As diferenças entre as pessoas ocupadas e as produtivas

Walter Alves • out. 26, 2022

Atingir níveis máximos de produtividade no trabalho pode transformar-se numa escolha entre ser uma pessoa ocupada ou uma pessoa produtiva


A busca para ser mais eficaz no trabalho tem produzido conceitos equivocados sobre o que realmente significa ser produtivo no trabalho. A maioria das pessoas ainda pensa que ser produtivo é o mesmo que estar ocupado.

Na tabela abaixo – inspirada no trabalho de Conor Neill – comparamos o que fazem as pessoas produtivas e as ocupadas.


11 diferenças entre as pessoas produtivas e as ocupadas

Pessoa Produtiva Pessoa Ocupada
têm uma missão para suas vidas fazem parecer que têm uma missão
têm poucas prioridades têm muitas prioridades
dizem que sim vagarosamente dizem sim rapidamente
focam na clareza antes da ação concentram na ação
fecham portas mantêm todas as portas abertas
deixam seus resultados falarem por si falam sobre como estão ocupadas
reservam tempo para o que é importante falam sobre o pouco tempo que têm
têm foco são multitarefa
não têm pressa em dar respostas respondem rapidamente os e-mails
querem que outras pessoas sejam eficazes querem que outras pessoas estejam ocupadas
estão fazendo mudanças falam sobre como fazer mudanças

Pessoas ocupadas estão empenhadas em fazer mais coisas no dia a dia. As produtivas reduzem sua lista de tarefas em 50%.


Pessoas ocupadas acham que fazer mais coisas nas oito ou nove horas de trabalho é o correto. Elas colocam muitos itens em sua lista de tarefas apenas para jogar a maioria para o dia seguinte.


As pessoas produtivas sabem muito bem que não precisam de uma enormidade de itens em sua lista. Elas adotam a abordagem menos-é-mais quando se trata de planejar o dia de trabalho realizando apenas aquelas que são importantes.


Pessoas ocupadas executam várias tarefas ao mesmo tempo. As produtivas sabem a diferença entre “urgente” e “importante”.


Pessoas ocupadas passam a maior parte do tempo lutando para pagar incêndios desnecessários porque são surpreendidas por preocupações urgentes que, na essência, não são tão importantes assim.


Muitas coisas são rotuladas como urgentes, geralmente, por um colega ou pelo chefe, que esperam respostas o mais rápido possível. Pessoas produtivas sabem diferenciar tarefas importantes das urgentes. Elas se concentram em fazer o que é importante, em vez de gastar seu tempo com tarefas urgentes.


Pessoas ocupadas estão sempre distraídas. As produtivas priorizam.


Pessoas ocupadas desenvolveram hábitos para a redução de produtividade ao longo dos anos. Elas verificam e-mails e aplicativos de mensagens compulsivamente e são interrompidas sempre que o telefone toca. E isso pode tornar o cérebro mais lento.


Num recente estudo do King’s College London University, eles descobriram que a compulsão em acessar a caixa de entrada e alternar, constantemente, a tarefa do momento com a resposta de e-mails ou mensagens altera sua estrutura cerebral, levando a uma perda de foco.


Pessoas produtivas criam método para as mais simples tarefas, como checar mensagens. Elas reservam um tempo curto e específico para gerenciar as várias caixas de entrada, para que possam se concentrar mais no que é prioritário para o cumprimento das metas diárias.


Pessoas ocupadas são multitarefa. As produtivas focam.


Pessoas ocupadas se esforçam para fazer 15 coisas ao mesmo tempo. Elas têm várias janelas e arquivos abertos no computador e verificam constantemente a agenda.


As produtivas concentram-se em realizar as tarefas mais importantes de maneira mais eficiente juntando as prioritárias com as menos importantes e complementar.


Por exemplo, uma pessoa altamente produtiva anota ideias sobre um projeto potencial enquanto aguarda o início de uma reunião. Também estão cientes que devem realizar multitarefas somente se puderem ser realizadas com menos energia.


Se você é um destas pessoas ocupadas que gostariam de se transformar numa produtiva, siga as regras do 80/20 para escolher suas tarefas. Remova do seu dia as coisas que não são necessárias e que tenham impacto mínimo na sua produtividade.



Pessoas ocupadas estão grudadas em seus postos de trabalho. As produtivas sabem fazer pausas.


Pessoas ocupadas raramente fazem pausas. Na verdade, elas pensam que os intervalos são para quem procrastina. Elas também ficam frustradas quando veem pessoas produtivas que parecem ter todo o tempo do mundo e que estão realmente gostando do trabalho.


As produtivas sabem quando dar-se um tempo. Elas têm o tempo livre quando vão ao show do músico favorito, ou ao cinema, ou quando meditam ou, simplesmente, se alimentam. Elas sabem que podem ser mais eficientes quando deixam seus cérebros descansarem após longas horas de trabalho.


E aí? Você é um burro ocupado ou um unicórnio produtivo?

