MaturiDay: Reinvenção 50+ nas Redes Sociais

Regiane Bochichi • 27 de novembro de 2020

O último MaturiDay do ano discutiu o poder das redes sociais e a importância de aceitar as mudanças que serão o “novo normal” daqui para frente.


A oportunidade de aprender sobre redes sociais e fazer networking conectou cerca de 1500 pessoas na quarta-feira (25/11), no último Maturi Day de 2020. O evento foi transmitido pela MaturiAcademy, no YouTube e na página de Comunidade Maturi no Facebook. Por mais de três horas, a agenda trouxe muito conhecimento, inspiração e acima de tudo, diálogo entre os participantes.


A tarde começou com a energia do mineiro Geraldo Rufino que trouxe um pouco da sua trajetória de vida, onde não cabe a palavra problema. Aos 62 anos, com idade mental de sete como brinca, diz estar em seu melhor momento pois está se graduando na universidade da vida após passar altos e baixos. “Aposentadoria é para fracos, temos de continuar em atividade de forma apaixonada. Empreender é vida! Atitude! A pergunta a se fazer é: para onde a gente quer ir no tempo que nos resta”.


Ele começou a trabalhar aos 11 anos de idade pegando latinhas em um aterro próximo da favela do Sapê, na zona oeste de São Paulo e desde então, quebrou seis vezes, até se tornar presidente da JR Diesel, a maior recicladora de peças de caminhão da América Latina. E mesmo em um cenário pandêmico, vê a idade como uma vantagem competitiva.


Na sua opinião, o “novo normal” está resgatando as tradições, os valores, a simplicidade e a importância do idoso é fundamental. “O maturi é uma locomotiva que puxa os vagões com conhecimento e vivência. Os mais jovens precisam mais do que nunca de referência, de ser guiado, de uma bússola, ou seja, precisam de nós”.

Falando sobre propósito, ressaltou que o principal legado que se pode deixar é o que cada um pode fazer por outra pessoa e para isso é preciso ter coragem de olhar para dentro e buscar fora as ferramentas e o aprendizado que eventualmente lhe faltam. “Se você não entende de redes sociais, peça ajuda aos seus filhos, netos, sobrinhos. Eles até podem rir de você. Então, ria junto deles e siga em frente”.



Não conseguiu participar ou quer rever? Assista o vídeo com a gravação completa do MaturiDay Especial Redes Sociais:


Hoje em dia, estar fora das redes sociais é não existir. “O tempo todo estamos olhando para o celular, o computador e se você faz isso, seu público também faz.


É a forma de comunicação mais eficaz e popular do século XXI”, frisou Edney Souza, o “InterNey, Diretor Acadêmico na Digital House Brasil que deu a segunda palestra do MaturiDay e vai conduzir o curso “Uso Profissional de Redes Sociais” que a Maturi acaba de lançar.



São 5 módulos com 27 aulas que exploram cada detalhe necessário para usar as suas redes sociais com mais autoridade e conhecimento, para uso pessoal ou profissional.


Reinvenção é a palavra chave no MaturiDay!


Após as falas cheias de energia de Ruffino, o especialista em tecnologia, cultura digital e marketing digital alertou que seu speech seria “desmotivacional” pois estava, como muitos de nós, cansado de viver em um momento histórico da humanidade. “O papo do “novo normal” já deu.


Vamos continuar assim por muito tempo. Passamos, na verdade, para uma outra realidade, a de mudanças constantes. Temos de parar de sofrer e nos adaptar a isso, nos reinventando o tempo todo”.


Um dos participantes, Brígido Silva, concordou com essa afirmação e escreveu no chat do evento: “Eu, pessoalmente, entendo que se reinventar nada mais é que um processo necessário para nos colocar na mesma página que a nossa realidade atual. As coisas mudam e com elas as verdades, o conhecimento e os conceitos. Logo, precisamos nos atualizar constantemente”.


Nesta luta uma das principais armas é a tecnologia e é necessária desmitificá-la já que move um círculo virtuoso. “A tecnologia torna a vida das pessoas mais fáceis; se fica simples, vira um hábito e se assume um novo comportamento que gera uma mudança e pede mais tecnologia para suprir essa demanda”, explica.


Um outro ganho incomensurável é o tempo que pode ser usado em cursos, atividades prazerosas e com família. Para ele, os maturis sabem fazer as melhores escolhas e não vão abrir mão das inovações que lhe tragam comodidade e bem-estar.


Momento Pitch


Nossa comunidade está super antenada com esse momento do mercado. Isso foi visto durante o Pitch de quatro projetos previamente escolhidos, dentre os 350 inscritos para o MaturiDay.


Cláudio Bueno apresentou o Instituto Nacional do Consumidor de Saúde que visa garantir aos seus associados soluções especializadas para o melhor atendimento dos usuários de planos de saúde e de rede pública;


Eduardo Ramires criou o Broder, start-up que oferece companhia empática para as famílias de maneira presencial e on-line, inclusive, auxiliando no acesso dos aplicativos mais usados durante o isolamento social;


Artur Matos Ramos desenvolveu o portal Amigo do Idoso, com notícias e serviços, exposição de marcas parceiras e engajamento e por fim;


Patrícia Teixeira trouxe a proposta de dar cursos de maneira voluntária para mulheres do Sudão usarem o artesanato como forma de renda e empoderamento.


Todos os participantes receberam um kit especial com produtos Nutren Senior, que patrocinou o encontro pela segunda vez.

print de uma tela do zoom mostrando vários participantes

Para finalizar, 280 maturis se dividiram em salas de networking onde puderam se apresentar, falar sobre as suas necessidades, oferecer ajuda e conversar sobre as possibilidades de negócios entre o grupo.


Com o modelo online testado com sucesso mais uma vez, em 2021, o MaturiDay volta com novidades. Pois, como aprendemos com nossos palestrantes, mudar é preciso.

