Silver Tech é tecnologia para os 50+

Walter Alves • 21 de agosto de 2020

As pessoas estão envelhecendo e se tornando mais experientes em tecnologia. Isso gera um mercado crescente para idosas e idosos, o chamado “Silver Tech” (tecnologia prateada).


Mas o que é Silver Tech? O censo norte americano divulgou, em junho último, que a população com 65 anos ou mais cresceu 34,2% desde 2010.


No estado de São Paulo, segundo levantamento da Fundação Seade, a população idosa com mais de 65 anos vai crescer 3,7 vezes e quase quadruplicar até 2050, devendo se igualar em 2034 ao número de jovens de até 15 anos.


De acordo com uma pesquisa da American Association of Retired Persons – AARP (Associação Americana dos Aposentados), a AARP 2020 Tech Survey, adultos com mais de 50 anos estão adotando novas tecnologias, como smartphones, wearables, assistentes domésticos inteligentes, aproximadamente, no mesmo ritmo que as pessoas de 18 a 49 anos.


À medida que idosos se encontram mais isolados – de amigos e familiares – devido à Covid-19, é evidente que o uso de novas tecnologias e da Internet por esta geração mais velha está aumentando.


Para atender à crescente demanda pela Silver Tech, startups estão surgindo no mundo todo. Têm como objetivo desde melhorar o transporte e a mobilidade e aumentar a conectividade virtual, até possibilitar a telemedicina, entreter e fornecer serviços financeiros virtuais.


A telessaúde deu um grande salto em março, quando a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que autoriza o uso da telemedicina no Brasil – em quaisquer atividades da área de saúde, enquanto durar a crise da Covid-19.


O suporte diagnóstico de forma remota permitirá a interpretação de exames e a emissão de laudos médicos a distância. O Conselho Federal de Medicina (CFM) passou a permitir a teleorientação, o telemonitoramento do paciente e a teleconsulta, também durante o combate ao coronavírus.


Nos Estados Unidos o Departamento de Saúde e Serviços Humanos anunciou nova regulamentação para aumentar o acesso à saúde. Um passo importante foi aumentar as taxas de reembolso pela utilização da telemedicina.


Recente pesquisa da McKinsey revelou que os consumidores esperam aumentar, em mais de 30%, suas compras online de produtos de higiene pessoal, medicamentos e fitness.


A pesquisa também indicou que o interesse dos consumidores em telessaúde aumentou para 76% após a pandemia, enquanto que em 2019 era de apenas 11%. Este acréscimo abre, nos EUA, um novo mercado gigante com valor estimado de US $ 250 bilhões.


A inovação e o interesse em Silver Tech é variada, numerosa e global. O Japão – com mais de 68.000 pessoas acima de 100 anos – se deparou com a necessidade de implantar drones para a entrega de medicamentos a idosos em áreas remotas que se tornaram inacessíveis após desastres naturais.


Aqui no Brasil, o curso Descomplicando ferramentas digitais para maduros, lançado pela MaturiAcademy, esgotou as vagas muito antes do início.


Este resultado é a demonstração inequívoca do interesse dos maturis no uso mais frequente da tecnologia. Regiane Bochichi em seu artigo Saber usar as ferramentas digitais se tornou obrigatório nos mostra a importância de saber utilizar a internet com a possibilidade de aumentar a produtividade no trabalho e nos negócios.

Na Live realizada em 13/8 com ONGs beneficiadas com doações pelo MaturiFest pudemos perceber a importância do uso da tecnologia para que idosas e idosos em situação de risco ou vulnerabilidade, sob restrições do isolamento social, pudessem continuar a ser atendidos em suas residências.


As instituições – mesmo com receitas menores – puderam manter contato com assistidos e assistidas. Uma delas comprou – com as doações recebidas – acessos à Internet criando oportunidade para que todos se mantivessem conectados com amigos, amigas e profissionais responsáveis pelo atendimento.



Assista aqui a live:

Daqui para frente, instalações para idosos e idosas irão acelerar o ritmo de investimento em tecnologia principalmente em conectividade à Internet de alta velocidade, tecnologia sem fio, tablets, webcams e fones de ouvido.


Os familiares puderam sentir a melhora no humor e na disposição dos mais velhos pelo permanente contato, mesmo que a distância. Robôs de desinfecção, que usam luz ultravioleta para destruir vírus, como o coronavírus, ainda nos parece filme de ficção, mas como já são utilizados nas casas de longa permanência no Estados Unidos e Canadá, não demorarão a chegar aqui.


Todos estes exemplos nos mostram o espaço crescente que a Silver Tech ocupa dentro do setor, mas ainda há muito a fazer e espaço para crescer.


No entanto, isto somente acontecerá se as várias barreiras forem eliminadas e as condições se tornarem favoráveis. E para isso, é muito importante que empreendedores estejam dispostos a se arriscar no lançamento de novos produtos e serviços.


Sem dinheiro disponível para financiar este desenvolvimento nada acontecerá. Entretanto, sem profissionais inovadores e conhecedores da população nesta faixa etária, nada poderá ser feito.


Estes profissionais precisam ter competências pessoais voltadas para o pensamento inclusivo, para a flexibilidade, sensibilidade, fluência nas ideias, alteridade e empatia.


Neste caso, nada mais indicado que pessoas 50+ que preencham estes requisitos, pois além das competências carregariam o conhecimento e autoconhecimento das dores e incômodos que afligem idosas e idosos.


O artigo de Suzy Taherian foi publicado originalmente na Forbes que você pode acessar AQUI. 


Acesse a MaturiAcademy e acompanhe a série Trabalho no Futuro que eu apresento, com 37 episódios falando de trabalho, carreira e reinvenção profissional para pessoas 50+.


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Até o próximo artigo!

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De lá para cá, houve uma verdadeira revolução digital impulsionada por essa nova geração de influenciadores. Com autenticidade, experiência de vida e um olhar único sobre o mundo, eles estão conquistando espaço, quebrando estereótipos e provando que longevidade e tecnologia caminham juntas. A Força dos Influenciadores Maduros no Digital Muito além do entretenimento, as redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para a longevidade ativa. Elas ajudam a combater a solidão, fortalecem a autoestima e possibilitam a construção de novos propósitos. Para muitos, ser influenciador não é apenas um hobby, mas uma profissão que permite compartilhar conhecimento, histórias inspiradoras e ainda gerar renda extra. Com o aumento da expectativa de vida e os desafios financeiros que acompanham a maturidade, a monetização digital se apresenta como uma alternativa viável e necessária. 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Leia também: 4 projetos para o público 50+ apoiados pelo Banco Mercantil! ________________________________________ Clea Klouri Sócia do Hype 60+ e fundadora do Silver Makers