10 passos para superar o choque de uma demissão

Silvia Triboni • mai. 27, 2021

Ser despedido de um emprego não é nada fácil para ninguém, muito menos para nós, maturis, e, ainda mais durante uma pandemia global. Os patrões bem que podiam entregar um manual de sobrevivência ao trabalhador ao mesmo tempo em que entregam o “bilhete azul”. Um texto como este com ‘10 passos para superar o choque de uma demissão” já seria de muita ajuda, em minha opinião.


Afinal, sentir-se triste, chocado, irritado, frustrado ou algo totalmente diferente disso, nessa situação é completamente válido e esperado, pois somos seres humanos, e tais sentimentos podem surgir em qualquer um de nós. Mas, e daí?! O que fazer com esta avalanche de emoções?


Segundo especialistas, não há uma maneira certa de lidar com um fato como esse, no entanto, sugerem “10 passos para superar o choque de uma demissão”, que podem ajudar a seguirmos em frente com a vida.


Encontrei as dicas em uma incrível plataforma britânica chamada Rest Less, cuja missão é inspirar a geração atual 50+ para obter o máximo da vida, com foco em saúde, estilo de vida, aprendizagem, bem-estar financeiro, trabalho, namoro, voluntariado, comunidade e muito mais. Vale muito a pena acessar a plataforma.


Na maioria dessas dicas, há um link que remete para mais informações orientativas e inspiradoras, as quais colaborarão ainda mais no processo de refazimento que precisamos, após o baque indesejado de sermos despedidos.


Vamos conferir!


10 passos para superar uma demissão


Se você já foi demitido, ou acha que possa ser em um futuro próximo, aqui estão 10 passos úteis que poderão ajudá-lo a gerir este processo complexo, e ainda se recuperar do choque.


1. Tire algum tempo para “entender” a situação


“Talvez você não tenha visto a sua demissão chegando, ou talvez você suspeitasse que isso aconteceria, mas ainda assim sentiu-se chocado pelo fato de que agora é uma realidade. Seja qual for a sua situação, se você está em estado de choque, então é importante dar a si mesmo algum tempo para “entender”, ou digerir o que aconteceu.


Quando perdemos algo que é realmente importante para nós, é normal entrar em um período de luto – que geralmente é a maneira do seu cérebro tentar entender e entender a sua perda.


Durante este tempo, é importante que você reconheça seus sentimentos e trabalhe a respeito, em vez de tentar suprimi-los.


Se você está experimentando um luto, ou está em estado de choque, e gostaria de saber mais sobre os passos que você pode tomar para ajudá-lo a ultrapassar isso tudo, então considere ler o artigo da Rest Less Lidar com o luto e a perda.


2. Tente não entrar em pânico


É completamente normal sentir-se chocado ao perder o emprego, mas é importante evitar deixar que sentimentos de pânico tomem conta de você.


Entrar em pânico afeta a nossa capacidade de pensar claramente e planejar o futuro, e pode fazer com que as coisas piorem ainda mais.


Se você está achando difícil sair do estado de pânico, há alguns exercícios de respiração úteis que podem ajudá-lo a se sentir mais calmo.


Você também pode tentar implementar uma série de atividades cotidianas que ajudarão a manter a sua mente focada no presente. Você pode encontrar mais informações sobre essas atividades, aqui.


3. Não tenha medo de negociar com o seu empregador


Quando você for informado sobre a sua demissão, não tenha medo de negociar com o seu empregador, se isso for bom para você. Por exemplo, talvez você possa pedir algum apoio financeiro para um curso que o ajudará em uma nova profissão.


Mesmo que seu empregador não possa oferecer nada de benefício financeiro, seu chefe pode concordar em escrever uma boa e brilhante referência, uma recomendação do Linkedin, ou ser capaz de apresentá-lo a pessoas em sua rede em outras empresas. A sua empresa pode, também, estar disposta a negociar em seu último dia de trabalho para lhe dar um pouco mais de tempo até a saída.


Os empregadores sabem que as demissões são muitas vezes devastadoras para as pessoas. Portanto, há uma chance de que eles estejam abertos à negociação (se isso não lhes custar muito) o que tornará as coisas um pouco mais fáceis para você.


Também vale a pena perguntar ao seu chefe sobre arranjos alternativos de trabalho. Por exemplo, mudança de carga horária, com redução de salário, ou mudança de função.


