Maturi: 5 anos de impacto social

Regiane Bochichi • out. 20, 2020

Reconhecida por suas ações em prol do público 50+, a Maturi busca levar oportunidades, conhecimento e capacitação com foco em trabalho e empreendedorismo.


Em cinco anos de existência, a Maturi se consolidou como a principal referência quando se fala no público 50+.  São mais de 150 mil pessoas atendidas1100 empresas envolvidas em processos de seleção, 20 mil alunos participantes de cursos e eventos e já 8 mil inscritos na, recém-lançada, Maturi Academy.


Números para comemorar!


E ainda há muito a conquistar, frente aos mais de 50 milhões de pessoas nesta faixa etária que temos hoje, em todo o Brasil.


E o ano de 2020 tem sido decisivo para expandir a presença da Maturi e sua forma de atuação. A pandemia acelerou tendências e solidificou mudanças que vinham acontecendo lentamente.


Muitos dos novos costumes e, principalmente, maneiras de trabalhar, se transformaram em um caminho sem volta. Internamente, a empresa já funcionava em formato remoto, mas para os clientes, a crise sanitária forçou a criação de soluções digitais em uma velocidade maior que a programada.



Para marcar os cinco anos de existência, até uma logomarca foi criada com slogan que resume a trajetória da Maturi: 


número cinco escrito

O mergulho no meio virtual foi profundo. Foram feitas mais de 50 lives e 10 encontros on-line até chegar em julho, quando ocorreu a segunda edição do MaturiFest e lançamento da MaturiAcademy. Com isso, se fechou a tríade educação, emprego e empreendedorismo no guarda-chuva da mudança de marca e nome que ocorreu no início do ano.


Estes são os primeiros frutos dos aportes financeiros recebidos, em 2019, do fundo de impacto social Kaleydos e do Facebook, em 2020, através de um programa de aceleração global de comunidades, levando à empresa para um outro patamar.


“Acredito que somado a isso a conexão entre os maturis, conseguimos ajudar as pessoas, capacitando para que possam encontrar oportunidades em organizações ou por conta própria, gerando renda e ocupação, melhorando a autoestima e a qualidade de vida”, afirma o CEO, Mórris Litvak.


“Mas há muito por fazer para atingir esse objetivo de maneira escalada. Queremos muito mais e por isso, o investimento em tecnologia é fundamental. Com uma grande comunidade satisfeita, o céu é o limite. Após nos consolidarmos no Brasil, queremos ir para fora.”


Um dos passos mais importante para a expansão é continuar a ouvir a comunidade e buscar entender profundamente o que precisam e oferecer soluções para seus principais problemas e anseios a médio e a longo prazo.


“O que acontece é que agora, mais do que nunca, quem não acompanha as mudanças, se adapta e se atualiza, ficará definitivamente para trás e terá muita dificuldade de acompanhar o que vem por aí, especialmente sob a ótica dos maturis, que já são estigmatizados por parte da nossa sociedade que ainda vê os mais velhos como ultrapassados, e também, é verdade, que ainda há os que querem continuar a fazer tudo como faziam há 20 anos”, comenta o fundador.


Para mais desta inércia, existe um objetivo maior que é o combate ao preconceito etário. Apesar do tema estar muito em voga na questão de gênero e raça, o etarismo ainda engatinha.


Já se pode observar avanços nos últimos anos principalmente, em função do envelhecimento populacional, porém, ainda, não é uma bandeira que de fato as pessoas, organizações e nem o poder público levantam.

Por isso, a Maturi tem trabalhado junto a empresas, sociedade e políticos para que se coloque em prática toda a teoria que está no Estatuto do Idoso, diminuindo a máxima que ficar velho é ruim.


Litvak sempre lembra a história de sua avó materna, Keila, que lhe serviu de inspiração pois teve sua saúde física e mental abalada depois de parar de trabalhar por causa de uma queda, quando tinha 80 anos de idade.


Começou a se interessar pelo tema da longevidade e como tinha já a veia empreendedora, tendo aberto seu primeiro negócio dentro de casa com o pai, foi um caminho natural. “Não fazia sentido para mim trabalhar para os outros, se eu podia ter o meu próprio negócio e não só ganhar dinheiro, mas, também, para gerar um impacto da forma com que eu acredito”, relembra.


Fazendo um balanço, admite que um dos erros cometidos foi ter começado sozinho, achando que como tinha encontrado um “oceano azul” – expressão usada no mundo dos negócios para um mercado pouco explorado – seria mais fácil e o crescimento mais acelerado o que o fez não se planejar muito e menosprezar a tecnologia como uma ferramenta vital para o modelo de negócio.


Graças a este tipo de balanço, os acertos foram maiores e se tem muito a celebrar.


Em 2017, a Maturi foi reconhecida com o selo INCLUIR do PNUD e do SEBRAE, atestando o alinhamento com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU e no ano seguinte, recebeu o selo Municipal de direitos humanos e diversidade da cidade de São Paulo e o Prêmio Sabiá-Laranjeira.


foto de evento

Para Litvak, “todos os reconhecimentos são importantes, mas o que eu mais gosto é ouvir quando alguém fala que ao participar da nossa comunidade ou de nossas ações, se reinventou, conseguiu uma nova oportunidade e está mais feliz e confiante. Esse tipo de depoimento é o nosso maior prêmio.” E, é por ele que a empresa vai continuar inovando e criando.


