Cinco motivos para valorizar os 50+ nas equipes

Silvia Triboni • 15 de setembro de 2022

 Estudo impactante revela cinco motivos para valorizar e incluir os 50+ em equipes de trabalho ou projetos. Entenda por que, nesse artigo! 


No final de 2021, jornalistas da National Geographic e a AARP (American Association of Retired Persons) decidiram trabalhar juntos para explorar como os norte-americanos de 18 a 90 anos percebiam o envelhecimento.


Desta parceria iniciou-se uma pesquisa que abordou questões relacionadas à saúde, finanças, atitudes sobre felicidade, lar, otimismo e até sobre a morte.


Os resultados deste estudo foram surpreendentes e o melhor: exibiram características do público 50+ que os distingue em positividade, alto nível em conectividade e otimismo – qualidades fundamentais em uma equipe de trabalho.


A pesquisa decorreu de um trabalho colaborativo, dividido em 6 partes que gerou o estudo chamado “Second Half of Life Study”, publicado em junho de 2022 pelo repórter e editor colaborador de publicações da AARP, Sari Harrar.


O estudo refuta muitos equívocos sobre o envelhecimento e sugere que um foco maior deve ser colocado em adultos na faixa dos 40 e 50 anos, que relataram níveis mais altos de estresse e preocupação e níveis mais baixos de satisfação com a vida e saúde do que os americanos mais velhos.


Chega de opiniões infundadas a respeito das pessoas mais velhas! Camos entender como o “Second Half of Life Study” surge para jogar fora os estereótipos sobre os 50+!


O questionário foi aplicado em 2.500 pessoas de 18 a 90 anos que representaram toda a gama de origens, demografia e etnias dos Estados Unidos. Neste link, você poderá conhecer a pesquisa na íntegra, incluindo comentários dos especialistas e dos entrevistados. Recomendo fortemente a sua leitura.


Selecionei algumas perguntas para destacar nesse artigo. Respondi todas elas e constatei que os resultados deste grande estudo também me representam. Desafio-lhe a respondê-las também. Depois conte-me como foram os seus resultados!

pessoas conversando, os quatro sorriem enquanto olham para algo na tela do notebook

1.Saúde Redefinida


a) Você tomaria uma Pílula da Longevidade que imediatamente concedesse 10 anos a mais de vida?


Enquanto cerca de três quartos dos adultos em todas as faixas etárias disseram que provavelmente tomariam tal pílula, uma descoberta interessante foi saber que as pessoas com 80 anos ou mais eram os menos interessadas em estender a vida.


b) Como você classifica a sua saúde geral?


Apesar das avaliações sobre o bem-estar físico serem quase sempre apresentadas na forma: ou você está saudável ou está doente, esta pesquisa mostrou que apesar de cerca de: 2 em cada 3 pessoas na faixa dos 50 anos e 8 em cada 10 na faixa dos 80 anos viverem com uma ou mais condições de saúde graves ou crônicas, isso não impediu os entrevistados de classificarem positivamente a sua saúde.


A regra dos norte-americanos 50+ é: “Saudável com ressalvas”. 78 a 83% classificaram sua saúde como boa, muito boa ou excelente.


“A resiliência é um benefício para a sobrevivência. As pessoas podem reformular sua situação e tirar o melhor proveito dela”, diz Susan Friedman, MD, professora da divisão de geriatria e envelhecimento da Faculdade de Medicina e Odontologia da Universidade de Rochester.”


2.A equação da boa vida


Todas essas novas noções sobre saúde foram reforçadas no estudo quando perguntamos sobre quais problemas de saúde as pessoas mais se preocupam. Os entrevistados temiam a perda de mobilidade e o declínio mental muito mais do que problemas com risco de vida, mas menos sintomáticos, como diabetes e doenças cardíacas, diz Debra Whitman, diretora de políticas públicas da AARP.


Essa é uma mensagem poderosa para a comunidade médica, e até mesmo para os familiares e cuidadores, que nem sempre ouvem ou consideram tal questão quando aconselham pessoas idosas sobre decisões importantes de saúde. Perguntar o que é significativo para as pessoas 60+ é necessário para entender o que verdadeiramente valorizam em suas vidas.


3.A Busca da Felicidade


d) Quão otimista você está em relação ao seu próprio futuro?