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Por Contato Maturi 12 abr., 2024
Alguns anos atrás, começamos a provocar o mercado com a seguinte pergunta: “Por que não tropicalizar a comemoração do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril)?” Agora, chegou o momento da ação: convocar as empresas que pautam suas ações de ESG no calendário da Diversidade, direcionado pelas datas comemorativas, a instituir um período para ter como “o mês de Gerações”. As datas comemorativas são celebradas porque carregam um contexto histórico e cultural significativo. Com a consolidação dos dias e meses através do calendário, tornou-se natural celebrar o passar do tempo. No entanto, mais importante do que apenas marcar essas datas, é refletir sobre o seu significado profundo… Realizar ações apenas em datas específicas do calendário de diversidade não torna uma empresa verdadeiramente diversa, equitativa e inclusiva. Contudo, integrar ações nessas datas também garante uma comunicação coesa de que a empresa está comprometida com a promoção de uma cultura inclusiva para todas as pessoas. A dica é de ouro: você tem duas oportunidades excelentes para isso! - Abril : Por conta do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril), que pode servir como uma excelente oportunidade para iniciar discussões e projetos focados na integração intergeracional. - Outubro : Este mês é marcado por duas datas significativas que tratam da intergeracionalidade: o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1º de outubro) e o Dia das Crianças (12 de outubro), além do Dia da Menopausa (18 de outubro). Inserção: Reflexão sobre Dados e Estatísticas Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a população mundial de pessoas com 60 anos ou mais está projetada para dobrar de 12% para 22% entre 2015 e 2050. Isso destaca a necessidade urgente de políticas e práticas que não apenas acomodem, mas também integrem esses indivíduos na força de trabalho. Quando falamos de 50+, no Brasil, segundo o IBGE, já são mais de 56 milhões de pessoas (censo 2022), ou seja, 27% da população atual do país. Em 2040, a FGV estima que metade da força de trabalho do Brasil já seja 50+. Queremos ajudar e encorajar as organizações a refletirem sobre suas políticas e práticas de recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos, garantindo que estejam abertas a todas as idades e que valorizem a diversidade geracional. É possível criar um futuro onde a colaboração entre gerações não seja apenas uma ideia, mas sim uma realidade nos diferentes ambientes de trabalho. Portanto, vamos celebrar o Mês da Integração Intergeracional como um catalisador para a promoção dessa importante causa.
Por Contato Maturi 20 mar., 2024
Ser mulher, para mim, é ter muita curiosidade sobre o que é ser homem. Eu sei o que é ter privilégios em um país tão desigual, sei o que é ser branca, ser pessoa sem deficiência e ter intactas as faculdades mentais. O único fator social privilegiado que não conheço é o de ser homem. Só me cabe imaginar. Imaginar o que é ter segurança ao sair de casa sem camisa, de short apertado sem medo da sombra, sem ficar olhando 360 graus para antecipar algum perigo à distância, não ser atacada por olhares invasivos. Como é que deve ser passar por um grupo de homens desconhecidos, juntos numa esquina, e não ter certeza que vão olhar para sua bunda? Como deve ser se juntar com amigos numa esquina à tarde e olhar ostensivamente para bundas que passam? Eu não sei como é sair de casa de dia, em um lugar tranquilo, com a plena segurança de que consegue se defender? Como deve ser nem ter essa preocupação diária. Ir para o trabalho sabendo que pode alcançar cargos de diretor, presidente, gerente, sem se preocupar com barreiras invisíveis e, por isso, intransponíveis. Como deve ser passar a juventude sem medo de engravidar? Não ter qualquer outro plano submetido à maternidade. Não ter ansiedade sobre a dor do parto, algo equivalente à sensação de 20 ossos quebrados todos de uma só vez? Não correr o risco de ter a vida e o corpo implacavelmente alterados por, no mínimo, um ano, independentemente de sua vontade. Algo que pode acontecer apenas porque a natureza quer e deve-se estar alerta aos seus desígnios, sem arbítrio sobre o corpo, a não ser que cometa um crime. Eu não quero dar a entender que a maternidade é ruim, eu adoro ser mãe e há mulheres tristes por não poderem ser. É que eu fico curiosa para saber o que é nem ter esse tipo de preocupação na vida, mensalmente. E esperar feliz a menstruação, algumas vezes acompanhada de dores equivalentes a um infarto. No caso, a hemorragia é externa e junta-se a ela a aflição com calças brancas, estoque de absorventes, datas de viagens à praia e atenção redobrada para não matar algum ser vivo. Fora agir de maneira a ninguém notar que isso tudo está acontecendo. O desejo não acaba com a idade, assim como a curiosidade. Será que a um homem acontece de, em quase toda interação com uma mulher desconhecida, avaliar se está ou não propondo intimidade por atos, palavras