Confira o vídeo dos 5 anos de impacto social da Maturi:

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Por Contato Maturi 12 abr., 2024
Alguns anos atrás, começamos a provocar o mercado com a seguinte pergunta: “Por que não tropicalizar a comemoração do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril)?” Agora, chegou o momento da ação: convocar as empresas que pautam suas ações de ESG no calendário da Diversidade, direcionado pelas datas comemorativas, a instituir um período para ter como “o mês de Gerações”. As datas comemorativas são celebradas porque carregam um contexto histórico e cultural significativo. Com a consolidação dos dias e meses através do calendário, tornou-se natural celebrar o passar do tempo. No entanto, mais importante do que apenas marcar essas datas, é refletir sobre o seu significado profundo… Realizar ações apenas em datas específicas do calendário de diversidade não torna uma empresa verdadeiramente diversa, equitativa e inclusiva. Contudo, integrar ações nessas datas também garante uma comunicação coesa de que a empresa está comprometida com a promoção de uma cultura inclusiva para todas as pessoas. A dica é de ouro: você tem duas oportunidades excelentes para isso! - Abril : Por conta do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril), que pode servir como uma excelente oportunidade para iniciar discussões e projetos focados na integração intergeracional. - Outubro : Este mês é marcado por duas datas significativas que tratam da intergeracionalidade: o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1º de outubro) e o Dia das Crianças (12 de outubro), além do Dia da Menopausa (18 de outubro). Inserção: Reflexão sobre Dados e Estatísticas Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a população mundial de pessoas com 60 anos ou mais está projetada para dobrar de 12% para 22% entre 2015 e 2050. Isso destaca a necessidade urgente de políticas e práticas que não apenas acomodem, mas também integrem esses indivíduos na força de trabalho. Quando falamos de 50+, no Brasil, segundo o IBGE, já são mais de 56 milhões de pessoas (censo 2022), ou seja, 27% da população atual do país. Em 2040, a FGV estima que metade da força de trabalho do Brasil já seja 50+. Queremos ajudar e encorajar as organizações a refletirem sobre suas políticas e práticas de recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos, garantindo que estejam abertas a todas as idades e que valorizem a diversidade geracional. É possível criar um futuro onde a colaboração entre gerações não seja apenas uma ideia, mas sim uma realidade nos diferentes ambientes de trabalho. Portanto, vamos celebrar o Mês da Integração Intergeracional como um catalisador para a promoção dessa importante causa.
Por Contato Maturi 20 mar., 2024
Ser mulher, para mim, é ter muita curiosidade sobre o que é ser homem. Eu sei o que é ter privilégios em um país tão desigual, sei o que é ser branca, ser pessoa sem deficiência e ter intactas as faculdades mentais. O único fator social privilegiado que não conheço é o de ser homem. Só me cabe imaginar. Imaginar o que é ter segurança ao sair de casa sem camisa, de short apertado sem medo da sombra, sem ficar olhando 360 graus para antecipar algum perigo à distância, não ser atacada por olhares invasivos. Como é que deve ser passar por um grupo de homens desconhecidos, juntos numa esquina, e não ter certeza que vão olhar para sua bunda? Como deve ser se juntar com amigos numa esquina à tarde e olhar ostensivamente para bundas que passam? Eu não sei como é sair de casa de dia, em um lugar tranquilo, com a plena segurança de que consegue se defender? Como deve ser nem ter essa preocupação diária. Ir para o trabalho sabendo que pode alcançar cargos de diretor, presidente, gerente, sem se preocupar com barreiras invisíveis e, por isso, intransponíveis. Como deve ser passar a juventude sem medo de engravidar? Não ter qualquer outro plano submetido à maternidade. Não ter ansiedade sobre a dor do parto, algo equivalente à sensação de 20 ossos quebrados todos de uma só vez? Não correr o risco de ter a vida e o corpo implacavelmente alterados por, no mínimo, um ano, independentemente de sua vontade. Algo que pode acontecer apenas porque a natureza quer e deve-se estar alerta aos seus desígnios, sem arbítrio sobre o corpo, a não ser que cometa um crime. Eu não quero dar a entender que a maternidade é ruim, eu adoro ser mãe e há mulheres tristes por não poderem ser. É que eu fico curiosa para saber o que é nem ter esse tipo de preocupação na vida, mensalmente. E esperar feliz a menstruação, algumas vezes acompanhada de dores equivalentes a um infarto. No caso, a hemorragia é externa e junta-se a ela a aflição com calças brancas, estoque de absorventes, datas de viagens à praia e atenção redobrada para não matar algum ser vivo. Fora agir de maneira a ninguém notar que isso tudo está acontecendo. O desejo não acaba com a idade, assim como a curiosidade. Será que a um homem acontece de, em quase toda interação com uma mulher desconhecida, avaliar se está ou não propondo