As mulheres mais velhas podem ser o segredo para impulsionar a economia dos EUA

Walter Alves • 16 de julho de 2018

O trabalho flexível pode ser um excelente alternativa para as mulheres da “geração sanduíche” e para as empresas nos EUA


World Economic Forum – 19/06/2018


Durante a próxima década, o escasso mercado de trabalho dos Estados Unidos continuará nas manchetes. A razão fundamental é que a quantidade de Baby Boomers que se aposentam superam a de trabalhadores jovens.


Um dos caminhos para que a oferta de trabalho do país atenda melhor a demanda seria se as empresas derem um foco particular à retenção de mulheres mais velhas.


Agora, e mais ainda no futuro, aumentar a participação delas criaria oportunidades econômicas substanciais. Para tornar isto concreto, mais empresas devem considerar a possibilidade de tornar o trabalho flexível um elemento básico de sua estratégia de recrutamento e engajamento de funcionários.


De todos os grupos populacionais que participam da força de trabalho dos Estados Unidos, as mulheres de 55 anos ou mais representam o segmento de faixa etária de crescimento mais rápido.


Esse grupo sozinho será responsável por mais de um terço – quase 3,6 milhões – de todos os trabalhadores adicionais que entrarem na força de trabalho na próxima década (2016-2026).


No entanto, nem todas as mulheres mais velhas têm o benefício do trabalho ser opcional. Embora o trabalho flexível não possa, por si só, resolver os seus desafios, pode proporcionar-lhes melhores opções para equilibrar as obrigações, os desejos e a necessidade financeira.


Enquanto as mulheres, em média, se aposentam com quase US$ 40 mil em poupanças, os homens chegam a US$ 60 mil. Além disso, muitas mulheres mais velhas enfrentam a dupla responsabilidade de cuidar de seus pais idosos e de seus filhos. Mulheres – com idade entre 55 e 64 anos – são, comumente, as cuidadoras de idosos e quase metade delas, também, têm filhos menores de 18 anos em casa.


Geração sanduíche


O termo geração sanduíche aplica-se àquelas pessoas que, ao mesmo tempo, são responsáveis ainda por seus filhos e que cuidam de seus pais. Com as mulheres tendo filhos mais tarde e os idosos vivendo mais do que nunca, esta geração está crescendo – e com esse crescimento afloram necessidades por mais tempo e dinheiro.


Na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, gerentes e empregados trabalham, caso a caso, para criar um arranjo de trabalho flexível. Cada funcionário possui um laptop equipado com recursos de videoconferência. As reuniões geralmente ocorrem com metade do grupo em uma sala de conferência e a outra metade presente virtualmente.


Enquanto muitos entram no escritório todos os dias devido a demandas de negócios ou preferências pessoais, outros passam pelo menos parte da semana trabalhando em casa. As razões incluem, mas não se limitam, a parentalidade e cuidados – duas obrigações que normalmente ficam a cargo das mulheres.


Para organizações que buscam melhorar ou começar um trabalho flexível, o RH deve fornecer critérios aos gerentes para estabelecer limites em torno desses arranjos. E devem considerar a formação de gerentes na criação e avaliação de conceitos que funcionem para ambas as partes e no gerenciamento de membros da equipe remotos e flexíveis.


Essas novas formas de trabalho exigem diferentes maneiras de abordar o envolvimento dos funcionários, as avaliações de desempenho e as atribuições.


Deve-se notar que a criação de um local flexível, mas envolvente, para os trabalhadores mais velhos não tem necessariamente um custo alto. A produtividade permanece forte enquanto os líderes implementarem esses arranjos de maneira sólida. Enquanto o RH pode assumir a liderança na sugestão de arranjos diferentes, eles devem evitar elaborar políticas de tamanho único.

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

31 de outubro de 2025
Sintomas da menopausa interferem no desempenho de 47% das mulheres
Pne
Por Contato Maturi 18 de setembro de 2025
5 benefícios equipes com diversidade etária
23 de julho de 2025
O MaturiFest, maior festival de trabalho e empreendedorismo 50+ da América Latina, chega à sua 8ª edição de 21 a 23 de agosto de 2025, na UNIP Paraíso, em São Paulo. Promovido pela Maturi, empresa nacional especializada em empregabilidade, desenvolvimento e capacitação de profissionais com mais de 50 anos, o evento será realizado em formato híbrido e marca os 10 anos de atuação da empresa. Nesta edição comemorativa, nomes de destaque como Ana Paula Padrão, Carolina Ferraz e Caito Maia já estão confirmados na programação. Realizado em parceria com o Ministério da Cultura, o MaturiFest propõe uma experiência transformadora que combina aprendizado, prática e conexões com propósito. A programação do MaturiFest inclui painéis, palestras e oficinas práticas com temas essenciais para a reinvenção profissional. Entre os assuntos abordados estão: reinvenção de carreira, metodologias ágeis, inteligência artificial, entrevistas e currículos, marketing digital, finanças, storytelling, redes sociais, LinkedIn, Canva, WhatsApp Business, ESG, validação de ideias e muito mais. Segundo Mórris Litvak, fundador e CEO da Maturi, o festival é um verdadeiro ponto de encontro para quem deseja seguir aprendendo, inovando e se conectando. “O MaturiFest 2025 celebra os 10 anos da Maturi com uma imersão em aprendizado, reinvenção e conexões. Especialistas de diversos setores compartilham tendências, ideias e práticas que inspiram novas possibilidades na vida profissional e pessoal, tudo pensado para quem quer continuar crescendo com propósito e atitude”, comenta o CEO. Um dos grandes destaques deste ano será a MaturiConecta, feira de conexão e empregabilidade 50+, para que profissionais de RH de empresas apresentem como é trabalhar em suas organizações e até mostrem oportunidades e, por outro lado, as pessoas 50+ se inscrevem e se aproximam de organizações que valorizam a Diversidade Etária. Além disso, serão apresentadas novas soluções da Maturi desenvolvidas especialmente para empresas que valorizam a longevidade no ambiente de trabalho. Para fomentar ainda mais o empreendedorismo maduro, o evento contará com o Acelera Maturi, concurso de startups 50+, que terá apresentações de pitches ao longo da programação e premiará o projeto vencedor com R$ 10 mil e 3 meses de mentorias com a Maturi. Também serão lançados dois estudos inéditos, um sobre educação financeira e outro sobre economia circular, ESG e sustentabilidade na maturidade. Outra novidade que será apresentada no festival, é o lançamento da MaturiNegócios, plataforma digital que facilita a troca de produtos e serviços entre empreendedores maduros. A proposta inclui o uso de uma moeda virtual interna, permitindo negociações sem a necessidade de dinheiro físico. Na edição anterior, em 2024, o MaturiFest reuniu mais de 4 mil participantes online e 1.500 presencialmente. Foram 36 oficinas práticas, 28 painéis, 60 horas de conteúdo e a participação de 82 especialistas. Para 2025, a expectativa é ampliar ainda mais o alcance e o debate sobre temas como novas formas de trabalho 50+, mercado prateado, upskilling e reskilling, equidade e inclusão, saúde física e mental, segurança digital e inovação. O festival oferece duas modalidades de ingresso, presencial e online, ambas com versões gratuitas e pagas. O ingresso presencial garante acesso completo a toda a programação, incluindo oficinas práticas, mentorias, palestras e painéis, além da transmissão online e acesso às gravações. Já a modalidade online é voltada a quem acompanha à distância, com acesso à transmissão ao vivo. Assinantes do MaturiClub têm ingresso gratuito, além de acesso às gravações. Mais informações e a programação completa estão disponíveis no site oficial do evento . Serviço: Data: 21 a 23 de agosto de 2025 Horário: das 09h às 19h Local presencial: UNIP Paraíso (Rua. Apeninos, 614, São Paulo – SP) Online: Transmissão online no Youtube da Maturi