente, pela mudança de cultura e impacto positivo sendo gerados no mercado de trabalho.


MaturiFest brilhou no retorno ao presencial

Alguns destes programas foram lançados no MaturiFest, que foi um grande marco da Maturi neste ano pela sua primeira edição híbrida. O evento de 4 dias foi uma aposta que se mostrou assertiva ao analisarmos os resultados e tamanho do alcance do festival, com mais de 20 mil pessoas em todo o Brasil e em vários outros países acompanhando online, e mais de 600 pessoas participando presencialmente das mais de 50 horas de conteúdo entre palestras, painéis e oficinas com grandes nomes de especialistas, influenciadores e pessoas famosas e anônimas, muito inspiradoras. Um evento realmente inesquecível que vale a pena rever e se preparar para não perder o próximo!


Com uma equipe altamente profissional e super engajada que continua crescendo, a Maturi participou de mais de 20 eventos e 50 reportagens em 2022 e também contou com parcerias importantes ao longo deste ano, como a EY, ABRH-SP, GPTW, Fórum Gerações e Futuro do Trabalho, Data8, Social Good Brasil, Sebrae, ILC-Brazil, Mais Vívida, Rede Longevidade, Meta, Longevidade Expo+Fórum e LinkedIn, para citar alguns.


Outra parceria muito importante foi com o Age-Friendly Institute, sediado em Boston, nos Estados Unidos, onde nos tornamos a primeira representante oficial do selo CAFE, trazendo ao Brasil a inédita certificação Age Friendly Employer com exclusividade ao Brasil, depois de 15 anos de consolidação e reconhecimento nos EUA.

Essa é uma iniciativa que promete mexer com o mercado em 2023, basta ver o grande interesse já demonstrado logo no lançamento da certificação no Brasil, em novembro.


Evolução da Maturi como empresa

Desde 2021 a Maturi vem investindo também em sua governança, estrutura interna de organização, otimização e automatização de processos, mensuração de resultados e impacto e fortalecimento de sua cultura interna, além da criação de um Conselho Consultivo.

Também crescemos em número de membros na nossa comunidade e base de talentos cadastrados, mantendo o alto engajamento a partir de um grande esforço feito pelo nosso time para levar conteúdo relevante, atual e de qualidade sobre empregabilidade e empreendedorismo para os 50+ de todo o Brasil. E agradecemos muito à nossa comunidade e time de embaixadores pela grande participação em todas as iniciativas realizadas ao longo do ano.


Por fim, fechamos o ano celebrando algumas conquistas que nos enchem de orgulho, como o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade de São Paulo (pelo 5º ano consecutivo), receber a certificação GPTW como um ótimo lugar para se trabalhar, figurar pela 1ª vez no Ranking 100 Open Startups 2022, sendo Top 10 na categoria HR Techs, o Prêmio Profissional Mérito ANEFAC 2022 na categoria Capital Humano e sermos Top 10 na categoria Impacto Social do Startup Awards 2022.

Já estamos nos preparando para que 2023 seja um ano de ainda mais realizações e impactos, com grandes novidades, muito trabalho e paixão pela nossa causa, que cada vez mais passa a ser um grande movimento de todos nós!

Nosso muito obrigado aos clientes, parceiros, time Maturi, investidores, voluntários, amigos, mentores e aos mais de 200 mil maturis que nos seguem e estão conosco em todo o Brasil. Juntos vamos mais longe!


Um Feliz Natal e um grande 2023 para todos nós! 



Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Por Contato Maturi 12 abr., 2024
Alguns anos atrás, começamos a provocar o mercado com a seguinte pergunta: “Por que não tropicalizar a comemoração do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril)?” Agora, chegou o momento da ação: convocar as empresas que pautam suas ações de ESG no calendário da Diversidade, direcionado pelas datas comemorativas, a instituir um período para ter como “o mês de Gerações”. As datas comemorativas são celebradas porque carregam um contexto histórico e cultural significativo. Com a consolidação dos dias e meses através do calendário, tornou-se natural celebrar o passar do tempo. No entanto, mais importante do que apenas marcar essas datas, é refletir sobre o seu significado profundo… Realizar ações apenas em datas específicas do calendário de diversidade não torna uma empresa verdadeiramente diversa, equitativa e inclusiva. Contudo, integrar ações nessas datas também garante uma comunicação coesa de que a empresa está comprometida com a promoção de uma cultura inclusiva para todas as pessoas. A dica é de ouro: você tem duas oportunidades excelentes para isso! - Abril : Por conta do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril), que pode servir como uma excelente oportunidade para iniciar discussões e projetos focados na integração intergeracional. - Outubro : Este mês é marcado por duas datas significativas que tratam da intergeracionalidade: o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1º de outubro) e o Dia das Crianças (12 de outubro), além do Dia da Menopausa (18 de outubro). Inserção: Reflexão sobre Dados e Estatísticas Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a população mundial de pessoas com 60 anos ou mais está projetada para dobrar de 12% para 22% entre 2015 e 2050. Isso destaca a necessidade urgente de políticas e práticas que não apenas acomodem, mas também integrem esses indivíduos na força de trabalho. Quando falamos de 50+, no Brasil, segundo o IBGE, já são mais de 56 milhões de pessoas (censo 2022), ou seja, 27% da população atual do país. Em 2040, a FGV estima que metade da força de trabalho do Brasil já seja 50+. Queremos ajudar e encorajar as organizações a refletirem sobre suas políticas e práticas de recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos, garantindo que estejam abertas a todas as idades e que valorizem a diversidade geracional. É possível criar um futuro onde a colaboração entre gerações não seja apenas uma ideia, mas sim uma realidade nos diferentes ambientes de trabalho. Portanto, vamos celebrar o Mês da Integração Intergeracional como um catalisador para a promoção dessa importante causa.
Por Contato Maturi 20 mar., 2024
Ser mulher, para mim, é ter muita curiosidade sobre o que é ser homem. Eu sei o que é ter privilégios em um país tão desigual, sei o que é ser branca, ser pessoa sem deficiência e ter intactas as faculdades mentais. O único fator social privilegiado que não conheço é o de ser homem. Só me cabe imaginar. Imaginar o que é ter segurança ao sair de casa sem camisa, de short apertado sem medo da sombra, sem ficar olhando 360 graus para antecipar algum perigo à distância, não ser atacada por olhares invasivos. Como é que deve ser passar por um grupo de homens desconhecidos, juntos numa esquina, e não ter certeza que vão olhar para sua bunda? Como deve ser se juntar com amigos numa esquina à tarde e olhar ostensivamente para bundas que passam? Eu não sei como é sair de casa de dia, em um lugar tranquilo, com a plena segurança de que consegue se defender? Como deve ser nem ter essa preocupação diária. Ir para o trabalho sabendo que pode alcançar cargos de diretor, presidente, gerente, sem se preocupar com barreiras invisíveis e, por isso, intransponíveis. Como deve ser passar a juventude sem medo de engravidar? Não ter qualquer outro plano submetido à maternidade. Não ter ansiedade sobre a dor do parto, algo equivalente à sensação de 20 ossos quebrados todos de uma só vez? Não correr o risco de ter a vida e o corpo implacavelmente alterados por, no mínimo, um ano, independentemente de sua vontade. Algo que pode acontecer apenas porque a natureza quer e deve-se estar alerta aos seus desígnios, sem arbítrio sobre o corpo, a não ser que cometa um crime. Eu não quero dar a entender que a maternidade é ruim, eu adoro ser mãe e há mulheres tristes por não poderem ser. É que eu fico curiosa para saber o que é nem ter esse tipo de preocupação na vida, mensalmente. E esperar feliz a menstruação, algumas vezes acompanhada de dores equivalentes a um infarto. No caso, a hemorragia é externa e junta-se a ela a aflição com calças brancas, estoque de absorventes, datas de viagens à praia e atenção redobrada para não matar algum ser vivo. Fora agir de maneira a ninguém notar que isso tudo está acontecendo. O desejo não acaba com a idade, assim como a curiosidade. Será que a um homem acontece de, em quase toda interação com uma mulher desconhecida, avaliar se está ou não propondo intimidade por atos, palavras ou sinais? Vou dar um exemplo: será que um homem vai fazer as unhas e fica preocupado se a calça está apertada e a podóloga vai se sentir convidada a apalpar seu pênis? Será que um grupo de homens em viagem de carro, que precisem parar à noite em um posto de gasolina suspeito, depois de segurar por quilômetros o xixi, ficam com medo do frentista agarrá-los à força? É esse tipo de coisa que eu queria muito saber. Você pode dizer que, a essa altura da minha vida, eu já sei boa parte do que pergunto. Sim, mulheres da minha idade são objetos de pouca atenção, e a mesma natureza esfrega na nossa cara a indiferença. E é por esse motivo que nem posso saborear o entendimento, já que lido com toda a transformação de uma segunda adolescência. Ao contrário. O turbilhão hormonal acontece de novo, com alterações involuntárias desgastantes, no sentido exato da palavra. Ossos, articulações, cabelos, pele desgastados. Como deve ser a andropausa? Será que ela obriga o homem a se equilibrar entre a tristeza no olhar que vê no espelho e a desonrosa saudade do olhar de desejo dos outros? Não quero diminuir a tensão que envolve o papel dos homens na dança do acasalamento humano; mas será que esse jogo acaba para o homem do mesmo jeito que para a mulher? Porque para nós, antes do fim, o capitão do time te coloca no banco do nada. E você passa de artilheira para gandula, depois de cansar de ficar esperando alguém lhe dar bola. É muito melhor quando são eles que não dão mais conta de jogar e param, não antes de realizar uma última partida festiva com amigos convidados e mulheres na arquibancada, que ainda vão dizer que estão todos bem de cabelo branco. Toda esta minha curiosidade sem fim (diferente deste texto) fica, obviamente, dentro de uma limitação cisgênero e geracional. Pode ser que as jovens de agora não tenham nenhuma dessas perguntas, mas duvido que não tenham outras. E imagino que a mulher atual, com todas as suas manifestações e bandeiras, tenha ainda assim aguçada uma característica que, independentemente de ser um substantivo feminino, une os gêneros. Se existe algo realmente igualitário é a curiosidade.
Por Contato Maturi 15 mar., 2024
No mês em que celebramos a força, a resiliência e as conquistas das mulheres em todo o mundo, é crucial lembrarmos que a jornada da mulher não tem um ponto final aos 40, 50, 60 anos ou mais. Pelo contrário, é uma jornada contínua de crescimento, aprendizado e contribuição, independentemente da idade. Na Maturi, reconhecemos a importância de valorizar e empoderar as mulheres maduras, que trazem consigo uma riqueza de experiência, sabedoria e habilidades únicas. Neste mês da mulher, queremos destacar o papel vital que as mulheres maduras desempenham no mercado de trabalho e a sua potência ainda pouco explorada nos diferentes ecossistemas profissionais. No entanto, quando se fala em Dia Internacional da Mulher, além dos eventos comemorativos ao longo do mês (#8M) pouco se discute sobre a intergeracionalidade das mulheres como um diferencial. Sabe por que? Um dos grandes motivos é a falta de repertório. A Maturi vem tropicalizando nos últimos anos ( saiba mais ) uma data relevante do mês de abril: o Dia Europeu de Solidariedade entre Gerações. É um mês pouco explorado no Calendário da Diversidade de forma geral e que tem total conexão com as estratégias de educar e letrar as pessoas sobre o tema. Qual é a contribuição dos diferentes grupos identitários e de diferentes faixas etárias no ambiente profissional? A diversidade geracional traz uma variedade de perspectivas, ideias e abordagens que enriquecem qualquer equipe ou empresa. Em um mundo em constante mudança, onde a tecnologia e as práticas de trabalho evoluem rapidamente, a colaboração entre as gerações é fator crítico de sucesso. As mulheres maduras têm um papel fundamental a desempenhar nesse processo de colaboração, oferecendo não apenas sua experiência profissional, mas também sua capacidade de adaptação e resiliência. No entanto, ainda há desafios a serem superados. Muitas vezes, as mulheres maduras enfrentam maior discriminação no mercado de trabalho do que homens 50+. Um exemplo disso é que, segundo o estudo sobre Etarismo que a Maturi e EY lançaram em 2023, 32% das mulheres que responderam ao levantamento estavam desempregadas há mais de 1 ano enquanto os homens representavam 20%. Já parou para pensar que a interseccionalidade se torna mais cruel para os grupos subrepresentados? Ao comemorar o mês da mulher, te convidamos a refletir sobre o papel crucial das mulheres maduras em suas equipes e a considerarem como podem promover uma cultura de inclusão e colaboração intergeracional. Não se esqueça que essa celebração não pode ocorrer 1x por ano, ou seja, somente no calendário que o mercado reconheça. Recomendamos, fortemente, que inclua o mês de Abril em seu planejamento como um possível mês que represente o pilar de gerações. #valorizeaidade #mulheresmaduras #mulheres50+ #8M #longevidade #maturidade #mesdasmulheres #diversidadeetaria #intergeracionalidade #combateaoetarismo
Share by: