Visão positiva e fim do preconceito

Regiane Bochichi • 18 de julho de 2020

Temos que aprender a respeitar os idosos e lutar contra a velhofobia foi uma das lições tiradas dos painéis do dia 8 de julho.


O terceiro dia do MaturiFest 2020 foi dedicado à tríade “Projeto de vida, propósito e motivação”, para encarar a realidade e como dizem por aí, fazer do limão uma limonada. A primeira palestrante foi a antropóloga Mirian Goldenberg.  


O painel “Velhofobia x projetos de vida e busca de significado” foi conduzido por Walter Alves, consultor social sobre diversidade e inclusão de pessoas 50+ no trabalho.


A escritora e estudiosa de temas relacionados ao envelhecimento, corpo e felicidade, relatou sobre suas pesquisas de como homens e mulheres encaram a questão de idade. “Acreditamos que os homens envelhecem melhor, pois não tem uma relação tão direta com a vaidade. Mas, neste sentido, por cuidarem muito da estética, as mulheres chegam mais preparadas para encarar a velhice ainda mais a brasileira que ama ginástica e procedimentos estéticos”, afirma a professora.


“Nesta fase da vida, elas se sentem livres para cuidar mais de si mesmas sem querer agradar todo mundo como sempre fizeram a vida toda”. Nos últimos cinco anos, Mirian voltou seus interesses para a faixa dos 90 anos e tem vivido e experimentado como é a vida de quem chegou lá.


“São pessoas cheias de energia e vontade de realização. Temos de acabar de vez com o estereótipo de que velhos são um fardo e combater, intensivamente, a velhofobia, esse preconceito que existe contra quem tem sabedoria e muita a ensinar”.


O tema “Psicologia positiva e bem-estar” reuniu Denise Garcia, palestrante e trainer TLEX e Arte de Viver; Eduarda Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do International Happiness Forum; Eliete Oliveira, Consultora para Recolocação, Transição e Desenvolvimento de Carreira; Yvonne Hendrych, Life Designing & Mindset Coach e fundadora da Workinbalance e teve a mediação de Maurício Machado, fundador e sócio diretor da MM/SAO.


As quatro foram unânimes em ressaltar a diferença entre trabalho e emprego já apontada em outros painéis e a necessidade de conhecer a si mesmo para fazer as mudanças significativas e necessárias na vida de cada um. Yvonne alertou para a ideia de eliminar crenças.


“Isso não existe. Não há como apagar uma crença. O que devemos fazer é substituir por outra. Temos de trocar as crenças limitadoras por crenças inspiradoras”.


Para tanto, Denise aconselha aumentar as fontes de energia para lidar com as novas demandas tendo uma alimentação saudável, bebendo muita água, praticando exercícios físicos e meditação. “Quando atingimos esse estado, entramos em flow”, explica Eliete. “É um estado da mente em quem a alto índice de engajamento e estamos fortes o suficiente para promover qualquer mudança que queremos”.


Completando, Eduarda aponta que assim se pode alcançar a tal felicidade, resultando na expressão pura da nossa essência.


Segundo Nélio Bilate, especialista em cultura organizacional e desenvolvimento humano, todo o propósito deve ter uma verbo de ação. “É quando sai o ego e entra o pacto que você faz com outro”, explicou durante o debate sobre “Futuro, propósito e multigerações”, que teve a participação ainda da palestrante futurista Beia Carvalho e foi moderado por Tássia Chiarelli, autora dos livros: “Empreendedorismo no mercado da longevidade” e “Tecnologias e Envelhecimento Ativo”.


Na opinião de Beia, o propósito não tem a ver com dinheiro e sim, com uma forma harmoniosa de resolver problemas.


“A maturidade oferece uma grande contribuição para as novas gerações, devemos nos relacionar com mais os jovens, aprender com as crianças sem medo de pedir ajuda para eles”.


