Aprendizados no Fórum Social Mundial e um mundo possível pós-Covid 19
Atenta à minha obrigação como maturi de aprender continuamente e colaborar no desenvolvimento do envelhecimento saudável, no período de 25 a 29 de janeiro participei do Fórum Social Mundial – População Idosa, Pessoas com Deficiência e Diversidades, com o objetivo de fazer parte da construção de respostas para a pergunta: Qual é o outro mundo possível pós-Covid 19?
Acredito, firmemente, na transformação da sociedade para a ampla e irrestrita inclusão e respeito de todas os seus cidadãos, mediante o trabalho coletivo e colaborativo em todos os seus formatos: governamentais, corporativo, institucionais e individuais.
Por essa razão, honro e valorizo cada manifestação, post, comentário dos integrantes do Planeta Diversidade (incluídos os maturis), em qualquer tipo de mídia, pois é o somatório dessas energias que nos levará ao um mundo melhor.
Precisamos fortalecer o nosso papel como ativistas da causa dos 50+, por mais simples que ele seja, e assim podermos celebrar cada conquista individual ou coletiva que signifiquem maturis respeitados; contratados; capacitados; saudáveis; incluídos socialmente; ativos e plenos, e por aí vai…
Nos cinco dias de realização do Fórum Social Mundial (online) muitos ativistas e ações importaram para organizar esse mundo possível pós-Covid 19. Seguem as minhas impressões sobre o evento:
O que é o Fórum Social Mundial – População Idosa, Pessoas com Deficiência e Diversidades?
Evento idealizado para unir o VI Fórum Social Mundial da População Idosa, o V Fórum Social Mundial da Pessoa Idosa com Deficiência (PCDs) e IV Fórum Social Mundial das Diversidades e Doenças raras em um único e grandioso encontro, para que os resultados pudessem ser efetivos na promoção de uma ampla qualidade de vida no planeta pós-pandemia.
Composto por órgãos públicos municipais, estaduais, nacionais, internacionais e entidades da área social, o fórum foi realizado de forma totalmente digital, gratuita e por meio do Facebook e YouTube.
Em busca de resposta para a questão que afeta a todos nós, o comitê organizador elaborou uma extensa agenda de oficinas, seminários, palestras e inúmeras outras atividades sobre os fóruns temáticos, que nos permitiram a participação ampla por meio do debate, diálogo e aprendizado.
Por intermédio de uma plataforma específica foi possível inscrever-me nos eventos que mais me interessaram. O agendamento prévio foi prático e necessário uma vez que muitas ações ocorreram simultaneamente, fato costumeiro em grandes conferências.
Posso lhes dizer que ao final desses dias além de agregar conhecimento, pude colaborar, na medida dos meus esforços, na construção de um novo horizonte para o envelhecimento e qualidade de vida no planeta pós-pandemia.
Os grande momentos do Forum Social Mundial
A cerimônia oficial de abertura incluiu evento ecumênico e contou com a participação de autoridades públicas e conhecidas para o público 50+, como o Epidemiologista e Gerontólogo, Alexandre Kalache, Presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil (ILC-Brasil), um dos grandes nomes mundiais na área do Envelhecimento, e finalizando com uma atividade artístico-cultural.

A programação foi dividida em eixos que comportaram dezenas de atividades divididas entre minicursos, mesas-redondas, oficinas, palestras, painéis, rodas de conversa, mostras e outras ações.
Uma programação diversa e impactante
Cinco eixos nortearam a programação do evento, cujas ações e detalhamentos você pode consultar aqui.
- saúde e políticas públicas para um envelhecimento saudável e sustentável;
- educação, cultura, aprendizagem ao longo da vida;
- segurança, proteção e defesa dos direitos humanos pós covid-19;
- experiências exitosas na comunidade;
- PCDS (pessoas com deficiências) e diversidades.
Relaciono a seguir algumas das atividades realizadas no Fórum Social Mundial, sendo certo que você poderá explorar cada uma delas por aqui, mediante cadastro no respectivo site.
