Ao apoiarmos trabalhadores 50+ os benefícios são de todos

Walter Alves • 30 de janeiro de 2020

 Dados recentes do ONS mostram que os trabalhadores com 65 anos ou mais serão responsáveis ​​por mais da metade de todo o crescimento do emprego no Reino Unido nos próximos 10 anos e quase dois terços do crescimento do emprego até 2060.


Os trabalhadores 50+ estão rapidamente se tornando a espinha dorsal da força de trabalho britânica. Existem 10,4 milhões acima dos 50 anos trabalhando no Reino Unido – o equivalente a quase um terço de todos os trabalhadores. Dados recentes do Office for National Statistics (Instituto Britânico de Estatísticas) mostram que os trabalhadores com 65 anos ou mais serão os grandes responsáveis ​​pelo crescimento do emprego no Reino Unido nos próximos 10 anos.


Esta é uma previsão fantástica para a economia do Reino Unido, pois tem como consequência o aumento das receitas tributárias, a redução dos gastos com benefícios e o aumento dos níveis gerais do PIB. Uma economia mais forte significa mais oportunidades de emprego para pessoas de todas as idades.


Estar num trabalho de boa qualidade mantém as pessoas ativas e mais seguras financeiramente. Nas pesquisas, os 50+ afirmam que o que mais sentem falta depois de deixar o trabalho são as conexões sociais. Talvez, por que, estima-se que cerca de uma em cada cinco pessoas não se vejam “aposentadas” após terem parado formalmente de trabalhar.


Mas apesar do aumento do número de trabalhadores mais velhos no geral, ainda há uma queda drástica nas taxas de emprego nos anos próximos da idade para a aposentadoria. Cerca de 28% (3,5 milhões) das pessoas de 50 a 64 anos no Reino Unido não trabalham – mais do que toda a população do País de Gales. Enquanto alguns não o fazem por opção, cerca de um milhão de pessoas com idades entre 50 e o limite para a aposentadoria não trabalham, mas gostariam.


Pessoas com problemas de saúde ainda são demitidas sem receberem o apoio que as mantivessem trabalhando – geralmente ações simples como flexibilidade de horário ou pequenos ajustes arquitetônicos nos locais de trabalho.


Da mesma forma, muitos se desdobram para equilibrar os compromissos de trabalho com o cuidado de um familiar. Há, também, uma visão antiga nas empresas que limitam oportunidades de treinamento e desenvolvimento para os 50+ dificultando suas chances futuras na evolução da carreira e nos processos de recrutamento.


É necessário que os empregadores tornem as práticas e políticas organizacionais favoráveis ​​ao envelhecimento e que os governos estejam abertos à discussão para políticas públicas que apoiem mais eficazmente o emprego para os 50+.



Se as partes assumirem suas responsabilidades, toda a sociedade colherá os frutos de uma economia mais forte – e, para os 50+, a oportunidade de trabalhar pelo tempo que quiserem e puderem.


 

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