Projeto valoriza e contrata idosos para trabalharem na marca de roupas Reserva

Contato Maturi • 26 de abril de 2016

Recentemente, o jovem Rony Meisler, de 34 anos, que é um carioca e formado em engenharia de produção, além de fundador e CEO da marca Reserva, concedeu uma entrevista muito interessante ao site Projeto Draft, onde fala, entre outras coisas, sobre o projeto Meninos de Ouro, para valorizar idosos.


A marca de roupas vem se destacando não só na valorização mas também na contratação de pessoas mais velhas como seus colaboradores, apesar de ser muito mais conhecida e consumida pelo público jovem.


Além disso, a Reserva também tem seus modelos mais maduros, como mostra o ensaio feito na foto acima.

Rony se diz um apaixonado pelo que faz e afirma que a moda foi só uma forma que encontrou para se comunicar com as pessoas e contribuir para transformar o mundo em um lugar melhor.


À frente da rede, que tem 40 lojas próprias e oito franquias, além de 1 400 revendas com cobertura nacional e faturou 250 milhões de reais em 2015, espera abrir mais dez lojas até o fim deste e fechar 2016 com 300 milhões de reais. Para ele, o sucesso de um negócio está em gostar do que faz e em buscar no trabalho um complemento para a sua vida.

Em busca de seu propósito, Rony juntou a moda com o social. Paralelamente ao fluxo das coleções, incorporou à empresa a participação regular em projetos, como o que tem em parceria com o AfroReggae.


Ali, Rony criou um selo social para permitir o licenciamento e gerar royalties para a instituição. “Fomos a primeira marca a licenciar o AR (nome do selo). Depois outras marcas se interessaram: Red Bull, Natura, C&A e, com isso, o AfroReggae conseguiu aumentar a captação de recursos”, conta.


Na Reserva também há o “Rebelde com Causas”, em que a empresa escolhe de cinco a dez empreendedores sociais, por ano, para ajudar financeiramente. E o “4.076”, marca 100% sustentável e que não gera lucro: “Nós deixamos algumas peças em consignação em alguma comunidade para a população gerar lucro para si mesma. O que não venderem, eles devolvem. Se venderem pagam apenas o preço do custo e os impostos para a gente. É muito recente. Ainda estamos tentando entender a logística do negócio”.


Em ano olímpico, a Reserva – que tem 20% de seus quadros formado por gente mais velha – fez o projeto Meninos de Ouro, para valorizar idosos.


Lançada em 2006, a Reserva firmou-se, muito além do pica-pau bordado no peito das camisas pólo, como uma marca que tem alguns diferenciais de relacionamento com cliente (é hiperpersonalizado), no ambiente das lojas (“não montamos lojas, montamos casas onde recebemos as pessoas”), no engajamento dos próprios vendedores e, por fim, no apoio recorrente a projetos sociais, de forma inovadora. Rony não é um fashionista. Mesmo. E sabe disso.


Tanto que se vê mais como um comunicador. Em 2015, a Reserva foi listada entre as empresas mais inovadoras do mundo pela Fast Company. Em janeiro deste ano, ele foi o “brasileiro do ano” na Retail’s Big Show, um evento importante no mercado do varejo, no qual foi contar mais sobre a sua história.


É o que ele faz, nessa conversa com Márcia Juliatto do Projeto Draft, onde releva que “a moda é só uma porta de entrada para a comunicação – poderia ser publicidade, um bar, cinema ou qualquer outra coisa!”, além de contar sobre o projeto “Meninos de Ouro” e explicar porque acha “o empreendedor brasileiro, em qualquer área, disparado o mais preparado do mundo”.



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