Para mais informações sobre como negociar com seu empregador, vale a pena ler o guia de demissão Rest Less, aqui.


4. Conheça seus direitos


Lidar com o processo de demissão pode ser um muito mais gerenciável se você conhecer os seus direitos.

É uma boa ideia ler as regras de seu contrato de trabalho para verificar se os termos de sua saída estão nos de acordo com o que foi contratado.


Se você sente que foi tratado injustamente pelo seu empregador, ou que eles estão deixando de cumprir alguma parte do acordo, busque os seus direitos.


5. Tente não levar para o lado pessoal e mantenha as linhas de comunicação abertas com o seu empregador


A pandemia dificultou a vida de quase todos, inclusive a de muitos empregadores, e assim como você pode estar encontrando dificuldades para aceitar sua demissão, também pode ser difícil para empregadores e gerentes tomarem decisões de demitir pessoas.


É normal sentir raiva da situação e se sentir magoado por ter colocado tempo e esforço em uma empresa que agora está pedindo para você sair. Mas, faça de tudo para não levar esta questão para o lado pessoal, pois isso pode afetar sua própria confiança e autoestima, e afetá-lo negativamente quando você for em busca de outra oportunidade.


Mesmo que você não queira, tente fazer da sua saída algo elegante. Não feche portas!


Tente manter contato com a sua empresa, se puder. Eles podem fornecer-lhe uma referência importante, e, quem sabe, apresentá-lo ou recomendá-lo a alguns parceiros de negócio.


6. Planeje as suas finanças


Uma das primeiras coisas que provavelmente terá passado pela sua mente se você foi demitido, ou acha que possa ser, é como você continuará a se sustentar financeiramente.


As dificuldades financeiras são um dos maiores estressores que enfrentamos na vida, por isso é importante saber qual ajuda e apoio podem estar disponíveis, para que você possa fazer um plano financeiro.


Saiba quais benefícios você pode ter direito. Encontre maneiras de cortar custos. Faça um orçamento de gastos.


7. Considere o que você quer fazer a seguir


Embora possa ser difícil assimilar um processo de demissão, uma vez que você superou o choque inicial, pode ser útil começar a pensar no futuro e se preparar para encontrar a sua próxima oportunidade. Esta parte pode ser assustadora, mas também pode ser emocionante e lhe proporcionar esperanças.


É muito normal, com o tempo, muitas pessoas veem a demissão como uma possibilidade de abrir um novo e interessante capítulo da vida, com oportunidades de experimentar coisas novas e conhecer novas pessoas. Como diz o ditado, quando uma porta se fecha, outra se abre.


Comece considerando quais outros caminhos de carreira ou empresas que você gostaria de trabalhar.

O artigo no link a seguir pode ajudá-o a fazer uma lista de suas habilidades. Você vai se surpreender com o quão amplo é o conjunto de habilidades que você já tem que poderá ser aplicável a muitas funções e indústrias.


Se você está considerando mudar de carreira, mas está procurando um pouco mais de inspiração, veja o site Rest Less que se dedica a dar ideias de trabalho, com muitas dicas e conselhos sobre como recomeçar.


8. Concentre-se em melhorar a sua empregabilidade


O mercado de trabalho não está muito ativo no momento. Muitas empresas estão reduzindo sua força de trabalho, enquanto outras estão fechando as portas para sempre. No entanto, algumas empresas ainda estão contratando e há oferta de empregos, ainda que menos do que o habitual.


Uma das melhores maneiras de você se preparar para encontrar a sua próxima oportunidade é se concentrar em criar um currículo forte e uma boa carta de apresentação, e construir o máximo de habilidades relevantes que puder, ainda que por meio do voluntariado, para que você possa ajudar a se destacar da multidão.


9. Considere ler histórias edificantes sobre aqueles que foram demitidos e superaram a situação


Às vezes, quando não temos certeza do que virá a seguir, pode ser útil ler histórias edificantes de outras pessoas que superaram situações semelhantes.


As pessoas abaixo contam histórias surpreendentes sobre como evoluíram após terem sido demitidas, ou passarem por tempos excepcionalmente difíceis. Aprenderam conteúdos novos, iniciaram novas carreiras ou até mesmo mudaram totalmente de vida.


História de Cheryl: tornar-se uma Consultora hipotecária aos 59 anos

História de David: montar um negócio de bufê e treinamento para ser um conselheiro em seus 50 anos


10. Peça apoio


Perder um emprego ou uma carreira que você amava, ou que estava permitindo a sua sobrevivência financeira pode ser incrivelmente doloroso.


