Valorize a idade: Meetup discute papel da liderança na diversidade etária

Jurandir Siqueira • out. 15, 2022

Valorize a idade! Outubro é o mês da longevidade e iniciou com as comemorações do Dia Internacional da Pessoa Idosa, momento adequado para fazermos uma provocação que ainda é tabu (em pleno 2023) no mundo corporativo: Na sua empresa o tema Diversidade está na agenda da alta liderança? E Diversidade Etária? É o que vamos debater no Meetup Maturi, que acontece na quinta-feira, 20 de Outubro, a partir das 09h via Zoom. 


Em estudo recente feito pela EY (Ernst & Young) em parceria com a Maturi intitulado “Por que pessoas 50+ não são consideradas como força de trabalho em um país que envelhece?”, realizado em 191 empresas de grande porte no Brasil, conseguimos traçar um diagnóstico e apontar tendências para combater o etarismo no mundo corporativo, focando na inclusão dos 50+ dentro dos pilares de diversidade. 


O envelhecimento da população brasileira vem acontecendo de forma acelerada por uma conjunção de fatores que incluem baixas taxas de mortalidade precoce, melhores condições de vida e redução da natalidade. Hoje, 26% da população brasileira tem mais de 50 anos, mas, até 2040, 57% da força de trabalho terá mais de 45 anos. 


E esse é o grande desafio que bate à porta das empresas e afetará a todos nós mais cedo ou mais tarde. Mas, por onde começará?


A liderança é uma barreira

Em um dos recortes desse estudo, onde foi perguntado: “Qual é a visão da alta liderança sobre o tema do envelhecimento da força de trabalho?”, chegamos a um quadro preocupante e que acende o alerta, veja os números:


  • 41% das empresas ainda não tem uma visão clara sobre o tema
  • para 30% das empresas o tema é relevante, mas não prioritário
  • 17% ainda acham que não é relevante
  • somente 7% das empresas consideram relevante e prioritário
  • apenas 4% tratam como assunto de extrema importância e alta prioridade


E, quando nos aprofundamos nos motivos atribuídos à dificuldade de contratação de profissionais 50+, o etarismo no trabalho se torna um obstáculo para atender uma demanda de mercado cada vez mais centrada na diversidade, equidade e inclusão. Confira:


  • 48% das empresas dizem que há resistência da liderança 
  • 37% alegam que não existe perfil técnico entre os 50+
  • 33% dizem que não há fit cultural
  • 15% atestam que não há procura por esse público
  • 7% não conseguem se comunicar com o público 50+


Envelhecimento também é uma questão do RH

As lideranças foram consideradas a principal barreira de entrada de profissionais 50+ em processos seletivos, o que se reflete diretamente no fato de que 50% das empresas não contrataram, ou contrataram menos de 10 pessoas com mais de 50 anos, nos últimos 5 anos.

Se você chegou até aqui, é hora de começar a colocar o tema em pauta. Então venha participar de um bate-papo super produtivo com quem entende do assunto e empresas que já estão percebendo os benefícios da diversidade etária. 


Meetup Maturi Valorize a Idade irá trazer dois convidados, que são lideranças em suas empresas para debatermos O papel da Alta Liderança na Diversidade Etária: Glaucimar Peticov, Diretora Executiva do Bradesco e Rodrigo Exman, VP Jurídico Latam e Sponsor DEI Johnson & Johnson. 

A Head de Novos Negócios da Maturi, Andrea Tenuta, destaca que o Meetup Maturi é uma ação iniciada em 2021 que tem alcançado trocas profundas com profissionais que buscam mais informações sobre o tema. 

“Por esse motivo, neste mês, a discussão será mais estratégica, já que percebemos no estudo realizado em parceria com a EY diversos indicadores que envolvem a liderança como impasse para o avanço da pauta. Queremos mudar o ponteiro no mercado, ou seja, que os discursos reflitam práticas inclusivas para as pessoas maduras.”