O modelo da curva que retrata a felicidade tem sido amplamente divulgado: começa alto, quando somos jovens, atinge um ponto baixo no final dos 40 anos e depois começa uma subida constante.


Curiosamente, porém, quando as pessoas com mais de 85 anos foram solicitadas a dizer o que consideravam a melhor década de suas vidas, elas citaram com mais frequência seus 50 anos.


Mas o estudo também mostra que o otimismo é menor para aqueles na faixa dos 60 e 80 anos. Uma maneira de ver isso é que a falta de otimismo equivale à realização. Os entrevistados na faixa dos 40 e 50 anos relataram pontuações mais baixas de felicidade, mas pontuações mais altas de otimismo.


“Psicologicamente, as pessoas percebem e priorizam o positivo e abandonam o negativo à medida que envelhecem”, diz Louise Aronson, MD, professora de geriatria da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e autora de Elderhood: Redefining Aging, Transforming Medicine, Reimagining Life.

4.Fases da Vida


Com base na pesquisa, os nossos 60 anos são marcantes quando se trata das fases da vida. As preocupações com a expectativa de vida caem, enquanto as preocupações com resistência, habilidades cognitivas, diminuição da visão e perda de memória atingem o pico. Nossas classificações de conexão com amigos e familiares aumentam.


5.Nossos Últimos Anos


f) Quanto você teme a morte?


“As pessoas não têm medo da morte”, diz Whitman, da AARP. De fato, a pesquisa mostra que esse medo geralmente diminui com a idade. A maior preocupação é controlar as circunstâncias. “As pessoas querem escolha e ter autocontrole ao morrer”, diz ela. A maioria dos entrevistados da pesquisa quer ter ajuda médica na morte.”


No entanto, não foi até os 80 anos que muitas pessoas relataram fazer planos necessários que ajudarão suas famílias e equipe médica a entender e realizar seus desejos de fim de vida – assim como planos para seus bens, funeral e enterro.


O estudo mostra que temos mais preocupações com nosso futuro quando temos menos de 40 anos do que com 70 ou 80 anos, seja com o risco de câncer, dificuldades financeiras, pouca expectativa de vida, problema com saúde emocional ou desempenho sexual. Dizem que em quase todas as fases importantes, a vida funcionou muito bem.


Os adultos mais jovens podem cultivar atitudes positivas em relação ao envelhecimento, apreciando os pontos fortes dos mais velhos em suas próprias vidas, diz Levy, professor de Yale. “Desenvolva um portfólio de imagens positivas do envelhecimento usando quatro exemplos de pessoas mais velhas que você admira.”


Algumas conclusões do estudo “Second Half of Life Study”:


➢ Apesar dos desafios que vêm com o envelhecimento, sobre as pessoas maduras predomina uma perspectiva otimista e eles esperam que suas vidas melhorem à medida que envelhecem.


➢ A saúde é mais um conceito dinâmico do que um padrão, e as expectativas são impulsionadas por experiência e experiências evoluem com a idade.


➢ Os relacionamentos tornam-se mais uma característica central e uma fonte de propósito e alegria à medida que envelhecemos, especialmente quando passamos para os anos de aposentadoria.


➢ As preocupações com a riqueza e a aposentadoria são secundárias às preocupações com a saúde.


➢ As preferências de moradia ilustram a importância dos relacionamentos e de estar perto das pessoas que amamos e ter acesso a apoio, pois muitos sentem que precisarão de amigos e família à medida que envelhecem.


➢ O medo da morte diminui com a idade.


➢ Há um desejo de minimizar o fardo (sobre os outros) e a dor e estar em paz.


Quanto a mim, no alto de meus 64 anos, posso dizer os resultados finais deste inédito estudo me representam e indicam que as empresas e organizações precisam cada vez mais valorizar os profissionais maduros. E quanto a você?