A dica de Bilate é deixar de lado a síndrome de juiz. “O ideal é respirar sem julgamento. Interagir com as pessoas usando a nossa capacidade de se comunicar. Meu pai dizia que o mundo vai ter o tamanho quer a gente quiser e para isso não podemos criar barreiras nenhuma”.


O painel “Marca pessoal como ferramenta de liderança” sob o comando da jornalista Maria Cândida, embaixadora Geração Ageless no Brasil teve a presença de Amanda Graciano, startup hunter, mentora consultora e TEDx speaker; Bruno Scaldaferri, superintendente de RH Diversidade & Inclusão do Banco Santander e Elisa Tawil, mentora, consultora estratégica de negócios e LinkedIn Top Voices 2019.


Scaldaferri reforçou que a participação do maturi no mercado de trabalho formal agrega “experiência, conhecimento, resiliência, inteligência emocional, comprometimento e maturidade”.


Por outro lado, esse mesmo profissional “deve se manter atualizado, informado, ter a mente aberta, o corpo em movimento e uma posição pró-ativa.


A palavra de ordem é humildade para aprender e não ser só o dono da razão”. Na opinião da Elisa, é muito importante exercer a liderança como marca pessoal, combinando as suas habilidades, seus atributos, o que tem de melhor, com a sua autenticidade, com sua personalidade. “Escolher um tema que faz com que sua comunidade, seu networking te reconheça como uma autoridade. Criar uma identidade tão forte de quem você é com que você tem de melhor.”


Ao identificar essa habilidade isso pode se tornar uma fonte de renda conforme explicou a Amanda: “identifique aquilo que você faz bem, que os amigos e parentes te pedem ajuda, isso é um indicador do seu maior diferencial. E depois, pense em outros mercados, áreas em que possa exercer isso com qualidade e lembre-se, estamos falando de uma uma era que teremos múltiplas carreiras e muitas delas simultâneas. Não se prenda a uma”.


Chieko Aoki conseguiu criar essa marca no setor de hotelaria quando fundou o Blue Tree Hotels. Ela encerrou com Nilton Molina, presidente dos Conselhos de Administração da Mongeral Aegon Seguros e Previdência S/A, do Fundo de Pensão Multipatrocinado da Mongeral Aegon e do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, o terceiro dia com “Conversa com empreendedores fora de série”.


Os dois ainda estão a frente de seus negócios atuando diariamente na tomada de decisões e buscando soluções para atravessarem a crise sanitária que vivemos. “Me ofende quando me disse que estou aposentado, que na origem da palavra é ir para um aposento. Não quero isso para minha vida.”, comenta Molina.


“Não fiz universidade, apenas um curso técnico. Sou autodidata e a única certeza que um autodidata tem é que ele sabe que não sabe. Essa é a força que tem para aprender se dedicar e faço isso até hoje”.


O tema “Psicologia positiva e bem-estar” reuniu Denise Garcia, palestrante e trainer TLEX e Arte de Viver; Eduarda Oliveira, presidente da Comissão Organizadora do International Happiness Forum; Eliete Oliveira, Consultora para Recolocação, Transição e Desenvolvimento de Carreira; Yvonne Hendrych, Life Designing & Mindset Coach e fundadora da Workinbalance e teve a mediação de Maurício Machado, fundador e sócio diretor da MM/SAO.



As quatro foram unânimes em ressaltar a diferença entre trabalho e emprego já apontada em outros painéis e a necessidade de conhecer a si mesmo para fazer as mudanças significativas e necessárias na vida de cada um. Yvonne alertou para a ideia de eliminar crenças.


“Isso não existe. Não há como apagar uma crença. O que devemos fazer é substituir por outra. Temos de trocar as crenças limitadoras por crenças inspiradoras”.


Para tanto, Denise aconselha aumentar as fontes de energia para lidar com as novas demandas tendo uma alimentação saudável, bebendo muita água, praticando exercícios físicos e meditação. “Quando atingimos esse estado, entramos em flow”, explica Eliete. “É um estado da mente em quem a alto índice de engajamento e estamos fortes o suficiente para promover qualquer mudança que queremos”.


