O futuro do trabalho é diverso: equipes multigeracionais transformam empresas

Contato Maturi • 18 de setembro de 2025

5 benefícios equipes com diversidade etária

Nunca houve tantas gerações trabalhando juntas. Hoje, carreiras já chegam a 50 ou 60 anos, mantendo profissionais ativos por muito mais tempo e ampliando o impacto do envelhecimento populacional sobre o mercado de trabalho.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projeta que, até 2050, mais de 30% da população terá 60 anos ou mais — quase o dobro do percentual atual (15,6%). A ONU (Organização das Nações Unidas) já trata como uma realidade a inversão da pirâmide etária no mundo, com mais pessoas maduras do que jovens em diversos países. 

Esse cenário inédito desafia a gestão de pessoas, a inovação e a cultura organizacional. Os números, antes vistos apenas como tendência, já estão batendo à porta das empresas.

Mas existe um ponto crítico: embora grande parte das organizações afirmem valorizar a diversidade etária, a minoria têm políticas concretas para promovê-la. Esse gap entre discurso e prática foi um dos temas mais debatidos no MaturiFest 2025 , reforçando um alerta: boas intenções não bastam. “Conflito geracional só vira diálogo quando há intencionalidade”, resumiu Érika Alves, gerente sênior de cultura, engajamento e pertencimento da TIM, durante o evento.

Woman in patterned suit speaking into a microphone at a conference, sitting on a white chair.


É justamente para apoiar as empresas nesse processo que existe o Selo Age Friendly, iniciativa que determina critérios e diretrizes concretas para transformar discurso em prática. Mais do que um reconhecimento, é um guia de implementação, ajudando organizações a estruturar políticas consistentes de diversidade etária e a mensurar resultados de forma objetiva.


Equipes multigeracionais: desafios x oportunidades

Trabalhar com diferentes gerações pode parecer, à primeira vista, um terreno fértil para conflitos. Estilos de comunicação distintos, expectativas diversas em relação à carreira e formas variadas de lidar com tecnologia frequentemente geram atritos.


Na prática, entretanto, dados (e quem esteve no MaturiFest viu os cases) mostram que, quando há intencionalidade na gestão, a diversidade etária transforma-se em uma poderosa vantagem competitiva. Os benefícios superam em muito os desafios, consolidando equipes mais inovadoras, produtivas e preparadas para um mercado em constante mudança. 


Assim, esse novo perfil etário global exige novos modelos de gestão e práticas mais inclusivas. Entre as soluções apresentadas no MaturiFest e já aplicadas em algumas empresas brasileiras e internacionais, destacam-se:


  • Políticas de flexibilidade: ajuste de jornadas e formatos (híbrido, remoto, parcial) para conciliar diferentes fases da vida.
  • Capacitação digital contínua: garantir que todos tenham acesso e segurança no uso de novas tecnologias.
  • Trilhas anti-vieses: programas para reduzir preconceitos etários e estimular a colaboração intergeracional.
  • Exemplos globais: grandes corporações que já incorporam programas de longevidade no trabalho, reforçando que esta não é apenas uma pauta social, mas também estratégica.


A colorful mind map titled

Essas iniciativas demonstram que preparar-se para o futuro do trabalho vai além de abraçar novas tecnologias, sendo a valorização da experiência humana, em toda a sua amplitude etária, o ponto essencial. Além das políticas e programas, os resultados aparecem de forma tangível no dia a dia das empresas.


5 benefícios de equipes multigeracionais

  1. Menos retrabalho
    A diversidade de repertório ajuda a identificar vieses e a prevenir erros repetidos, gerando processos mais assertivos.
  2. Decisões mais qualificadas
    A combinação entre as características inovadoras dos mais jovens e a experiência acumulada dos mais velhos leva a análises mais robustas.
  3. Inovação acelerada
    Olhares distintos estimulam a criatividade e criam soluções originais para problemas complexos.
  4. Mentoria cruzada
    A troca contínua entre gerações enriquece a todos: enquanto uns compartilham vivência prática, outros impulsionam novas competências digitais.
  5. Atendimento mais efetivo
    Equipes diversas representam melhor a pluralidade de clientes, gerando identificação e confiança.

Esses pontos não são meras percepções. A Harvard Business Review destaca que empresas que valorizam a diversidade etária fortalecem sua capacidade de inovação e resiliência organizacional. 



O Fórum de Gerações e Futuro do Trabalho mostra ainda que equipes multigeracionais tendem a ser mais produtivas e engajadas, justamente porque combinam repertórios distintos e complementares.


O futuro do trabalho já começou

Se antes uma carreira se encerrava cedo, hoje o cenário é outro. Aos 50, o trabalho não termina. Ele se transforma. O que está em jogo não é apenas contratar mais profissionais 50+, mas reconhecer a potência de equipes multigeracionais para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais complexo.


Empresas que entenderem esse movimento sairão na frente. Por uma questão de responsabilidade social, mas principalmente porque estarão mais preparadas para inovar, decidir com qualidade e se conectar com seus clientes.


E o Selo Age Friendly  mostra como construir esse futuro com intencionalidade e critérios claros.

Diversidade etária é o futuro do trabalho. E ele já começou. Cabe às empresas decidirem se vão apenas acompanhar essa transformação — ou liderá-la.




Para saber mais sobre o selo Age Friendly preencha o formulário abaixo que entraremos em contato para uma reunião

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De lá para cá, houve uma verdadeira revolução digital impulsionada por essa nova geração de influenciadores. Com autenticidade, experiência de vida e um olhar único sobre o mundo, eles estão conquistando espaço, quebrando estereótipos e provando que longevidade e tecnologia caminham juntas. A Força dos Influenciadores Maduros no Digital Muito além do entretenimento, as redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para a longevidade ativa. Elas ajudam a combater a solidão, fortalecem a autoestima e possibilitam a construção de novos propósitos. Para muitos, ser influenciador não é apenas um hobby, mas uma profissão que permite compartilhar conhecimento, histórias inspiradoras e ainda gerar renda extra. Com o aumento da expectativa de vida e os desafios financeiros que acompanham a maturidade, a monetização digital se apresenta como uma alternativa viável e necessária. Plataformas como Instagram, YouTube e TikTok permitem que influenciadores maduros criem comunidades engajadas e colaborem com marcas que reconhecem o valor de suas trajetórias. O Que Faz um Influenciador Maduro se Destacar? Os influenciadores 50+ trazem consigo algo inestimável: experiência de vida. Eles passaram por desafios pessoais e profissionais, acompanharam diversas transformações sociais e culturais e, por isso, têm muito a compartilhar. Esse repertório torna seus conteúdos autênticos e valiosos para diversas audiências, desde outros maduros em busca de representatividade até jovens que enxergam neles mentores naturais. Tendências de Conteúdos que Performam Bem Os influenciadores maduros estão se destacando em diversos segmentos, trazendo autenticidade, representatividade e quebrando estereótipos. Alguns formatos de conteúdo que têm grande engajamento incluem: ● Bem-estar e saúde: Rotinas saudáveis, alimentação equilibrada, exercícios físicos adaptados e cuidados com a mente. ● Finanças na maturidade: Estratégias para administrar recursos, organizar a aposentadoria e buscar novas fontes de renda. ● Empreendedorismo e reinvenção profissional: Histórias inspiradoras de quem mudou de carreira ou começou um novo projeto depois dos 50. ● Entretenimento e estilo de vida: Viagens, moda, comportamento e cotidiano, mostrando que a maturidade é uma fase vibrante e cheia de possibilidades. ● Tecnologia e inclusão digital: Criadores que desmistificam a tecnologia, ajudando a reduzir a exclusão digital e incentivando o aprendizado contínuo. ● Celebridades 50+ e o combate ao etarismo: Figuras públicas que usam suas redes sociais para desafiar estereótipos e mostrar uma longevidade ativa e atuante. ● Mulheres e os desafios da maturidade: Cada vez mais influenciadoras falam abertamente sobre temas como menopausa, ajudando sua audiência a lidar melhor com questões antes consideradas tabu. ● Gastronomia afetiva: Perfis de talentos culinários que ensinam receitas deliciosas e resgatam a memória afetiva por meio da comida. ● Conexão intergeracional: Netos que compartilham momentos divertidos com seus avós, valorizando a experiência e a sabedoria da longevidade. Independentemente do nicho, todos esses criadores têm algo em comum: valorizam a maturidade e combatem a visão ultrapassada de uma longevidade frágil e limitada. Eles mostram, na prática, que viver mais também significa viver melhor, com propósito e protagonismo. O Papel das Marcas na Valorização da Experiência As marcas que reconhecem o valor da experiência colhem os frutos de uma comunicação mais autêntica e conectada com um público que tem muito a dizer. O Banco Mercantil tem sido um dos protagonistas desse movimento, investindo no potencial dos influenciadores digitais 50+, apoiando criadores e descobrindo novos talentos. A presença do Banco nesse cenário reforça a relevância desse público e valoriza o protagonismo dos maduros no digital. Porque, assim como eles, o Banco acredita que a experiência inspira, transforma e gera impacto real. Gostou? Leia também: 4 projetos para o público 50+ apoiados pelo Banco Mercantil! ________________________________________ Clea Klouri Sócia do Hype 60+ e fundadora do Silver Makers