intimidade por atos, palavras ou sinais? Vou dar um exemplo: será que um homem vai fazer as unhas e fica preocupado se a calça está apertada e a podóloga vai se sentir convidada a apalpar seu pênis? Será que um grupo de homens em viagem de carro, que precisem parar à noite em um posto de gasolina suspeito, depois de segurar por quilômetros o xixi, ficam com medo do frentista agarrá-los à força? É esse tipo de coisa que eu queria muito saber. Você pode dizer que, a essa altura da minha vida, eu já sei boa parte do que pergunto. Sim, mulheres da minha idade são objetos de pouca atenção, e a mesma natureza esfrega na nossa cara a indiferença. E é por esse motivo que nem posso saborear o entendimento, já que lido com toda a transformação de uma segunda adolescência. Ao contrário. O turbilhão hormonal acontece de novo, com alterações involuntárias desgastantes, no sentido exato da palavra. Ossos, articulações, cabelos, pele desgastados. Como deve ser a andropausa? Será que ela obriga o homem a se equilibrar entre a tristeza no olhar que vê no espelho e a desonrosa saudade do olhar de desejo dos outros? Não quero diminuir a tensão que envolve o papel dos homens na dança do acasalamento humano; mas será que esse jogo acaba para o homem do mesmo jeito que para a mulher? Porque para nós, antes do fim, o capitão do time te coloca no banco do nada. E você passa de artilheira para gandula, depois de cansar de ficar esperando alguém lhe dar bola. É muito melhor quando são eles que não dão mais conta de jogar e param, não antes de realizar uma última partida festiva com amigos convidados e mulheres na arquibancada, que ainda vão dizer que estão todos bem de cabelo branco. Toda esta minha curiosidade sem fim (diferente deste texto) fica, obviamente, dentro de uma limitação cisgênero e geracional. Pode ser que as jovens de agora não tenham nenhuma dessas perguntas, mas duvido que não tenham outras. E imagino que a mulher atual, com todas as suas manifestações e bandeiras, tenha ainda assim aguçada uma característica que, independentemente de ser um substantivo feminino, une os gêneros. Se existe algo realmente igualitário é a curiosidade.
Por Contato Maturi 15 mar., 2024
No mês em que celebramos a força, a resiliência e as conquistas das mulheres em todo o mundo, é crucial lembrarmos que a jornada da mulher não tem um ponto final aos 40, 50, 60 anos ou mais. Pelo contrário, é uma jornada contínua de crescimento, aprendizado e contribuição, independentemente da idade. Na Maturi, reconhecemos a importância de valorizar e empoderar as mulheres maduras, que trazem consigo uma riqueza de experiência, sabedoria e habilidades únicas. Neste mês da mulher, queremos destacar o papel vital que as mulheres maduras desempenham no mercado de trabalho e a sua potência ainda pouco explorada nos diferentes ecossistemas profissionais. No entanto, quando se fala em Dia Internacional da Mulher, além dos eventos comemorativos ao longo do mês (#8M) pouco se discute sobre a intergeracionalidade das mulheres como um diferencial. Sabe por que? Um dos grandes motivos é a falta de repertório. A Maturi vem tropicalizando nos últimos anos ( saiba mais ) uma data relevante do mês de abril: o Dia Europeu de Solidariedade entre Gerações. É um mês pouco explorado no Calendário da Diversidade de forma geral e que tem total conexão com as estratégias de educar e letrar as pessoas sobre o tema. Qual é a contribuição dos diferentes grupos identitários e de diferentes faixas etárias no ambiente profissional? A diversidade geracional traz uma variedade de perspectivas, ideias e abordagens que enriquecem qualquer equipe ou empresa. Em um mundo em constante mudança, onde a tecnologia e as práticas de trabalho evoluem rapidamente, a colaboração entre as gerações é fator crítico de sucesso. As mulheres maduras têm um papel fundamental a desempenhar nesse processo de colaboração, oferecendo não apenas sua experiência profissional, mas também sua capacidade de adaptação e resiliência. No entanto, ainda há desafios a serem superados. Muitas vezes, as mulheres maduras enfrentam maior discriminação no mercado de trabalho do que homens 50+. Um exemplo disso é que, segundo o estudo sobre Etarismo que a Maturi e EY lançaram em 2023, 32% das mulheres que responderam ao levantamento estavam desempregadas há mais de 1 ano enquanto os homens representavam 20%. Já parou para pensar que a interseccionalidade se torna mais cruel para os grupos subrepresentados? Ao comemorar o mês da mulher, te convidamos a refletir sobre o papel crucial das mulheres maduras em suas equipes e a considerarem como podem promover uma cultura de inclusão e colaboração intergeracional. Não se esqueça que essa celebração não pode ocorrer 1x por ano, ou seja, somente no calendário que o mercado reconheça. Recomendamos, fortemente, que inclua o mês de Abril em seu planejamento como um possível mês que represente o pilar de gerações. #valorizeaidade #mulheresmaduras #mulheres50+ #8M #longevidade #maturidade #mesdasmulheres #diversidadeetaria #intergeracionalidade #combateaoetarismo
Share by: