Os desafios do mercado de trabalho para mulheres 50+
No mês da mulher a Maturi discute os desafios do mercado de trabalho para mulheres 50+ e a importância de olhar para o gênero no combate ao etarismo nas organizações. Esse será o tema do Meetup que acontece em 24/03, voltado para empresas, online e gratuito.
“Os trabalhadores com 50 anos ou mais entre os empregados (empresas privadas e de economia mista) têm uma participação crescente no mercado de trabalho.
O perfil desses trabalhadores é predominantemente masculino, com escolaridade de nível superior considerando a média do mercado e com carteira assinada de maior duração comparando todos os trabalhadores somados. As pessoas envolvidas na contratação individual de trabalhadores dessa faixa etária nem dão muita atenção a esse assunto”.
As descobertas de 2019 estão no artigo “Trabalhadores com 50 anos ou mais no mercado de trabalho brasileiro: existe idadismo?” É parte de um estudo da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP que pesquisou as características da participação dos trabalhadores com 50 anos ou mais no mercado formal de trabalho brasileiro.
O trabalho também identifica se e como as questões específicas desses trabalhadores são tratadas no contrato individual de trabalho, com as políticas e práticas de gestão de recursos humanos (GRH) de um grupo de empresas.
Se incluirmos o fator gênero, ou seja, avaliar a interseccionalidade de mulheres 50+, o etarismo aumenta. É notório perceber que os desafios desse grupo se potencializam.
Não há pesquisas sobre esse recorte, mas pela experiência da Maturi é possível vivenciar diariamente uma imensa oportunidade de transformarmos o mercado.
E quando se trata de CEOs mulheres 50+?
Ainda há muitas barreiras no mercado para a ascensão das mulheres a cargos de liderança. É o que mostrou um levantamento da BR Rating, primeira agência de rating de governança corporativa do país.
Segundo a pesquisa feita com 486 empresas e que empregam de 200 a 10 mil funcionários, sendo 59% de nacionais e 41% multinacionais, somente 3,5% das companhias têm CEOs mulheres e 16% têm mulheres em cargos de diretoria. Já 19% das corporações têm mulheres em cargos de gerência.
Os exemplos de quem chegou lá!
Muitas mulheres acima dos 50 anos que conquistaram cargos de direção e presidência em suas trajetórias vitoriosas, compartilham em comum acordo que existem inúmeros desafios e obstáculos a serem superados, durante toda a jornada profissional.
Por isso, convidamos duas mulheres incríveis e gabaritadas para falar sobre o tema: Cristina Palmaka da SAP e Claudia Férris da Circulabi Gerdau, CEOs de grandes empresas que irão nos trazer algumas dicas e contar suas experiências no Meetup:
Cristina Palmaka, presidente da SAP América Latina e Caribe
Com mais de 30 anos de experiência no setor de TI, Cristina é conhecida por sua abordagem estratégica em liderar equipes fortes com foco na inovação dos clientes e nos resultados comerciais bem sucedidos. Uma líder de ideias, apaixonada pelo impacto e potencial da tecnologia na sociedade.
Como presidente da SAP LAC, Cristina lidera uma equipe de mais de 5.000 funcionários, focada em permitir que clientes de todos os tamanhos e setores obtenham valor da gama de soluções tecnológicas da SAP para transformar e crescer seus negócios.
Anteriormente, Cristina foi Presidente da SAP Brasil por quase 7 anos, tendo construído a subsidiária em um dos maiores desempenhos globais da empresa.
Antes de ingressar na SAP, ocupou várias funções executivas seniores com grandes players de TI no mercado brasileiro, incluindo Microsoft, HP e Philips.
Suas habilidades de liderança, perspicácia empresarial e fortes relacionamentos têm sido fundamentais para ajudar as empresas a inovar, crescer e se desenvolver em todo o Brasil e além.
Cristina conquistou vários prêmios e reconhecimentos no mercado, incluindo ser nomeada como uma das principais CEOs do Brasil pela revista Forbes. Ela é uma forte defensora da diversidade e inclusão, do bem-estar no local de trabalho e da STEM.
Claudia Férris, CEO Circulabi Gerdau
Executiva sênior com 30 anos de experiência no mercado de tecnologia. Tem passagem em Empresas globais de Tecnologia, Microsoft e IBM, liderou negócios no Brasil e Canadá. Tem experiências relevantes tanto em B2B (Enterprise) quanto em B2C (Consumer) e um forte histórico de construção consistente de negócios de crescimento sustentado ou grandes turn arounds.
Tornou-se uma investidora anjo, co-investora de VC, na Bossa Nova, e mentora de empreendedores, executivos e startups. É Conselheira Consultiva da EqualWeb e Conselheira Administrativa da Senior.
Desenvolve trabalhos ligados à Inclusão e Diversidade, tais como a criação de um fundo de Investimento dentro da VC Bossa Nova para apoio a fundadoras ou co-fundadoras de startups e soluções focadas no mercado feminino.
Recentemente, tornou-se CEO da Circulabi, uma nova Venture da Gerdau Next, focada em Economia Circular para a Indústria.
Bacharel em Ciência da Computação, Mestre em Ciências pelo ITA, MBA Executivo pela FGV, Pós-Graduação em Negócios Digitais pela Columbia/MIT e Formação como Conselheira pela Saint Paul. Especialização em programas executivos em Wharton, MIT e Singularity.

Muito trabalho pela frente
Debater o mercado de trabalho para mulheres 50+ de forma transparente, sem vieses e preconceitos (principalmente o de idade), faz parte de uma proposta ainda maior da Maturi, que é transformar o mundo por meio da potência da maturidade. Andréa Tenuta, Head Comercial, que será uma das facilitadoras do encontro online, ao lado de Mórris Litvak, define a importância de falarmos sobre isso (e muito):
“É comum discutir e desenhar projetos de diversidade, equidade e inclusão voltados à potência da mulher, mas pouco se vê ações direcionadas à mulher madura. Eu desconheço. As pessoas maduras vão ficando esquecidas e as mulheres maduras mais ainda. A maior parte da população é composta por mulheres, quando olhamos somente na faixa acima dos 50 anos a proporção aumenta. No entanto, em cargos corporativos isso não está representado. Temos muito trabalho pela frente.”
*O Meetup Maturi tem apoio da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) regional São Paulo. Inscreva-se AQUI.
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