Como se manter saudável e continuar aprendendo

Regiane Bochichi • 15 de julho de 2020

 Confira como foi o primeiro dia de palestras do MaturiFest 2020 que teve como encerramento um painel com Abilio Diniz.


Como se manter saudável e continuar aprendendo? O primeiro dia do MaturiFest 2020, Festival de Trabalho e Empreendedorismo para pessoas 50+, teve como tema “O futuro não é mais como era antigamente”, que abordou o envelhecimento, velocidade de informação, conectividade e futuro do trabalho. A abertura foi conduzida por Mórris Litvak que deu as boas-vindas, contou da evolução da Maturi e adiantou as novidades da MaturiAcademy.


Depois Alexandre Kalache (leia aqui um artigo no Blog escrito por ele), referência em envelhecimento e longevidade e presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-Brasil), e Mara Luquet, jornalista especializada em finanças e economia abriram o painel “Reinventando o envelhecer pós-pandemia”.


O ex-diretor da OMS ressaltou a desigualdade econômica, o preconceito e a precarização do trabalho dos mais velhos. “Estamos vivendo uma verdadeira pandagonia com uma ruptura do pacto geracional. Temos de valorizar a riqueza de sabedoria e experiência que só o idoso tem”.


A receita para envelhecer bem, segundo o médico, se baseia em ter saúde, conhecimento, um espaço de participação na sociedade, além de proteção e segurança.

 

Conectar com suas competências foi o conselho dado por Alexandre Pellaes, mestre em psicologia do trabalho, durante o painel “O trabalho mudou. E você?”– Uma visão atualizada do significado do trabalho”, mediado pelo Head da curadoria de conteúdo do hub de inovação do Bradesco, InovaBra Habitat, Junior Thonon.


Pellaes sugeriu que cada um revisitasse a sua própria história para entender seus aprendizados e desafios e indicou o site 16 personalidades para fazer um teste mais profundo. Para o palestrante e fundador da consultoria de desenvolvimento Exboss, autorrealização, foco e empatia são três as competências essenciais para se viver em um mundo VUCA – acrônimo para Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade. 

E o que você estará fazendo em 2050? Com essa provocação a mediadora Naiara Corrêa abriu o painel “Futuro do Trabalho – O que vem pela frente?” Coube aos participantes e futuristas Andrea Bisker, Gui Rangel e Gustavo Machado responder.


Para Andrea, fundadora & CE0 da Spark:off, consultoria em inovação e tendências, o modelo de trabalho será a base de projetos e freelancers e as qualidades mais valorizadas serão aquelas ligadas à emoção, pois para as tarefas braçais e repetitivas, haverá os robôs e processos automatizados.


“É fundamental lembrar que o futuro quem faz somos nós. O que virá amanhã depende das ações que tomamos hoje.

A responsabilidade está nas nossas mãos.”


A vida será mais minimalista, na visão do Machado, palestrante e mentor de Inovação, Empreendedorismo e Futurismo. Uma renda mínima universal vai possibilitar que todas tenham as suas necessidades básicas suprimidas e assim será possível valorizar mais a saúde.


Adepto da prática de sprint, na qual se dedica intensamente de 30 a 45 minutos ao trabalho e usa os 15 minutos restantes para outras atividades, reforça que a meditação deve ser parte constante desta rotina.


Rangel, futurista, pesquisador, startupper e scifi experience designer, afirma que o aprendizado deve ser perene independente da idade e que o vale é buscar formação de acordo com às necessidades do mercado e não, o contrário. “Hoje e no futuro, temos de encarar a mudança de empregabilidade x liberdade. Passaremos de home office para anywhere office e seremos o senhor de história que criamos”


Foi assim a trajetória de Sandra Chemin, que resolveu morar em um veleiro com a família onde alfabetizou as filhas até ancorar na Nova Zelândia e fundar a Future You, que orienta pessoas e empresas a navegar no futuro do trabalho. Ela conta sua trajetória no painel “A vida não para aos 50: Lifelong Learning” conduzido por Ana Thê Campos e com a presença de Dante Freitas, co-Founder da Stape Music, Endless Learning, IKONE Global Social League e Gravidade Zero.


Sandra listou algumas lições para nos guiar rumo ao futuro: ter liderança pessoal sendo protagonista da sua própria trajetória; ser curioso para continuar aprendendo seja no modo online, global ou imersivo; começar a aprendizado com você com um profundo mergulho no autoconhecimento; transforma sua vida pessoal e profissional em um aprendizado constante e perene; encontrar sua tribo para ter o sentimento de pertencimento com aqueles que tem os mesmo valores e objetivos que você e por fim; passar adiante o que sabe. Citou a palavra ako na língua nativa maori que significa aprender e ensinar sendo uma coisa só.


Dante, por sua vez, propõe “dar um zoom out” para poder olhar do alto e ter uma visão macro do que realmente está acontecendo com o mundo.


E a primeira visão deve ser interna a fim de que se possa viver em máxima potência. Segundo ele, as tendências do universo particular de cada um são: valorizar a sabedoria em detrimento ao intelecto; intensificar a inteligência do coração; procurar viver com naturalidade; se reconhecer no outro; buscar um propósito a partir de um grupo de pessoas e acreditar na impermanência da vida. “Temos que definir a partir do indefinido”, sentencia.



Assista o MaturiTalks Live que fizemos em março com a Sandra Chemin. É só apertar o play:


Para encerrar o primeiro dia do MaturiFest 2020, Mórris Livtak bateu um longo papo com Abilio Diniz, que com 83 anos, preside o Conselho de Administração da Península Participações, empresa de investimentos de sua família, do Carrefour Global e Carrefour Brasil.


O tema do painel foi “Falando em longevidade com qualidade”. A primeira lição do bem sucedido empresário foi lembrar que “envelhecer é uma certeza, envelhecer bem é uma escolha” e para isso, há algumas regrinhas básicas que pode ajudar como atividade física – prefira os exercícios para as pernas pois vai depender delas para evitar quedas, manter o equilíbrios e não ter limites de mobilidade; alimentação saudável, controle de stress e uma boa saúde.


Apesar de estar otimista com relação a crise, citando uma frase de sua mãe que “não há bem que sempre dure e mal que nunca acabe” não acredita em mudanças muito radicais porque “as pessoas não mudaram e sem isso, não há mudanças significativas”. Para ajudar as pessoas no processo de envelhecimento criou junto com a esposa, Geyze, o portal Plenae com conteúdos para uma vida longa e com qualidade. Aliás, o amor pela família foi um dos pontos destacados por ele para o bem-viver. Com relação ao idadismo, foi categórico:


“preconceitos existem para serem quebrados.”


Ganhamos até conteúdo diferenciado de um participante do evento, o Márcio Reiff, que registrou visualmente e com muita criatividade, os principais tópicos da palestra de abertura com Alexandre Kalache. Para quem quiser saber mais do trabalho do Márcio, aqui o site dele: https://www.marcioreiff.com/


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De lá para cá, houve uma verdadeira revolução digital impulsionada por essa nova geração de influenciadores. Com autenticidade, experiência de vida e um olhar único sobre o mundo, eles estão conquistando espaço, quebrando estereótipos e provando que longevidade e tecnologia caminham juntas. A Força dos Influenciadores Maduros no Digital Muito além do entretenimento, as redes sociais se tornaram uma ferramenta essencial para a longevidade ativa. Elas ajudam a combater a solidão, fortalecem a autoestima e possibilitam a construção de novos propósitos. Para muitos, ser influenciador não é apenas um hobby, mas uma profissão que permite compartilhar conhecimento, histórias inspiradoras e ainda gerar renda extra. Com o aumento da expectativa de vida e os desafios financeiros que acompanham a maturidade, a monetização digital se apresenta como uma alternativa viável e necessária. Plataformas como Instagram, YouTube e TikTok permitem que influenciadores maduros criem comunidades engajadas e colaborem com marcas que reconhecem o valor de suas trajetórias. O Que Faz um Influenciador Maduro se Destacar? Os influenciadores 50+ trazem consigo algo inestimável: experiência de vida. Eles passaram por desafios pessoais e profissionais, acompanharam diversas transformações sociais e culturais e, por isso, têm muito a compartilhar. Esse repertório torna seus conteúdos autênticos e valiosos para diversas audiências, desde outros maduros em busca de representatividade até jovens que enxergam neles mentores naturais. Tendências de Conteúdos que Performam Bem Os influenciadores maduros estão se destacando em diversos segmentos, trazendo autenticidade, representatividade e quebrando estereótipos. 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Leia também: 4 projetos para o público 50+ apoiados pelo Banco Mercantil! ________________________________________ Clea Klouri Sócia do Hype 60+ e fundadora do Silver Makers