Sua empresa merece a certificação 50+?

Regiane Bochichi • 7 de junho de 2021

Certificação 50+: Inscrições para o ranking etário da consultoria Great Place to Work vai até 14 de junho para as empresas que já aplicaram para certificação geral.


Os profissionais mais maduros apresentam maior fidelidade à empresa, comprometimento com o trabalho, maior preocupação com a gestão de riscos e comportamento ético.


Estes são alguns dos resultados obtidos em pesquisa pela consultoria global Great Place to Work. Anualmente, a GPTW certifica e reconhece as melhores organizações a partir da experiência dos seus colaboradores e há dois anos, tem investido em um ranking 50+, que avalia práticas inclusivas e inovadoras das empresas, fazendo um recorte por geração.


“Nosso objetivo é justamente em impulsionar e fazer com que mais empresas olhem para este pilar da diversidade”, afirma Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais.


“Hoje, dentro do guarda-chuva de diversidade há muitas vertentes. A temática feminina é uma que cresceu muito. No último ano, foi a vez das questões étnico-racial. Queremos identificar os melhores cases de 50+ e fazer trabalho forte de conscientização das empresas.”


Great Place to Work tem atuado em programas de certificação de inclusão para empresas em seis pilares: mulheres, etno-racial, LGTB+, primeira infância, pessoas com deficiência e 50 + que estreou o ano passado e tem o apoio da Maturi.


Antes, porém, desta certificação, a empresa deve passar por uma primeira etapa que corresponde a ser bem avaliada em:


  1. Pesquisa de clima (Trust Index) para medir a qualidade do ambiente de trabalho.
  2. Comentários dos funcionários sobre o que faz da sua organização um excelente lugar para trabalhar e como poderia ser ainda melhor.
  3. Práticas culturais juntos aos funcionários.
  4. Material adicional com rankings temáticos e questionários adicionais para permitir uma análise mais aprofundada sobre temas.


A GPTW mede a relação de confiança nas empresas no Brasil desde 1997. O selo tem se tornado muito cobiçado pois é uma sinal claro de como os funcionários percebem o seu local de trabalho, as melhores práticas e políticas de desenvolvimento humano, de que forma atrai e retém bons profissionais e como ser relaciona com os stakeholders. Segundo Daniela, ao passar pelo crivo da certificação, significa que a empresa:


  • se preocupa com seu time;
  • investe no ambiente de trabalho;
  • é reconhecida pelos funcionários como um lugar de respeito, confiança, credibilidade e crescimento.


Para conquistar a certificação de 50+, a companhia deve ter no mínimo de 30 funcionários no Brasil, sendo pelo menos 5 deles com mais 45 de anos e respondido a pesquisa geral. O prazo termina no dia 14 de junho.


“Ter maturis no time é conciliar experiência, rápido aprendizado e equilíbrio emocional”, comenta a diretora. “Além disso, a rotatividade voluntária das empresas premiadas no GPTW 50+ é muito mais baixa e, geralmente, são mais diversas em outros pilares também.”


Benchmarking


Em 2020, a pesquisa contou com 54 empresas inscritas, representando 115.795 funcionários. O Trust Index médio dos funcionários 45+ das premiadas foi de 92.


No total, 5 empresas foram premiadas e receberam a certificação 50+: Bristol-Myers Squibb, Cisco, Sabin Medicina Diagnóstica, Takeda e Tokio Marine Seguradora.


Na época, para o anúncio do ranking (considerado como destaque) a Maturi fez uma Live com o diretor da GPTW Ruy Shiozawa. Assista:

Alguns dos pontos comum entre as premiadas são que possuem um responsável em combater a discriminação e promover a diversidade, montaram comitês específicos e estão nesta jornada há alguns anos.


Na Tokio Marine, todas as iniciativas voltadas à promoção da igualdade estão reunidas no guarda-chuva “Tokio com Todos”, criado em 2017.


O resultado desta unificação de políticas foi que, no ano passado, se elegeu em primeiro lugar na categoria Seguradoras da 2ª edição do ranking Melhores Empresas para Trabalhar – Instituições Financeiras 2020 e reconhecida pelas melhores práticas de gestão para mulheres, de grupos étnico-raciais e ações desenvolvidas para colaboradores acima dos 50 anos.


A seguradora tem aproximadamente 12% do seu quadro formado por pessoas nesta faixa etária. Sendo que havia praticamente quadruplicado o número de contratados maduros, atingindo uma taxa de retenção de 82%.


Já a Takeda, empresa que atua no setor de biofarmacêutica na área de Pesquisa e Desenvolvimento em Oncologia, Gastroenterologia, Neurociências e Doenças Raras, possui desde 2019, um programa específico dividido em cinco comitês de trabalho – Racial, Gênero, PCD, LGBTI+ e Etário.


Cada uma destas frentes conta com um embaixador que é um(a) diretor(a) executivo(a) que garante a manutenção e integração do grupo de funcionários voluntários e são responsáveis por cascatear a cultura e a inclusão na empresa. Estas pessoas traçam um plano de trabalho com o apoio da área de Recursos Humanos e cuidam de toda implementação, com reuniões periódicas e acompanhamento da liderança.


Grupo Sabin foi eleita mais uma vez “Melhor Empresa para Trabalhar” na categoria medicina diagnóstica e ficou entre as 10 no ranking das grandes empresas em 2020. O “Comitê de Diversidade & Inclusão” foi criado dois anos antes A iniciativa é voltada ao desenvolvimento de projetos que engajem os colaboradores das suas 296 unidades distribuídas em todo o país, abrangendo cinco pilares: gênero; raça; LGBTQIA+; pessoas com deficiência; e multigerações, onde encaram a questão dos maturis.


No caso da BMS, existem grupos de colaboradores voluntários que atuam em várias dimensões da diversidade para ajudar a orientar as prioridades globais de diversidade e inclusão focando a integração de talentos, insights de negócios e reputação da companhia.


Atualmente no Brasil existem cinco destes grupos, a saber: o BOLD, Organização Negra para Liderança e Desenvolvimento, o B-NOW, Rede de Mulheres da Bristol-Myers, o CLIMB, Cultivando Liderança e Inovação para Jovens Millennials, o LGBTA para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Aliados e a Rede de Trabalho para Pessoas com Necessidades Especiais, conhecido como DAWN.


Em cada um deles, os participantes são responsáveis por criar um plano de negócios com ações, prazos e metas que recebe o aval da matriz. E o mais interessante, não é necessário ser exatamente representante das vertentes, por exemplo, os homens são bem-vindos a colaborarem com a turma das mulheres.

Por fim, a Cisco combate o mal pela raiz. Os seus anúncios de vagas não mencionam preferências etárias, de gênero, de estado civil ou de quaisquer outros aspectos que possam resultar em discriminação.


Além disso, no processo de entrevistas já tem a diversidade e a inclusão garantidas em sua estrutura: usam um painel diverso de entrevistadores, e todas as perguntas são baseadas apenas nos requisitos de trabalho.


Conta ainda com duas ferramentas e iniciativas internas, como o Diverse Talent Accelerators (DTA) e Smart Tools, que permitem expandir o olhar para os talentos de diferentes idades, permitindo o aumento deste grupo na companhia.


Quer saber mais sobre a certificação 50 +? Visite o site da GWTP.


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De lá para cá, houve uma verdadeira revolução digital impulsionada por essa nova geração de influenciadores. Com autenticidade, experiência de vida e um olhar único sobre o mundo, eles estão conquistando espaço, quebrando estereótipos e provando que longevidade e tecnologia caminham juntas. A Força dos Influenciadores Maduros no Digital Muito além do entretenimento, as redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para a longevidade ativa. Elas ajudam a combater a solidão, fortalecem a autoestima e possibilitam a construção de novos propósitos. Para muitos, ser influenciador não é apenas um hobby, mas uma profissão que permite compartilhar conhecimento, histórias inspiradoras e ainda gerar renda extra. Com o aumento da expectativa de vida e os desafios financeiros que acompanham a maturidade, a monetização digital se apresenta como uma alternativa viável e necessária. 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