Oficinas
- O acesso dos migrantes e refugiados ao Sistema de Seguridade Social Brasileiro
“O número de migrantes que chegaram ao Brasil nos últimos anos é bastante expressivo. São pessoas oriundas de outros lugares do mundo e que quando chegam ao país necessitam refazer suas vidas, pois a migração via de regra pressupõe a necessidade de um novo lugar para viver. O sistema de Seguridade Social Brasileiro é universalista e compreende as políticas públicas de saúde, assistência e previdência. Trata-se de um elaborado sistema de segurança social.
É de fundamental importância que os estrangeiros que se encontram no Brasil, na condição de migração e refúgio, conheçam o sistema de Seguridade Social Brasileiro a fim de que, em caso de necessidade, possam utiliza-lo da melhor forma possível, visando resguardar a sua dignidade humana. Necessário se faz debater o acesso e o desenvolvimento da política pública da seguridade social por parte de estrangeiros residentes no país.”
- Tecnologia e Envelhecimento: Eliminando os Medos para Aproveitar o Melhor da Vida Digital
- EITA!! Equilibrar, Intuir, Transmudar e Agir – Acessando a Mente e os Talentos 50+
Palestras
- Cuidados e Atenção para o uso de medicamentos por idosos
“A polifarmácia ou o uso de muitos medicamentos diferentes é comumente observada entre idosos, a princípio, devido à grande incidência de múltiplas condições crônicas nessa população. O objetivo desta atividade foi promover o uso racional e adequado de medicamentos pelos idosos. Conversar sobre como armazenar os medicamentos corretamente e principais interações medicamentosas.”
- As Políticas voltadas para os Idosos na França.
- O Segredo do Envelhecimento Saudável: Resiliência e Espiritualidade
- Políticas, Programas de Educação Formal e Educação Continuada para a Idosos. Ressignificação da Velhice e de sua Importante Contribuição Social e Econômica.
- Sexualidade, identidade de gênero, empoderamento feminino e violência contra população LGBT
- Direito das Pessoas com Deficiência – Uma luta por dignidade
- Educação Financeira na terceira idade
- Antirracismo No Brasil: Avanços E Desafios
Rodas de Conversa
- Vamos falar de Preconceito?
“Crescemos convivendo com ideias discriminatórias das quais não nos damos conta e muitas vezes somos encorajados a mantê-las. Estas crenças são fundadas em ideias fantasiosas e estados emocionais que não apresentam sentido lógico justificável. Além disso, as ideias discriminatórias afastam a pessoa que discrimina do convívio com aquelas que desconsidera devido ao preconceito. Por exemplo, discriminar é não aceitar conviver com pessoas com algum tipo de deficiência, religião, cor, etnia ou gênero.
Para desconstruir os preconceitos é necessário falar mais sobre nossas experiências preconceituosas já vividas em família, na escola, no trabalho ou em outros ambientes em que surgem estas reações discriminatórias. Nada é tão simples para ser modificado rapidamente, porém, para desconstruirmos os preconceitos que guardamos, é preciso admitirmos a existência deles.
- Empreendedorismo E Longevidade nas Periferias: Uma Experiência De Alimentação De Qualidade E Inclusiva
- Direitos Humanos, Envelhecimento e Políticas Públicas para Longevidade
- As múltiplas realidades e a diversidade na inserção no Mercado de Trabalho – um relato do Senac Comunidade
- Qualidade de vida na moradia inclusiva de um residencial geriátrico: Conheça o Modernaidade
- A importância da sociedade civil organizada no contexto das políticas públicas
Paineis
- Desafios e Ressignificação do cuidado às Pessoas Idosas Pós Covid-19
- O Futuro da Atenção dos Cuidados à Pessoa Idosa Dependente
- Política Pública: Envelhecimento e a Perspectiva de Atuação Interdisciplinar
- Formação de Recursos Humanos e Educação Continuada em Envelhecimento, Gerontologia e Geriatria na (Graduação, Residência Multiprofissional e Pós-graduação) na Atenção às Pessoas Idosas Pós Covid19.

Encerramento e propostas
Ao final dos trabalhos do Fórum Social Mundial – População Idosa, Pessoas com Deficiência e Diversidades foi decidido a elaboração da Carta do IV Fórum Social Mundial – Área Temática População Idosa com encaminhamento sobre Políticas Públicas, Programas e projetos de Estado a serem viabilizadas em prol das novas ou atuais demandas às pessoas idosas segundo o preconizado pela Década do Envelhecimento Saudável que importará em um futuro positivo.
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