Embora seja importante tomar medidas práticas, como planejar suas finanças e procurar novas oportunidades – é igualmente importante buscar ajuda se você precisar. Amigos ou familiares podem querer apoiá-lo, sem prejuízo da busca de pareceres especializados de um terapeuta ou psicólogo.


Peça apoio se precisar!


Um pensamento final…


Quando você experimenta algo tão desafiante como uma demissão, certamente você poderá ter muitos pensamentos ansiosos sobre o seu futuro e se perguntar o que virá a seguir.


A coisa mais importante a ter em mente é que por mais sombrios que os seus dias possam parecer agora, sempre haverá um dia melhor. Enquanto isso, seja gentil consigo mesmo e não tenha medo de pedir ajuda se precisar.


Se você foi demitido; teve alguma estratégia positiva de enfrentamento ou uma história edificante que você queira compartilhar, escreva para a Rest Less. Isso poderá ajudar outras pessoas a superarem esta situação tão complexa. Envie um e-mail para info@restless.co.uk.


Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Por Contato Maturi 20 mar., 2024
Ser mulher, para mim, é ter muita curiosidade sobre o que é ser homem. Eu sei o que é ter privilégios em um país tão desigual, sei o que é ser branca, ser pessoa sem deficiência e ter intactas as faculdades mentais. O único fator social privilegiado que não conheço é o de ser homem. Só me cabe imaginar. Imaginar o que é ter segurança ao sair de casa sem camisa, de short apertado sem medo da sombra, sem ficar olhando 360 graus para antecipar algum perigo à distância, não ser atacada por olhares invasivos. Como é que deve ser passar por um grupo de homens desconhecidos, juntos numa esquina, e não ter certeza que vão olhar para sua bunda? Como deve ser se juntar com amigos numa esquina à tarde e olhar ostensivamente para bundas que passam? Eu não sei como é sair de casa de dia, em um lugar tranquilo, com a plena segurança de que consegue se defender? Como deve ser nem ter essa preocupação diária. Ir para o trabalho sabendo que pode alcançar cargos de diretor, presidente, gerente, sem se preocupar com barreiras invisíveis e, por isso, intransponíveis. Como deve ser passar a juventude sem medo de engravidar? Não ter qualquer outro plano submetido à maternidade. Não ter ansiedade sobre a dor do parto, algo equivalente à sensação de 20 ossos quebrados todos de uma só vez? Não correr o risco de ter a vida e o corpo implacavelmente alterados por, no mínimo, um ano, independentemente de sua vontade. Algo que pode acontecer apenas porque a natureza quer e deve-se estar alerta aos seus desígnios, sem arbítrio sobre o corpo, a não ser que cometa um crime. Eu não quero dar a entender que a maternidade é ruim, eu adoro ser mãe e há mulheres tristes por não poderem ser. É que eu fico curiosa para saber o que é nem ter esse tipo de preocupação na vida, mensalmente. E esperar feliz a menstruação, algumas vezes acompanhada de dores equivalentes a um infarto. No caso, a hemorragia é externa e junta-se a ela a aflição com calças brancas, estoque de absorventes, datas de viagens à praia e atenção redobrada para não matar algum ser vivo. Fora agir de maneira a ninguém notar que isso tudo está acontecendo. O desejo não acaba com a idade, assim como a curiosidade. Será que a um homem acontece de, em quase toda interação com uma mulher desconhecida, avaliar se está ou não propondo intimidade por atos, palavras ou sinais? Vou dar um exemplo: será que um homem vai fazer as unhas e fica preocupado se a calça está apertada e a podóloga vai se sentir convidada a apalpar seu pênis? Será que um grupo de homens em viagem de carro, que precisem parar à noite em um posto de gasolina suspeito, depois de segurar por quilômetros o xixi, ficam com medo do frentista agarrá-los à força? É esse tipo de coisa que eu queria muito saber. Você pode dizer que, a essa altura da minha vida, eu já sei boa parte do que pergunto. Sim, mulheres da minha idade são objetos de pouca atenção, e a mesma natureza esfrega na nossa cara a indiferença. E é por esse motivo que nem posso saborear o entendimento, já que lido com toda a transformação de uma segunda adolescência. Ao contrário. O turbilhão hormonal acontece de novo, com alterações involuntárias desgastantes, no sentido exato da