Inteligência Artificial na Prática

Branca Boson • 4 de julho de 2023

No MaturiDay do dia 16 de maio, que aconteceu na InovaBra Habitat em São Paulo, Edney Souza falou sobre inteligência artificial (IA) na prática.

Professor, palestrante, consultor e conselheiro de inovação, tecnologia e marketing digital, “Interney” fez importantes considerações sobre o assunto, além de explicar melhor o famoso ChatGPT e citar outras ferramentas de produtividade e marketing digital que utilizam a IA. Por ser uma tecnologia que conversa com qualquer pessoa, e não só especialistas, nas palavras do professor, lidar com ferramentas em chat é a nova habilidade, ou skill, básica para o mundo do trabalho.


Enquanto dialogar com a tecnologia foi privilégio para os que conheciam a língua do software (o humano tinha que aprender “tecnologês”), era desafiante entrar nesse mundo, principalmente para quem não nasceu nele. Com a IA, é a tecnologia que aprendeu a conversar nas línguas dos humanos. As skills necessárias não estão mais relacionadas a conteúdos comprovados por certificados ou históricos de cargos, coisas que ficam mais restritas com a idade. Agora, o que conta são características humanas, disponíveis para qualquer faixa etária e lapidadas com o tempo.


A IA ajuda a enfrentar muitas das barreiras de entrada dos maturis no mercado de trabalho de hoje, e prepara para o mercado do futuro, em que algumas delas nem vão existir. Por causa dessa nova tecnologia, as competências necessárias estão mudando. E com a vantagem de não ser preciso comprá-las, como acontece para adquirir o domínio de línguas estrangeiras, graduações e pós-graduações. O novo perfil mais desejado pelas empresas, e o mais necessário nos negócios, tem na descrição inteligência emocional, pensamento crítico e repertório, coisas que o tempo nutre. E quanto mais tempo, melhor. 


Mas como os maturis podem se beneficiar dessa tecnologia? Seja qual for o assunto em que alguém queira empreender ou se desenvolver, conta agora com um interlocutor que tem acesso a bilhões de informações, pronto para ajudar. Interagir com a ferramenta de IA é uma dialética que tem o potencial de dar o salto temporal entre gerações. Para os maturis, a inteligência artificial pode se tornar o tutor ideal no aprendizado rápido de novas experiências.


Confira algumas dicas trazidas pelo Interney para entrar em contato e desenvolver skills com o ChatGPT, para seu dia-a-dia de trabalho e/ou negócio.



Comece testando o acesso à ferramenta de forma gratuita, digitando no navegador de preferência chat.openai.com. Inicie o chat, ou conversa, com a descrição do que você deseja da forma mais completa possível. Esse é o prompt, ou seja, é o comando dado pelo usuário, e pode ter 4 mil, até 14 mil caracteres. Nele, deve estar muito bem detalhada a solução imaginada, que será executada e entregue como resposta. É esse conteúdo que faz toda diferença.

Tu te tornas eternamente responsável pelo prompt que digitas", diz Edney. 

Comandos simples não aproveitam toda a vantagem de uma inteligência artificial, que é a de realizar conexões acima da capacidade dos humanos. Pode ser usada para criar ideias de conteúdos para redes sociais, sugestões de imagens e legendas, artigos de blog, melhorar um texto, descrever um produto e dar todas as opções possíveis de raciocínio dentro de um contexto. Edney ilustra com a imagem interessante do “estagiário dos sonhos”. Sabe muito, pois estudou todo conhecimento disponível, mas para que consiga entregar seu trabalho é necessário instruir o passo a passo, explicar qual o contexto e o objetivo da tarefa e em que formato deve apresentar o resultado. Além disso, devem ser dados constantes estímulos para que continue a trabalhar e dar o seu melhor, informar detalhadamente como quer o entrega.Ajuda muito descrever uma persona a incorporar, para ajustar o tom, e conversar sempre, refinando o processo até chegar ao ponto ideal.


O professor faz o alerta de que a inteligência artificial é uma ferramenta criativa, o que significa dizer que não podemos deixar que ela fique no controle. Assim como o aplicativo Waze nos aponta o caminho para chegarmos a um destino, mas não dirige o nosso carro, o ChatGPT não pode determinar a nossa capacidade produtiva. É imprescindível manter o mesmo senso crítico que nos salva, por exemplo, de entrar em uma rua perigosa da cidade.


O palestrante também recomenda não esquecer da segurança quando usar uma ferramenta de IA. Há riscos em fornecer nomes e outros dados sensíveis em chat, por se tratar de solução que aproveita toda informação para alimentar seus bancos de dados, usados para criar depois. Se for absolutamente necessário, é possível desligar o parâmetro de treinamento na configuração, só que, assim, nenhuma informação é guardada, nem mesmo o histórico de seu próprio chat, extremamente útil para o trabalho contínuo com a ferramenta.


Edney destaca, portanto, as competências que uma pessoa deve possuir para interagir com a inteligência artificial. Pensamento crítico é a maior delas, tanto para saber colocar parâmetros suficientes no prompt como para não ser facilmente enganado pelos resultados entregues. O ChatGPT sempre dá uma resposta, mesmo que errada. A imaginação é outra competência relevante, pois é algo que a máquina não emula, já que cria apenas com os dados de entrada entregues. Como o professor bem disse, é preciso manter a nossa criança viva. Mais uma coisa fundamental é o repertório. Ter vocabulário e recursos para descrever é uma importante habilidade de comunicação, e se a IA não te dá o que você imaginou é porque você não se comunicou bem.


Por fim, a mensagem é que a inteligência artificial depende muito de características que não pode imitar ou substituir, e seu objetivo é potencializá-las. A boa notícia que a evolução da tecnologia tem a nos dar, portanto, é que o ser humano está em alta! Vale a pena abandonar o medo e o preconceito.

Sobre Branca Boson

Mestre em Gestão da Informação, pós-graduada em Gestão Estratégica em Marketing e Responsabilidade Social Empresarial, graduada em Administração, sou amante das ideias. 

Trabalhei em comunicação, planejamento estratégico, gerenciamento de produtos e serviços e tive também experiência em docência. Caçula de pais professores e intelectuais, mãe da Letícia, uma bela médica em começo de carreira, atualmente escrevo.


Escrevo para tirar o extraordinário do ordinário, provocar emoção em quem passa batido, fazer pensar e dar significado. Como um cinegrafista ou um fotógrafo com as imagens, faço com as palavras. Tudo tem história para contar, sejam produtos, empresas ou pessoas. A forma como é contada pode engajar, entreter, emocionar e determinar o alcance do objetivo esperado. O homem conta e contará histórias para viver, se relacionar e evoluir. Eu quero contar histórias.

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