Você poderá gostar de ler: Etarismo na inteligência artificial

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Pne
Por Contato Maturi 18 de setembro de 2025
5 benefícios equipes com diversidade etária
23 de julho de 2025
O MaturiFest, maior festival de trabalho e empreendedorismo 50+ da América Latina, chega à sua 8ª edição de 21 a 23 de agosto de 2025, na UNIP Paraíso, em São Paulo. Promovido pela Maturi, empresa nacional especializada em empregabilidade, desenvolvimento e capacitação de profissionais com mais de 50 anos, o evento será realizado em formato híbrido e marca os 10 anos de atuação da empresa. Nesta edição comemorativa, nomes de destaque como Ana Paula Padrão, Carolina Ferraz e Caito Maia já estão confirmados na programação. Realizado em parceria com o Ministério da Cultura, o MaturiFest propõe uma experiência transformadora que combina aprendizado, prática e conexões com propósito. A programação do MaturiFest inclui painéis, palestras e oficinas práticas com temas essenciais para a reinvenção profissional. Entre os assuntos abordados estão: reinvenção de carreira, metodologias ágeis, inteligência artificial, entrevistas e currículos, marketing digital, finanças, storytelling, redes sociais, LinkedIn, Canva, WhatsApp Business, ESG, validação de ideias e muito mais. Segundo Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi, o festival é um verdadeiro ponto de encontro para quem deseja seguir aprendendo, inovando e se conectando. “O MaturiFest 2025 celebra os 10 anos da Maturi com uma imersão em aprendizado, reinvenção e conexões. Especialistas de diversos setores compartilham tendências, ideias e práticas que inspiram novas possibilidades na vida profissional e pessoal, tudo pensado para quem quer continuar crescendo com propósito e atitude”, comenta o CEO. Um dos grandes destaques deste ano será a MaturiConecta, feira de conexão e empregabilidade 50+, para que profissionais de RH de empresas apresentem como é trabalhar em suas organizações e até mostrem oportunidades e, por outro lado, as pessoas 50+ se inscrevem e se aproximam de organizações que valorizam a Diversidade Etária. Além disso, serão apresentadas novas soluções da Maturi desenvolvidas especialmente para empresas que valorizam a longevidade no ambiente de trabalho. Para fomentar ainda mais o empreendedorismo maduro, o evento contará com o Acelera Maturi, concurso de startups 50+, que terá apresentações de pitches ao longo da programação e premiará o projeto vencedor com R$ 10 mil e 3 meses de mentorias com a Maturi. Também serão lançados dois estudos inéditos, um sobre educação financeira e outro sobre economia circular, ESG e sustentabilidade na maturidade. Outra novidade que será apresentada no festival, é o lançamento da MaturiNegócios, plataforma digital que facilita a troca de produtos e serviços entre empreendedores maduros. A proposta inclui o uso de uma moeda virtual interna, permitindo negociações sem a necessidade de dinheiro físico. Na edição anterior, em 2024, o MaturiFest reuniu mais de 4 mil participantes online e 1.500 presencialmente. Foram 36 oficinas práticas, 28 painéis, 60 horas de conteúdo e a participação de 82 especialistas. Para 2025, a expectativa é ampliar ainda mais o alcance e o debate sobre temas como novas formas de trabalho 50+, mercado prateado, upskilling e reskilling, equidade e inclusão, saúde física e mental, segurança digital e inovação. O festival oferece duas modalidades de ingresso, presencial e online, ambas com versões gratuitas e pagas. O ingresso presencial garante acesso completo a toda a programação, incluindo oficinas práticas, mentorias, palestras e painéis, além da transmissão online e acesso às gravações. Já a modalidade online é voltada a quem acompanha à distância, com acesso à transmissão ao vivo. Assinantes do MaturiClub têm ingresso gratuito, além de acesso às gravações. Mais informações e a programação completa estão disponíveis no site oficial do evento . Serviço: Data: 21 a 23 de agosto de 2025 Horário: das 09h às 19h Local presencial: UNIP Paraíso (Rua. Apeninos, 614, São Paulo – SP) Online: Transmissão online no Youtube da Maturi
11 de fevereiro de 2025
Há cinco anos, comecei a perceber um movimento crescente nas redes sociais: um número expressivo de influenciadores maduros estava se destacando, conquistando audiências engajadas e criando conteúdos autênticos. No entanto, o mercado publicitário ainda os ignorava, concentrando suas atenções quase exclusivamente nos perfis mais jovens. O reconhecimento desse potencial veio de forma natural, através de conversas com esses criadores. Muitos me procuravam dizendo: "Tenho um perfil no Facebook com 200.000 seguidores e quero me expandir nisso. O que devo fazer?" . Ficou evidente para mim que havia um enorme espaço para esses talentos, mas faltava suporte, visibilidade e oportunidades. Foi então que criei o Silver Makers , um hub de marketing de influência totalmente focado em perfis 50+. Nosso propósito sempre foi claro: dar protagonismo aos influenciadores maduros e mostrar ao mercado o imenso valor desse público. Nosso lema reflete essa missão: dar voz, vez e valor ao público sênior! De lá para cá, houve uma verdadeira revolução digital impulsionada por essa nova geração de influenciadores. Com autenticidade, experiência de vida e um olhar único sobre o mundo, eles estão conquistando espaço, quebrando estereótipos e provando que longevidade e tecnologia caminham juntas. A Força dos Influenciadores Maduros no Digital Muito além do entretenimento, as redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para a longevidade ativa. Elas ajudam a combater a solidão, fortalecem a autoestima e possibilitam a construção de novos propósitos. Para muitos, ser influenciador não é apenas um hobby, mas uma profissão que permite compartilhar conhecimento, histórias inspiradoras e ainda gerar renda extra. Com o aumento da expectativa de vida e os desafios financeiros que acompanham a maturidade, a monetização digital se apresenta como uma alternativa viável e necessária. Plataformas como Instagram, YouTube e TikTok permitem que influenciadores maduros criem comunidades engajadas e colaborem com marcas que reconhecem o valor de suas trajetórias. O Que Faz um Influenciador Maduro se Destacar? Os influenciadores 50+ trazem consigo algo inestimável: experiência de vida. Eles passaram por desafios pessoais e profissionais, acompanharam diversas transformações sociais e culturais e, por isso, têm muito a compartilhar. Esse repertório torna seus conteúdos autênticos e valiosos para diversas audiências, desde outros maduros em busca de representatividade até jovens que enxergam neles mentores naturais. Tendências de Conteúdos que Performam Bem Os influenciadores maduros estão se destacando em diversos segmentos, trazendo autenticidade, representatividade e quebrando estereótipos. Alguns formatos de conteúdo que têm grande engajamento incluem: ● Bem-estar e saúde: Rotinas saudáveis, alimentação equilibrada, exercícios físicos adaptados e cuidados com a mente. ● Finanças na maturidade: Estratégias para administrar recursos, organizar a aposentadoria e buscar novas fontes de renda. ● Empreendedorismo e reinvenção profissional: Histórias inspiradoras de quem mudou de carreira ou começou um novo projeto depois dos 50. ● Entretenimento e estilo de vida: Viagens, moda, comportamento e cotidiano, mostrando que a maturidade é uma fase vibrante e cheia de possibilidades. ● Tecnologia e inclusão digital: Criadores que desmistificam a tecnologia, ajudando a reduzir a exclusão digital e incentivando o aprendizado contínuo. ● Celebridades 50+ e o combate ao etarismo: Figuras públicas que usam suas redes sociais para desafiar estereótipos e mostrar uma longevidade ativa e atuante. ● Mulheres e os desafios da maturidade: Cada vez mais influenciadoras falam abertamente sobre temas como menopausa, ajudando sua audiência a lidar melhor com questões antes consideradas tabu. ● Gastronomia afetiva: Perfis de talentos culinários que ensinam receitas deliciosas e resgatam a memória afetiva por meio da comida. ● Conexão intergeracional: Netos que compartilham momentos divertidos com seus avós, valorizando a experiência e a sabedoria da longevidade. Independentemente do nicho, todos esses criadores têm algo em comum: valorizam a maturidade e combatem a visão ultrapassada de uma longevidade frágil e limitada. Eles mostram, na prática, que viver mais também significa viver melhor, com propósito e protagonismo. O Papel das Marcas na Valorização da Experiência As marcas que reconhecem o valor da experiência colhem os frutos de uma comunicação mais autêntica e conectada com um público que tem muito a dizer. O Banco Mercantil tem sido um dos protagonistas desse movimento, investindo no potencial dos influenciadores digitais 50+, apoiando criadores e descobrindo novos talentos. A presença do Banco nesse cenário reforça a relevância desse público e valoriza o protagonismo dos maduros no digital. Porque, assim como eles, o Banco acredita que a experiência inspira, transforma e gera impacto real. Gostou? Leia também: 4 projetos para o público 50+ apoiados pelo Banco Mercantil! ________________________________________ Clea Klouri Sócia do Hype 60+ e fundadora do Silver Makers