ou sinais? Vou dar um exemplo: será que um homem vai fazer as unhas e fica preocupado se a calça está apertada e a podóloga vai se sentir convidada a apalpar seu pênis? Será que um grupo de homens em viagem de carro, que precisem parar à noite em um posto de gasolina suspeito, depois de segurar por quilômetros o xixi, ficam com medo do frentista agarrá-los à força? É esse tipo de coisa que eu queria muito saber. Você pode dizer que, a essa altura da minha vida, eu já sei boa parte do que pergunto. Sim, mulheres da minha idade são objetos de pouca atenção, e a mesma natureza esfrega na nossa cara a indiferença. E é por esse motivo que nem posso saborear o entendimento, já que lido com toda a transformação de uma segunda adolescência. Ao contrário. O turbilhão hormonal acontece de novo, com alterações involuntárias desgastantes, no sentido exato da palavra. Ossos, articulações, cabelos, pele desgastados. Como deve ser a andropausa? Será que ela obriga o homem a se equilibrar entre a tristeza no olhar que vê no espelho e a desonrosa saudade do olhar de desejo dos outros? Não quero diminuir a tensão que envolve o papel dos homens na dança do acasalamento humano; mas será que esse jogo acaba para o homem do mesmo jeito que para a mulher? Porque para nós, antes do fim, o capitão do time te coloca no banco do nada. E você passa de artilheira para gandula, depois de cansar de ficar esperando alguém lhe dar bola. É muito melhor quando são eles que não dão mais conta de jogar e param, não antes de realizar uma última partida festiva com amigos convidados e mulheres na arquibancada, que ainda vão dizer que estão todos bem de cabelo branco. Toda esta minha curiosidade sem fim (diferente deste texto) fica, obviamente, dentro de uma limitação cisgênero e geracional. Pode ser que as jovens de agora não tenham nenhuma dessas perguntas, mas duvido que não tenham outras. E imagino que a mulher atual, com todas as suas manifestações e bandeiras, tenha ainda assim aguçada uma característica que, independentemente de ser um substantivo feminino, une os gêneros. Se existe algo realmente igualitário é a curiosidade.
Por Contato Maturi 15 mar., 2024
No mês em que celebramos a força, a resiliência e as conquistas das mulheres em todo o mundo, é crucial lembrarmos que a jornada da mulher não tem um ponto final aos 40, 50, 60 anos ou mais. Pelo contrário, é uma jornada contínua de crescimento, aprendizado e contribuição, independentemente da idade. Na Maturi, reconhecemos a importância de valorizar e empoderar as mulheres maduras, que trazem consigo uma riqueza de experiência, sabedoria e habilidades únicas. Neste mês da mulher, queremos destacar o papel vital que as mulheres maduras desempenham no mercado de trabalho e a sua potência ainda pouco explorada nos diferentes ecossistemas profissionais. No entanto, quando se fala em Dia Internacional da Mulher, além dos eventos comemorativos ao longo do mês (#8M) pouco se discute sobre a intergeracionalidade das mulheres como um diferencial. Sabe por que? Um dos grandes motivos é a falta de repertório. A Maturi vem tropicalizando nos últimos anos ( saiba mais ) uma data relevante do mês de abril: o Dia Europeu de Solidariedade entre Gerações. É um mês pouco explorado no Calendário da Diversidade de forma geral e que tem total conexão com as estratégias de educar e letrar as pessoas sobre o tema. Qual é a contribuição dos diferentes grupos identitários e de diferentes faixas etárias no ambiente profissional? A diversidade geracional traz uma variedade de perspectivas, ideias e abordagens que enriquecem qualquer equipe ou empresa. Em um mundo em constante mudança, onde a tecnologia e as práticas de trabalho evoluem rapidamente, a colaboração entre as gerações é fator crítico de sucesso. As mulheres maduras têm um papel fundamental a desempenhar nesse processo de colaboração, oferecendo não apenas sua experiência profissional, mas também sua capacidade de adaptação e resiliência. No entanto, ainda há desafios a serem superados. Muitas vezes, as mulheres maduras enfrentam maior discriminação no mercado de trabalho do que homens 50+. Um exemplo disso é que, segundo o estudo sobre Etarismo que a Maturi e EY lançaram em 2023, 32% das mulheres que responderam ao levantamento estavam desempregadas há mais de 1 ano enquanto os homens representavam 20%. Já parou para pensar que a interseccionalidade se torna mais cruel para os grupos subrepresentados? Ao comemorar o mês da mulher, te convidamos a refletir sobre o papel crucial das mulheres maduras em suas equipes e a considerarem como podem promover uma cultura de inclusão e colaboração intergeracional. Não se esqueça que essa celebração não pode ocorrer 1x por ano, ou seja, somente no calendário que o mercado reconheça. Recomendamos, fortemente, que inclua o mês de Abril em seu planejamento como um possível mês que represente o pilar de gerações. #valorizeaidade #mulheresmaduras #mulheres50+ #8M #longevidade #maturidade #mesdasmulheres #diversidadeetaria #intergeracionalidade #combateaoetarismo
Share by: