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Uma estratégia comum de articulistas (escritores em geral) é de iniciar o texto com uma pergunta título que instigue o leitor e que apenas nos derradeiros parágrafos apresentará a resposta. “Prende o leitor” na opinião de alguns ou de muitos. Rompo com essa atitude, neste artigo, e de cara esclareço ser o ser humano o que une os substantivos acima.
Por amor e luto a maioria de nós passa ao longo da vida. O desemprego, em especial nos dias atuais, muitos também experimentam. Aliás, sou capaz de apostar que haveria poucas exceções de quem não tenha experimentado este momento ao longo de uma carreira.
Bem, mas por que trago este mote para discorrer?
A resposta remonta a 1969, quando a psiquiatra suíça Elisabeth Küber Ross lança um livro que se torna um marco para muitas áreas de estudo do comportamento humano.
Chamado “Sobre a Morte e o Morrer”, o livro reporta o resultado de inúmeras entrevistas com pacientes terminais, descrevendo então o que a autora tratou por Os 5 Estágios que são percorridos pelos entrevistados.
Estes estágios foram posteriormente adaptados por outros autores para representarem as fases porque passa quem experimenta o luto e o rompimento no amor.
Nós todos que tenhamos perdido alguém, pela morte ou pelo fim do relacionamento amoroso, haveremos de ter passado por algum, ou todos, estes estágios. Reforço este dado: poderemos não passar por todas as etapas e nem mesmo nessa sequência.
Mas agora pergunto: seria possível essa mesma quina ser tratada pela ótica do desemprego?
Bem, pedindo a autorização, ainda que póstuma, da dra. Küber Ross, proponho, novamente de forma petulante, que tentemos juntos ver essa possível adaptação.
Convido-os que me acompanhem e o façam criticamente e, querendo, me questionem em comentários a este texto.
Vamos a eles:
Ressalto, antes de encerrar, que ao escrever sobre este tema não me vali de pesquisas, entrevistas ou depoimentos. Baseei-me em minhas próprias experiências vividas a cada nova etapa profissional. E, com 45 anos de atividades, estejam certos de que não foram poucas.
Por fim, um alerta importante: alguns, como citei acima, precisarão de apoio e aconselhamento. Neste caso o profissional indicado é aquele que se dedica ao coach de carreira e, de preferência, que tenha formação em psicologia e que lhes seja indicado por quem com ele já tenha trabalhado.
Agora sugiro aos que estejam à busca de novas colocações que tentem identificar por qual estágio, dos cinco acima, estejam passando. Essa consciência lhes será útil.
Sucesso!
(*) O dilema entre “o” e “um” – neste artigo tratei da mudança que ocorre comumente. O profissional, enquanto estava empregado, deixava de acompanhar o mercado e assim se achava “o profissional”. Agora que está fora do mercado, e depois de um certo tempo, começa a enxergar que há muitos como ele e alguns até melhores. Percebe assim que é “um” e não “o” como se achava antes.
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