Completando, Eduarda aponta que assim se pode alcançar a tal felicidade, resultando na expressão pura da nossa essência.

Segundo Nélio Bilate, especialista em cultura organizacional e desenvolvimento humano, todo o propósito deve ter uma verbo de ação. “É quando sai o ego e entra o pacto que você faz com outro”, explicou durante o debate sobre “Futuro, propósito e multigerações”, que teve a participação ainda da palestrante futurista Beia Carvalho e foi moderado por Tássia Chiarelli, autora dos livros: “Empreendedorismo no mercado da longevidade” e “Tecnologias e Envelhecimento Ativo”. Na opinião de Beia, o propósito não tem a ver com dinheiro e sim, com uma forma harmoniosa de resolver problemas.


“A maturidade oferece uma grande contribuição para as novas gerações, devemos nos relacionar com mais os jovens, aprender com as crianças sem medo de pedir ajuda para eles”.


A dica de Bilate é deixar de lado a síndrome de juiz. “O ideal é respirar sem julgamento. Interagir com as pessoas usando a nossa capacidade de se comunicar. Meu pai dizia que o mundo vai ter o tamanho quer a gente quiser e para isso não podemos criar barreiras nenhuma”.


O painel “Marca pessoal como ferramenta de liderança” sob o comando da jornalista Maria Cândida, embaixadora Geração Ageless no Brasil teve a presença de Amanda Graciano, startup hunter, mentora consultora e TEDx speaker; Bruno Scaldaferri, superintendente de RH Diversidade & Inclusão do Banco Santander e Elisa Tawil, mentora, consultora estratégica de negócios e LinkedIn Top Voices 2019. Scaldaferri reforçou que a participação do maturi no mercado de trabalho formal agrega “experiência, conhecimento, resiliência, inteligência emocional, comprometimento e maturidade”.


Por outro lado, esse mesmo profissional “deve se manter atualizado, informado, ter a mente aberta, o corpo em movimento e uma posição pró-ativa. A palavra de ordem é humildade para aprender e não ser só o dono da razão”.


Na opinião da Elisa, é muito importante exercer a liderança como marca pessoal, combinando as suas habilidades, seus atributos, o que tem de melhor, com a sua autenticidade, com sua personalidade. “Escolher um tema que faz com que sua comunidade, seu networking te reconheça como uma autoridade. Criar uma identidade tão forte de quem você é com que você tem de melhor.”


Ao identificar essa habilidade isso pode se tornar uma fonte de renda conforme explicou a Amanda: “identifique aquilo que você faz bem, que os amigos e parentes te pedem ajuda, isso é um indicador do seu maior diferencial. E depois, pense em outros mercados, áreas em que possa exercer isso com qualidade e lembre-se, estamos falando de uma uma era que teremos múltiplas carreiras e muitas delas simultâneas. Não se prenda a uma”.


Chieko Aoki conseguiu criar essa marca no setor de hotelaria quando fundou o Blue Tree Hotels. Ela encerrou com Nilton Molina, presidente dos Conselhos de Administração da Mongeral Aegon Seguros e Previdência S/A, do Fundo de Pensão Multipatrocinado da Mongeral Aegon e do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, o terceiro dia com “Conversa com empreendedores fora de série”.

Os dois ainda estão a frente de seus negócios atuando diariamente na tomada de decisões e buscando soluções para atravessarem a crise sanitária que vivemos. “Me ofende quando me disse que estou aposentado, que na origem da palavra é ir para um aposento. Não quero isso para minha vida.”, comenta Molina. “Não fiz universidade, apenas um curso técnico. Sou autodidata e a única certeza que um autodidata tem é que ele sabe que não sabe. Essa é a força que tem para aprender se dedicar e faço isso até hoje”.


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