O dilema dos artigos

Ari Marques • 16 de maio de 2017

A vida profissional é realmente algo interessante e nos prega peças imensas.


A maioria de nós, profissionais, inicia a carreira como estagiários ou trainees e como tal, somos imaturos. Naquela fase estamos sempre antenados a tudo quanto seja novo e que venha a agregar conhecimento. Somos iguais a uma ampulheta recém virada: cheios de espaço para absorver o conhecimento querendo vê-lo ocupado o mais rápido possível. Mas, tal qual a ampulheta a velocidade da queda da areia ou da acumulação do novo saber é sempre menor que a desejada por nossa ansiedade.


Enfim, o tempo vai passando e vamos completando o espaço vazio. Chega o momento em que apesar da maioria de nós ter a certeza de que nunca consigamos preencher a totalidade do espaço destinado ao conhecimento, há sempre muito à aprender, entendemos ter atingido a maturidade profissional.


Este é o momento crucial em que nos tornamos alvo fácil para uma esparrela tão comum na vida de todos. Alguns profissionais ficam de certa forma embevecidos por suas realizações e sem compararmo-nos em profundidade com nossos pares em outras empresas acabamos por super valorizar nosso conhecimento.


Ai é que entram os tais artigos do título. Passamos parcela de nossas carreiras vendo o crescimento de nossas experiências, o acerto de nossas decisões fruto, as vezes de posturas a atitudes mirabolantes e que agregaram resultados extremamente positivos. Negociamos empresas, obtemos êxitos na gestão de contratos extremamente complicados. O resultado é a consciência de sermos “O” profissional.


Por alguma reestruturação vem a demissão e segue-se um período de reflexão e análise pessoal. Passamos por processos em que temos a certeza de que temos a “cara daquela vaga”.


O tempo passa e aos poucos vamos percebendo que há outros profissionais tão bons quanto nós mesmos. Mais adiante acabamos por perceber que há alguns poucos melhores que nós. Chega então a fase da consciência em que passamos a ver que somos “um” profissional.


O problema é que passamos nossa carreira com o foco errado e a visão estrábica de que já éramos “o” e daí não nos preparamos realmente para sê-lo. Demos a condução da rédea de nossa carreira às empresas em que atuamos. Elas é que definiram ao sabor dos interesses delas de que curso deveríamos participar.


Onde e no que aprofundar estudos era decisão fora de nosso controle e aceitávamos entendendo que estávamos crescendo. Os interesses da empresa se sobrepunham aos nossos e a lapidação de nossas competências.


O objetivo deste texto é o do alerta para que aqueles que ainda não caíram nesta armadilha tenham tempo de rever essa posição e assumam o controle e a gestão de sua carreira.


Interessante ainda que tal processo seja assistido por um profissional que auxilie nessa reflexão. “Coaching”, esta é a palavra que identifica esse processo de extrema valia e interesse.


Aos profissionais, que como o autor deste, já tenham passado pela experiência do “o” x “um” a certeza de que sempre podemos retomar nossa carreira e direcioná-la de forma eficiente e produtiva. Identificar nossas competências e deficiências e a partir daí estabelecer programas de trabalho e treinamento que potencializem as primeiras e aniquílem as segundas, é algo de que não devemos abrir mão



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