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

11 de novembro de 2025
O etarismo no ambiente de trabalho pode ser sutil — e, justamente por isso, perigoso. Muitas vezes, ele está embutido em processos, linguagens e práticas que parecem neutras, mas que na prática excluem profissionais mais velhos. O prejuízo não se limita a quem é deixado de fora, mas às empresas, que perdem talento, diversidade e performance. Segundo o relatório Future of Work 2023 , da AARP (American Association of Retired Persons), 2 a cada 3 profissionais 50+ já sentiram discriminação por idade no trabalho. No Brasil, a Pesquisa Maturi (2023 - acesse aqui ) mostra que 9 em cada 10 profissionais maduros estão em busca de recolocação. “Enquanto o tema for abordado como um posicionamento de marca, dificilmente haverá uma transformação genuína na sociedade. Porém, nós entendemos que esse esforço não pode caminhar sozinho pelo setor privado, é necessário que o governo e a sociedade estejam na mesma direção”, comenta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi. Está na hora de rever práticas e criar ambientes mais inclusivos para todas as idades. A seguir, um checklist para você identificar se o etarismo ainda está presente na sua organização: Checklist: sua empresa está pronta para incluir talentos 50+? 1. Recrutamento e seleção: - Você analisa se profissionais 50+ estão chegando às suas shortlists? - As descrições de vaga evitam termos como “jovem talento”, “recém-formado” ou “perfil júnior”? - O RH considera profissionais maduros para cargos operacionais e estratégicos? 2. Cultura organizacional: - O tema da diversidade etária está incluído nas ações de DEI? - A comunicação interna retrata pessoas de diferentes idades em cargos de liderança? - Existem canais para denunciar qualquer tipo de discriminação? 3. Desenvolvimento e carreira: - Pessoas 50+ têm acesso a programas de formação, capacitação e mentoring? - A empresa promove ações para combater estereótipos sobre envelhecimento? - Há incentivo à troca intergeracional e à valorização da experiência? 4. Gestão de talentos e sucessão: - Profissionais maduros são considerados em planos de sucessão? - Existe um olhar estratégico para manter 50+ na ativa, inclusive com formatos híbridos ou carga horária flexível? 5. Preparação para aposentadoria: - Sua empresa tem programas voltados à transição e à preparação para aposentadoria? - Há políticas para que esse momento não represente exclusão, mas sim reorientação? Passando a limpo Se sua empresa respondeu “não” ou “não sei” para um ou mais itens, já é sinal de alerta. O etarismo estrutural pode estar presente e impactando diretamente a diversidade, a inovação e os resultados da sua equipe. O combate ao etarismo não começa só com treinamentos, mas com uma mudança de mentalidade nos processos mais básicos do RH. Trata-se de enxergar a idade como um ativo estratégico e não como um impeditivo. Já conhece a certificação Age Friendly? O selo Age Friendly Employer reconhece as empresas promotoras da diversidade etária. Atualmente são 19 empresas certificadas no Brasil, organizações que estão na vanguarda das melhores práticas para um ambiente inclusivo para pessoas 50+. Se a sua empresa quer entender como iniciar essa jornada e obter a Certificação Age-Friendly, preencha o formulário para agendar uma reunião com a nossa equipe.
4 de novembro de 2025
O último MeetupMaturi de 2025 reuniu duas empresas que vêm se destacando na pauta da diversidade etária: Sanofi e Volkswagen . Representadas por Alexandre Porto, Co-líder do grupo Gerações Conectadas da Volkswagen, e Elcio Monteiro, do Pilar de Gerações+ da Sanofi, as organizações compartilharam suas jornadas no processo de Certificação Age-Friendly Employer, mostrando, na prática, o que significa transformar a cultura organizacional em direção a um ambiente realmente multigeracional. O encontro revelou aprendizados valiosos sobre como as empresas podem evoluir em seus roadmaps age-friendly — da conscientização à implementação de ações concretas. A seguir, reunimos cinco grandes insights dessa conversa inspiradora. 1. A jornada começa conhecendo a realidade geracional da organização Antes de qualquer estratégia, é essencial conhecer a própria realidade geracional. A Volkswagen percebeu que o primeiro passo para se certificar era entender quem são seus colaboradores 50+, onde estão as oportunidades e quais áreas precisavam se envolver mais com o tema. "O primeiro passo é saber onde estamos e com quem estamos. A diversidade etária começa olhando para dentro" 2. Ser uma empresa age-friendly é assumir um compromisso público A Certificação Age-Friendly Employer não é apenas um selo — é um compromisso público de avanço contínuo. Como destacou a Volkswagen, o mais importante é demonstrar, de forma transparente, como a empresa reconhece e valoriza o protagonismo das diferentes gerações. "Mais do que conquistar a certificação, é mantê-la viva no cotidiano da empresa” 3. O que importa é evoluir: a recertificação mede progresso, não perfeição A Sanofi, primeira empresa certificada e recertificada no Brasil, destacou que o processo é uma oportunidade para comparar a empresa com ela mesma. A cada recertificação, é possível medir avanços, consolidar práticas e aprimorar o que ainda precisa evoluir. “A recertificação é sobre amadurecimento — ela reconhece quem continua aprendendo.”, Elcio Monteiro 4. Trocas entre empresas aceleram aprendizados Um dos diferenciais do ecossistema Age-Friendly é o espaço de trocas entre empresas certificadas. Durante os fóruns e encontros promovidos pela Maturi, companhias como Sanofi e Volkswagen compartilham experiências, desafios e soluções. Essa colaboração tem gerado novos programas, ideias e conexões que fortalecem toda a rede. “Quando as empresas trocam, todo o ecossistema evolui” 5. Diversidade etária é parte da estratégia, não um projeto paralelo Tornar-se uma empresa Age-Friendly não é sobre um programa pontual, mas sobre incorporar a longevidade como valor estratégico. Como reforçou a Sanofi, uma empresa verdadeiramente diversa é aquela que reflete a sociedade onde está inserida — em idade, gênero, raça e experiências. “A diversidade precisa estar integrada à estratégia, não isolada em um pilar” O encontro com Sanofi e Volkswagen mostrou que o caminho para a maturidade corporativa é feito de aprendizado, comprometimento e cooperação. Cada empresa está em uma etapa diferente do seu roadmap Age-Friendly, mas todas compartilham o mesmo propósito: criar organizações mais humanas, inclusivas e preparadas para o futuro do trabalho. 💡 Quer saber mais sobre a Certificação Age-Friendly e como aplicar esse roadmap na sua empresa? 👉 Acesse agefriendly.com.br
31 de outubro de 2025
Sintomas da menopausa interferem no desempenho de 47% das mulheres