palavra. Ossos, articulações, cabelos, pele desgastados. Como deve ser a andropausa? Será que ela obriga o homem a se equilibrar entre a tristeza no olhar que vê no espelho e a desonrosa saudade do olhar de desejo dos outros? Não quero diminuir a tensão que envolve o papel dos homens na dança do acasalamento humano; mas será que esse jogo acaba para o homem do mesmo jeito que para a mulher? Porque para nós, antes do fim, o capitão do time te coloca no banco do nada. E você passa de artilheira para gandula, depois de cansar de ficar esperando alguém lhe dar bola. É muito melhor quando são eles que não dão mais conta de jogar e param, não antes de realizar uma última partida festiva com amigos convidados e mulheres na arquibancada, que ainda vão dizer que estão todos bem de cabelo branco. Toda esta minha curiosidade sem fim (diferente deste texto) fica, obviamente, dentro de uma limitação cisgênero e geracional. Pode ser que as jovens de agora não tenham nenhuma dessas perguntas, mas duvido que não tenham outras. E imagino que a mulher atual, com todas as suas manifestações e bandeiras, tenha ainda assim aguçada uma característica que, independentemente de ser um substantivo feminino, une os gêneros. Se existe algo realmente igualitário é a curiosidade.
Por Contato Maturi 15 mar., 2024
No mês em que celebramos a força, a resiliência e as conquistas das mulheres em todo o mundo, é crucial lembrarmos que a jornada da mulher não tem um ponto final aos 40, 50, 60 anos ou mais. Pelo contrário, é uma jornada contínua de crescimento, aprendizado e contribuição, independentemente da idade. Na Maturi, reconhecemos a importância de valorizar e empoderar as mulheres maduras, que trazem consigo uma riqueza de experiência, sabedoria e habilidades únicas. Neste mês da mulher, queremos destacar o papel vital que as mulheres maduras desempenham no mercado de trabalho e a sua potência ainda pouco explorada nos diferentes ecossistemas profissionais. No entanto, quando se fala em Dia Internacional da Mulher, além dos eventos comemorativos ao longo do mês (#8M) pouco se discute sobre a intergeracionalidade das mulheres como um diferencial. Sabe por que? Um dos grandes motivos é a falta de repertório. A Maturi vem tropicalizando nos últimos anos ( saiba mais ) uma data relevante do mês de abril: o Dia Europeu de Solidariedade entre Gerações. É um mês pouco explorado no Calendário da Diversidade de forma geral e que tem total conexão com as estratégias de educar e letrar as pessoas sobre o tema. Qual é a contribuição dos diferentes grupos identitários e de diferentes faixas etárias no ambiente profissional? A diversidade geracional traz uma variedade de perspectivas, ideias e abordagens que enriquecem qualquer equipe ou empresa. Em um mundo em constante mudança, onde a tecnologia e as práticas de trabalho evoluem rapidamente, a colaboração entre as gerações é fator crítico de sucesso. As mulheres maduras têm um papel fundamental a desempenhar nesse processo de colaboração, oferecendo não apenas sua experiência profissional, mas também sua capacidade de adaptação e resiliência. No entanto, ainda há desafios a serem superados. Muitas vezes, as mulheres maduras enfrentam maior discriminação no mercado de trabalho do que homens 50+. Um exemplo disso é que, segundo o estudo sobre Etarismo que a Maturi e EY lançaram em 2023, 32% das mulheres que responderam ao levantamento estavam desempregadas há mais de 1 ano enquanto os homens representavam 20%. Já parou para pensar que a interseccionalidade se torna mais cruel para os grupos subrepresentados? Ao comemorar o mês da mulher, te convidamos a refletir sobre o papel crucial das mulheres maduras em suas equipes e a considerarem como podem promover uma cultura de inclusão e colaboração intergeracional. Não se esqueça que essa celebração não pode ocorrer 1x por ano, ou seja, somente no calendário que o mercado reconheça. Recomendamos, fortemente, que inclua o mês de Abril em seu planejamento como um possível mês que represente o pilar de gerações. #valorizeaidade #mulheresmaduras #mulheres50+ #8M #longevidade #maturidade #mesdasmulheres #diversidadeetaria #intergeracionalidade #combateaoetarismo
27 fev., 2024
Entre escolhas e redescobertas, a jornada de transformação da vida pela escrita aos 55
Share by: