O RH da empresa é etarista?
11 de novembro de 2025
5 sinais de que a cultura de uma organização está discriminando pessoas mais velhas
O etarismo no ambiente de trabalho pode ser sutil — e, justamente por isso, perigoso. Muitas vezes, ele está embutido em processos, linguagens e práticas que parecem neutras, mas que na prática excluem profissionais mais velhos. O prejuízo não se limita a quem é deixado de fora, mas às empresas, que perdem talento, diversidade e performance.
Segundo o relatório Future of Work 2023, da AARP (American Association of Retired Persons), 2 a cada 3 profissionais 50+ já sentiram discriminação por idade no trabalho. No Brasil, a Pesquisa Maturi (2023 - acesse aqui) mostra que 9 em cada 10 profissionais maduros estão em busca de recolocação.
“Enquanto o tema for abordado como um posicionamento de marca, dificilmente haverá uma transformação genuína na sociedade. Porém, nós entendemos que esse esforço não pode caminhar sozinho pelo setor privado, é necessário que o governo e a sociedade estejam na mesma direção”, comenta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi.
Está na hora de rever práticas e criar ambientes mais inclusivos para todas as idades. A seguir, um checklist para você identificar se o etarismo ainda está presente na sua organização:
Checklist: sua empresa está pronta para incluir talentos 50+?
1. Recrutamento e seleção:
- Você analisa se profissionais 50+ estão chegando às suas shortlists?
- As descrições de vaga evitam termos como “jovem talento”, “recém-formado” ou “perfil júnior”?
- O RH considera profissionais maduros para cargos operacionais e estratégicos?
2. Cultura organizacional:
- O tema da diversidade etária está incluído nas ações de DEI?
- A comunicação interna retrata pessoas de diferentes idades em cargos de liderança?
- Existem canais para denunciar qualquer tipo de discriminação?
3. Desenvolvimento e carreira:
- Pessoas 50+ têm acesso a programas de formação, capacitação e mentoring?
- A empresa promove ações para combater estereótipos sobre envelhecimento?
- Há incentivo à troca intergeracional e à valorização da experiência?
4. Gestão de talentos e sucessão:
- Profissionais maduros são considerados em planos de sucessão?
- Existe um olhar estratégico para manter 50+ na ativa, inclusive com formatos híbridos ou carga horária flexível?
5. Preparação para aposentadoria:
- Sua empresa tem programas voltados à transição e à preparação para aposentadoria?
- Há políticas para que esse momento não represente exclusão, mas sim reorientação?
Passando a limpo
Se sua empresa respondeu “não” ou “não sei” para um ou mais itens, já é sinal de alerta. O etarismo estrutural pode estar presente e impactando diretamente a diversidade, a inovação e os resultados da sua equipe.
O combate ao etarismo não começa só com treinamentos, mas com uma mudança de mentalidade nos processos mais básicos do RH.
Trata-se de enxergar a idade como um ativo estratégico e não como um impeditivo.
Já conhece a certificação Age Friendly?
O selo Age Friendly Employer reconhece as empresas promotoras da diversidade etária. Atualmente são 19 empresas certificadas no Brasil, organizações que estão na vanguarda das melhores práticas para um ambiente inclusivo para pessoas 50+.
Se a sua empresa quer entender como iniciar essa jornada e obter a Certificação Age-Friendly, preencha o formulário para agendar uma reunião com a nossa equipe.
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