Mórris Litvak, CEO da Maturi, que também estará no Meetup, lembra que a alta liderança possui um papel fundamental na questão. “Os principais cases de sucesso sobre este tema, tanto no Brasil quanto fora, são de empresas que entenderam o papel estratégico da Diversidade Etária, e isso não só passa como começa pela liderança, que tem papel chave na disseminação do assunto aos gestores e RH.

Selo Age Friendly

Durante o evento será lançada a certificação internacional Age-Friendly Employer, a qual a Maturi acaba de trazer ao Brasil e é a representante oficial no país. Se você quer saber mais, não perca essa oportunidade de saber como conquistar. No Meetup, contaremos mais detalhes.


Sobre o Meetup Valorize a idade 

Meetup Maturi é um encontro que reúne especialistas e empresas convidadas para discutirem temas relacionados à Diversidade Etária. Uma oportunidade incrível para conhecer Cases e conteúdos exclusivos que a Maturi vem desenvolvendo ao longo de 7 anos de mercado. Oferecendo aprendizados e networking com um grupo extremamente qualificado em DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).


O evento é totalmente gratuito, voltado exclusivamente às empresas e com vagas limitadas.

Quando? Quinta-feira 20 de Outubro


Horário? 09 às 10h30


Onde? pelo Zoom (link será enviado por e-mail após a inscrição)


Inscrições:  maturi.in/meetup


Confira AQUI o estudo completo da EY em parceria com a Maturi. 


Clique AQUI para acessar os vídeos com os melhores momentos das edições anteriores do Meetup Maturi. 



Leia também: Mercado prateado: por que o consumidor 50+ é importante para as empresas

Valorize a idade!


Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Por Contato Maturi 12 abr., 2024
Alguns anos atrás, começamos a provocar o mercado com a seguinte pergunta: “Por que não tropicalizar a comemoração do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril)?” Agora, chegou o momento da ação: convocar as empresas que pautam suas ações de ESG no calendário da Diversidade, direcionado pelas datas comemorativas, a instituir um período para ter como “o mês de Gerações”. As datas comemorativas são celebradas porque carregam um contexto histórico e cultural significativo. Com a consolidação dos dias e meses através do calendário, tornou-se natural celebrar o passar do tempo. No entanto, mais importante do que apenas marcar essas datas, é refletir sobre o seu significado profundo… Realizar ações apenas em datas específicas do calendário de diversidade não torna uma empresa verdadeiramente diversa, equitativa e inclusiva. Contudo, integrar ações nessas datas também garante uma comunicação coesa de que a empresa está comprometida com a promoção de uma cultura inclusiva para todas as pessoas. A dica é de ouro: você tem duas oportunidades excelentes para isso! - Abril : Por conta do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril), que pode servir como uma excelente oportunidade para iniciar discussões e projetos focados na integração intergeracional. - Outubro : Este mês é marcado por duas datas significativas que tratam da intergeracionalidade: o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1º de outubro) e o Dia das Crianças (12 de outubro), além do Dia da Menopausa (18 de outubro). Inserção: Reflexão sobre Dados e Estatísticas Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a população mundial de pessoas com 60 anos ou mais está projetada para dobrar de 12% para 22% entre 2015 e 2050. Isso destaca a necessidade urgente de políticas e práticas que não apenas acomodem, mas também integrem esses indivíduos na força de trabalho. Quando falamos de 50+, no Brasil, segundo o IBGE, já são mais de 56 milhões de pessoas (censo 2022), ou seja, 27% da população atual do país. Em 2040, a FGV estima que metade da força de trabalho do Brasil já seja 50+. Queremos ajudar e encorajar as organizações a refletirem sobre suas políticas e práticas de recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos, garantindo que estejam abertas a todas as idades e que valorizem a diversidade geracional. É possível criar um futuro onde a colaboração entre gerações não seja apenas uma ideia, mas sim uma realidade nos diferentes ambientes de trabalho. Portanto, vamos celebrar o Mês da Integração Intergeracional como um catalisador para a promoção dessa importante causa.
Por Contato Maturi 20 mar., 2024
Ser mulher, para mim, é ter muita curiosidade sobre o que é ser homem. Eu sei o que é ter privilégios em um país tão desigual, sei o que é ser branca, ser pessoa sem deficiência e ter intactas as faculdades mentais. O único fator social privilegiado que não conheço é o de ser homem. Só me cabe imaginar. Imaginar o que é ter segurança ao sair de casa sem camisa, de short apertado sem medo da sombra, sem ficar olhando 360 graus para antecipar algum perigo à distância, não ser atacada por olhares invasivos. Como é que deve ser passar por um grupo de homens desconhecidos, juntos numa esquina, e não ter certeza que vão olhar para sua bunda? Como deve ser se juntar com amigos numa esquina à tarde e olhar ostensivamente para bundas que passam? Eu não sei como é sair de casa de dia, em um lugar tranquilo, com a plena segurança de que consegue se defender? Como deve ser nem ter essa preocupação diária. Ir para o trabalho sabendo que pode alcançar cargos de diretor, presidente, gerente, sem se preocupar com barreiras invisíveis e, por isso, intransponíveis. Como deve ser passar a juventude sem medo de engravidar? Não ter qualquer outro plano submetido à maternidade. Não ter ansiedade sobre a dor do parto, algo equivalente à sensação de 20 ossos quebrados todos de uma só vez? Não correr o risco de ter a vida e o corpo implacavelmente alterados por, no mínimo, um ano, independentemente de sua vontade. Algo que pode acontecer apenas porque a natureza quer e deve-se estar alerta aos seus desígnios, sem arbítrio sobre o corpo, a não ser que cometa um crime. Eu não quero dar a entender que a maternidade é ruim, eu adoro ser mãe e há mulheres tristes por não poderem ser. É que eu fico curiosa para saber o que é nem ter esse tipo de preocupação na vida, mensalmente. E esperar feliz a menstruação, algumas vezes acompanhada de dores equivalentes a um infarto. No caso, a hemorragia é externa e junta-se a ela a aflição com calças brancas, estoque de absorventes, datas de viagens à praia e atenção redobrada para não matar algum ser vivo. Fora agir de maneira a ninguém notar que isso tudo está acontecendo. O desejo não acaba com a idade, assim como a curiosidade. Será que a um homem acontece de, em quase toda interação com uma mulher desconhecida, avaliar se está ou não propondo intimidade por atos, palavras ou sinais? Vou dar um exemplo: será que um homem vai fazer as unhas e fica preocupado se a calça está apertada e a podóloga vai se sentir convidada a apalpar seu pênis? Será que um grupo de homens em viagem de carro, que precisem parar à noite em um posto de gasolina suspeito, depois de segurar por quilômetros o xixi, ficam com medo do frentista agarrá-los à força? É esse tipo de coisa que eu queria muito saber. Você pode dizer que, a essa altura da minha vida, eu já sei boa parte do que pergunto. Sim, mulheres da minha idade são objetos de pouca atenção, e a mesma natureza esfrega na nossa cara a indiferença. E é por esse motivo que nem posso saborear o entendimento, já que lido com toda a transformação de uma segunda adolescência. Ao contrário. O turbilhão hormonal acontece de novo, com alterações involuntárias desgastantes, no sentido exato da palavra. Ossos, articulações, cabelos, pele desgastados. Como deve ser a andropausa? Será que ela obriga o homem a se equilibrar entre a tristeza no olhar que vê no espelho e a desonrosa saudade do olhar de desejo dos outros? Não quero diminuir a tensão que envolve o papel dos homens na dança do acasalamento humano; mas será que esse jogo acaba para o homem do mesmo jeito que para a mulher? Porque para nós, antes do fim, o capitão do time te coloca no banco do nada. E você passa de artilheira para gandula, depois de cansar de ficar esperando alguém lhe dar bola. É muito melhor quando são eles que não dão mais conta de jogar e param, não antes de realizar uma última partida festiva com amigos convidados e mulheres na arquibancada, que ainda vão dizer que estão todos bem de cabelo branco. Toda esta minha curiosidade sem fim (diferente deste texto) fica, obviamente, dentro de uma limitação cisgênero e geracional. Pode ser que as jovens de agora não tenham nenhuma dessas perguntas, mas duvido que não tenham outras. E imagino que a mulher atual, com todas as suas manifestações e bandeiras, tenha ainda assim aguçada uma característica que, independentemente de ser um substantivo feminino, une os gêneros. Se existe algo realmente igualitário é a curiosidade.
Por Contato Maturi 15 mar., 2024
No mês em que celebramos a força, a resiliência e as conquistas das mulheres em todo o mundo, é crucial lembrarmos que a jornada da mulher não tem um ponto final aos 40, 50, 60 anos ou mais. Pelo contrário, é uma jornada contínua de crescimento, aprendizado e contribuição, independentemente da idade. Na Maturi, reconhecemos a importância de valorizar e empoderar as mulheres maduras, que trazem consigo uma riqueza de experiência, sabedoria e habilidades únicas. Neste mês da mulher, queremos destacar o papel vital que as mulheres maduras desempenham no mercado de trabalho e a sua potência ainda pouco explorada nos diferentes ecossistemas profissionais. No entanto, quando se fala em Dia Internacional da Mulher, além dos eventos comemorativos ao longo do mês (#8M) pouco se discute sobre a intergeracionalidade das mulheres como um diferencial. Sabe por que? Um dos grandes motivos é a falta de repertório. A Maturi vem tropicalizando nos últimos anos ( saiba mais ) uma data relevante do mês de abril: o Dia Europeu de Solidariedade entre Gerações. É um mês pouco explorado no Calendário da Diversidade de forma geral e que tem total conexão com as estratégias de educar e letrar as pessoas sobre o tema. Qual é a contribuição dos diferentes grupos identitários e de diferentes faixas etárias no ambiente profissional? A diversidade geracional traz uma variedade de perspectivas, ideias e abordagens que enriquecem qualquer equipe ou empresa. Em um mundo em constante mudança, onde a tecnologia e as práticas de trabalho evoluem rapidamente, a colaboração entre as gerações é fator crítico de sucesso. As mulheres maduras têm um papel fundamental a desempenhar nesse processo de colaboração, oferecendo não apenas sua experiência profissional, mas também sua capacidade de adaptação e resiliência. No entanto, ainda há desafios a serem superados. Muitas vezes, as mulheres maduras enfrentam maior discriminação no mercado de trabalho do que homens 50+. Um exemplo disso é que, segundo o estudo sobre Etarismo que a Maturi e EY lançaram em 2023, 32% das mulheres que responderam ao levantamento estavam desempregadas há mais de 1 ano enquanto os homens representavam 20%. Já parou para pensar que a interseccionalidade se torna mais cruel para os grupos subrepresentados? Ao comemorar o mês da mulher, te convidamos a refletir sobre o papel crucial das mulheres maduras em suas equipes e a considerarem como podem promover uma cultura de inclusão e colaboração intergeracional. Não se esqueça que essa celebração não pode ocorrer 1x por ano, ou seja, somente no calendário que o mercado reconheça. Recomendamos, fortemente, que inclua o mês de Abril em seu planejamento como um possível mês que represente o pilar de gerações. #valorizeaidade #mulheresmaduras #mulheres50+ #8M #longevidade #maturidade #mesdasmulheres #diversidadeetaria #intergeracionalidade #combateaoetarismo
Share by: