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É preciso se preparar para continuar trabalhando após os 60 anos
Experientes e com amplo conhecimento, os 60 mais empreendem ou voltam a se empregar
A reportagem traz uma série de depoimentos com trabalhadores acima de 60 anos e com profissionais ligados às questões de carreira e trabalho.
Silvio Smelstein, de 63 anos, em parceria com um médico e um desenvolvedor de sistemas, criou um aplicativo para pesquisar preços de medicamentos, escolher entre o mais barato ou a entrega mais rápida e recebê-los em casa. Segundo ele, “A aposentadoria é só um laço legal. O cérebro e o corpo não se aposentam. Vejo cada vez mais pessoas experientes interessadas em novas maneiras de fazer negócios”.
Ricardo Dominicale Foly, 63, há mais de um ano desempregado, iniciou participação num projeto-piloto da prefeitura de Niterói, em parceria com uma rede de farmácias, para empregar pessoas com mais de 60 anos de idade. “Quando a gente para, deixa de ser gente. O idoso não é mais o da bengalinha. Eu pulo de parapente, jogo futebol”, diz ele.
O Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas (Neop) da Escola de Administração de Empresas da FGV/SP, em recente pesquisa, conclui que as empresas ainda não estão atentas aos impactos do envelhecimento no mercado de trabalho.
A coordenadora do Neop, Maria José Tonelli conta que “As empresas reconhecem que o funcionário com mais idade conhece mais e é mais comprometido com a empresa, mas não há nenhum esforço para retê-lo”. Na opinião dela seria um jogo de ganha-ganha, pois o trabalhador ficaria empregado por mais tempo e a empresa com um funcionário conhecedor dos processos.
Paulo Sardinha, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Rio faltam políticas – públicas e das empresas – que estimulem a contratação de profissionais com mais de 60 anos, em funções como: conselheiros em empresas, professores, profissionais de planejamento estratégico e, por que não, gestores de startups.
A especialista em gestão de carreiras Karin Parodi diz que “o caminho para a sobrevivência é estar antenado (…) fazer cursos e frequentar centros de inovação. A 4a revolução industrial valorizará habilidades que as máquinas não têm e que sobram nas pessoas mais velhas, como inteligência emocional e flexibilidade cognitiva”.
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