Vamos falar sobre Etarismo e Síndrome da Impostora?

Regiane Bochichi • 9 de março de 2021

 

Etarismo e Síndrome da Impostora: Para celebrar o mês de março, a Maturi oferece às empresas a oportunidade de debater temas que sensibilizam especialmente as mulheres maduras.


Nesta segunda-feira (08/03), a #8M21 ficou entre os trending topics do Twitter. O Google lançou um doodle especial mostrando mulheres pioneiras em várias áreas profissionais ao longo da história. A timeline do Instagram recebeu milhares de posts para lembrar a data. Grupos de WhatsApp bombaram com mensagens e imagens de flores.


No mundo digital, o Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975 e comemorado desde o início do século 20 não passou em branco!


No ambiente corporativo não foi diferente. As empresas promoveram ações, palestras, workshops e rodas de conversas para marcar o dia que lembra a igualdade de gênero. E a Maturi não ficou de fora.


Pela manhã, a parceira Fran Winandy participou de um painel com os funcionários da Brasilprev e no fim do dia, aconteceu um bate papo aberto na comunidade do Facebook com as mulheres do time da Maturi.


O etarismo ao longo da vida das mulheres e a relevância das equipes intergeracionais nas organizações foram alguns dos tópicos abordados pela pesquisadora e consultora em Diversidade e Inclusão, no encontro com Silvana Andrade, Laiz de Carvalho e Angela Assis, da empresa de previdência complementar, numa troca extremamente rica para provocar reflexões sobre os desafios da mulher 50+.


“O ageísmo é um preconceito e isso por si seria um motivo para combatê-lo, em qualquer lugar. No caso das empresas, se eu não atacar o preconceito, não consigo implantar um programa de diversidade etária, aliás, o programa de diversidade é prejudicado em suas bases, já que eu prego uma coisa e faço outra”, explica Fran.



“A pergunta que sempre faço é a seguinte: se um idoso pode ser meu cliente, porque não pode ser meu funcionário? E mais, se quero desenhar produtos e serviços para clientes maduros, nada mais eficaz do que ter o olhar de outro maduro no time responsável por isso.”

Palestras exclusivas e motivadoras


No mês da mulher, a Maturi focou em dois temas que são muito relevantes para discutir sobre a ótica feminina: a discriminação etária também conhecida como “etarismo” e a “síndrome da impostora”, reforça a head comercial, Andréa Tenuta. “Queremos oferecer para as empresas a oportunidade de promover o conhecimento e debater temas que sensibilizam especialmente as mulheres maduras.”


Para quem não está familiarizado, a Síndrome da Impostora é considerado um termo psicológico que descreve um padrão de comportamento no qual a pessoa duvida de suas realizações e tem um medo persistente de ser exposto como uma fraude, como incompetente.


Apesar de atingir tanto mulheres como homens, pesquisas apontam que 70% das mulheres passaram por alguma situação que lhe fez sentir diminuída e, devido ao arquétipo feminino, acabaram tendo a mais coragem de demonstrar sua vulnerabilidade e por consequência sofrendo mais.


Atualmente, a mulher multitarefa sofre para conciliar os trabalhos domésticos e vida profissional, além disso, carrega consigo uma cobrança imposta por elas mesmas e muitas vezes, por seus gestores.


“As pessoas que ocupam a função de liderança precisam se humanizar. O resultado é gerado por pessoas. É um chavão, porém incompreendido. O ser humano é muito estimulado mentalmente, para responder de forma analítica e não buscamos conexão com o nosso emocional, com o nosso sentir, com nossas emoções, nós nos desconhecemos e temos cada vez menos capacidade de nos conectar com o nosso físico, nosso mundo corpóreo”, afirma Cecilia Pedro Barboza, consultora de Desenvolvimento Humano.


“Muitas empresas têm estimulado a autonomia e a colaboração e não a competição, além de fazer ações práticas de inclusão da diversidade: etária, racial, gênero e demais. Mesmo por que estão olhando para seus clientes e escutando o que eles querem, quais são seus sonhos, necessidades e desejos, ou seja, incluindo-os na cadeia de serviço ou de produtos.”


O objetivo da Maturi é ter um cardápio de palestras que possa despertar nas empresas o real interesse pelas profissionais 50+ e torná-las protagonistas dessa bandeira, na luta contra o etarismo.


“O ideal seria termos um esforço conjunto entre sociedade, governo e empresas. Mas, considerando o poder financeiro que as empresas têm, elas poderiam comprar essa briga e ajudar a fazer com que essas fronteiras sejam expandidas para fora de seus domínios”, comenta a coach de transição de carreira, Fran Winandy que também tem um blog chamado Etarismo.


“Em alguns países temos a participação do Estado em incentivos para que as empresas tenham menos encargos ao contratar pessoas idosas, especialmente aposentadas.


Quem se beneficia com isso? Todos. Afinal, vamos viver mais e precisamos ter uma renda recorrente por mais tempo. Pessoas que têm uma vida plena adoecem menos, utilizando menos os serviços de saúde. Com mais empregos, a roda da economia gira. As empresas poderiam cobrar isso do Estado. Afinal, as empresas são feitas de pessoas! “


Sua empresa quer fazer parte disso e liderar a revolução da economia prateada? Clique AQUI para saber mais detalhes da campanha especial da Maturi Mês da Mulher e vamos juntos criar um ambiente de boa convivência entre homens e mulheres, jovens e maturis.

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

11 de novembro de 2025
O etarismo no ambiente de trabalho pode ser sutil — e, justamente por isso, perigoso. Muitas vezes, ele está embutido em processos, linguagens e práticas que parecem neutras, mas que na prática excluem profissionais mais velhos. O prejuízo não se limita a quem é deixado de fora, mas às empresas, que perdem talento, diversidade e performance. Segundo o relatório Future of Work 2023 , da AARP (American Association of Retired Persons), 2 a cada 3 profissionais 50+ já sentiram discriminação por idade no trabalho. No Brasil, a Pesquisa Maturi (2023 - acesse aqui ) mostra que 9 em cada 10 profissionais maduros estão em busca de recolocação. “Enquanto o tema for abordado como um posicionamento de marca, dificilmente haverá uma transformação genuína na sociedade. Porém, nós entendemos que esse esforço não pode caminhar sozinho pelo setor privado, é necessário que o governo e a sociedade estejam na mesma direção”, comenta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi. Está na hora de rever práticas e criar ambientes mais inclusivos para todas as idades. A seguir, um checklist para você identificar se o etarismo ainda está presente na sua organização: Checklist: sua empresa está pronta para incluir talentos 50+? 1. Recrutamento e seleção: - Você analisa se profissionais 50+ estão chegando às suas shortlists? - As descrições de vaga evitam termos como “jovem talento”, “recém-formado” ou “perfil júnior”? - O RH considera profissionais maduros para cargos operacionais e estratégicos? 2. Cultura organizacional: - O tema da diversidade etária está incluído nas ações de DEI? - A comunicação interna retrata pessoas de diferentes idades em cargos de liderança? - Existem canais para denunciar qualquer tipo de discriminação? 3. Desenvolvimento e carreira: - Pessoas 50+ têm acesso a programas de formação, capacitação e mentoring? - A empresa promove ações para combater estereótipos sobre envelhecimento? - Há incentivo à troca intergeracional e à valorização da experiência? 4. Gestão de talentos e sucessão: - Profissionais maduros são considerados em planos de sucessão? - Existe um olhar estratégico para manter 50+ na ativa, inclusive com formatos híbridos ou carga horária flexível? 5. Preparação para aposentadoria: - Sua empresa tem programas voltados à transição e à preparação para aposentadoria? - Há políticas para que esse momento não represente exclusão, mas sim reorientação? Passando a limpo Se sua empresa respondeu “não” ou “não sei” para um ou mais itens, já é sinal de alerta. O etarismo estrutural pode estar presente e impactando diretamente a diversidade, a inovação e os resultados da sua equipe. O combate ao etarismo não começa só com treinamentos, mas com uma mudança de mentalidade nos processos mais básicos do RH. Trata-se de enxergar a idade como um ativo estratégico e não como um impeditivo. Já conhece a certificação Age Friendly? O selo Age Friendly Employer reconhece as empresas promotoras da diversidade etária. Atualmente são 19 empresas certificadas no Brasil, organizações que estão na vanguarda das melhores práticas para um ambiente inclusivo para pessoas 50+. Se a sua empresa quer entender como iniciar essa jornada e obter a Certificação Age-Friendly, preencha o formulário para agendar uma reunião com a nossa equipe.
4 de novembro de 2025
O último MeetupMaturi de 2025 reuniu duas empresas que vêm se destacando na pauta da diversidade etária: Sanofi e Volkswagen . Representadas por Alexandre Porto, Co-líder do grupo Gerações Conectadas da Volkswagen, e Elcio Monteiro, do Pilar de Gerações+ da Sanofi, as organizações compartilharam suas jornadas no processo de Certificação Age-Friendly Employer, mostrando, na prática, o que significa transformar a cultura organizacional em direção a um ambiente realmente multigeracional. O encontro revelou aprendizados valiosos sobre como as empresas podem evoluir em seus roadmaps age-friendly — da conscientização à implementação de ações concretas. A seguir, reunimos cinco grandes insights dessa conversa inspiradora. 1. A jornada começa conhecendo a realidade geracional da organização Antes de qualquer estratégia, é essencial conhecer a própria realidade geracional. A Volkswagen percebeu que o primeiro passo para se certificar era entender quem são seus colaboradores 50+, onde estão as oportunidades e quais áreas precisavam se envolver mais com o tema. "O primeiro passo é saber onde estamos e com quem estamos. A diversidade etária começa olhando para dentro" 2. Ser uma empresa age-friendly é assumir um compromisso público A Certificação Age-Friendly Employer não é apenas um selo — é um compromisso público de avanço contínuo. Como destacou a Volkswagen, o mais importante é demonstrar, de forma transparente, como a empresa reconhece e valoriza o protagonismo das diferentes gerações. "Mais do que conquistar a certificação, é mantê-la viva no cotidiano da empresa” 3. O que importa é evoluir: a recertificação mede progresso, não perfeição A Sanofi, primeira empresa certificada e recertificada no Brasil, destacou que o processo é uma oportunidade para comparar a empresa com ela mesma. A cada recertificação, é possível medir avanços, consolidar práticas e aprimorar o que ainda precisa evoluir. “A recertificação é sobre amadurecimento — ela reconhece quem continua aprendendo.”, Elcio Monteiro 4. Trocas entre empresas aceleram aprendizados Um dos diferenciais do ecossistema Age-Friendly é o espaço de trocas entre empresas certificadas. Durante os fóruns e encontros promovidos pela Maturi, companhias como Sanofi e Volkswagen compartilham experiências, desafios e soluções. Essa colaboração tem gerado novos programas, ideias e conexões que fortalecem toda a rede. “Quando as empresas trocam, todo o ecossistema evolui” 5. Diversidade etária é parte da estratégia, não um projeto paralelo Tornar-se uma empresa Age-Friendly não é sobre um programa pontual, mas sobre incorporar a longevidade como valor estratégico. Como reforçou a Sanofi, uma empresa verdadeiramente diversa é aquela que reflete a sociedade onde está inserida — em idade, gênero, raça e experiências. “A diversidade precisa estar integrada à estratégia, não isolada em um pilar” O encontro com Sanofi e Volkswagen mostrou que o caminho para a maturidade corporativa é feito de aprendizado, comprometimento e cooperação. Cada empresa está em uma etapa diferente do seu roadmap Age-Friendly, mas todas compartilham o mesmo propósito: criar organizações mais humanas, inclusivas e preparadas para o futuro do trabalho. 💡 Quer saber mais sobre a Certificação Age-Friendly e como aplicar esse roadmap na sua empresa? 👉 Acesse agefriendly.com.br
31 de outubro de 2025
Sintomas da menopausa interferem no desempenho de 47% das mulheres