O livro da Inspiração: uma história de sucesso do Momento Pitch MaturiDay

Jurandir Siqueira • nov. 03, 2021

Foi durante o Momento Pitch do MaturiDay realizado no mês de Junho sobre Economia Criativa, que a Silvia Angerami, jornalista empreendedora e editora da Reality Books, teve a ideia de convidar os participantes do evento para projeto desafiador: lançar um livro no formato de coletânea com pessoas 50+ interessadas em contar suas histórias, experiências ou exemplos de vida. Ali nasceu o Livro da Inspiração, que será lançado no dia 22 de novembro. 


Nos 3 minutos de apresentação do pitch que anunciou o espaço colaborativo, já surgiram interessados em participar pelo chat ao vivo.


A maioria dos autores, conta a editora de 63 anos, estava conectada no MaturiDay e isso prova que o Momento Pitch (que acontece em todas as edições do evento) alcançou seu objetivo de aproximar empreendedores maturis com ações inovadoras. 


Como é o Livro da Inspiração


A coletânea é um recorte literário focado nos 50+, reúne 30 textos de escritores amadores e profissionais. “Todos que quiseram entrar, participaram do projeto. Houve apenas uma edição para concordância e correções de português. Foi muito empolgante. Cada maturi falou sobre sua história de inspiração. Muitos acharam que foi difícil escrever, mas depois amaram o livro pronto”, afirma a idealizadora. 


No livro, os autores basicamente responderam às seguintes perguntas:


  • Qual a inspiração da sua vida?
  • Onde você se apega para fazer a sua vida seguir em frente?
  • O que você está fazendo pelo futuro? (Os 50+ tem futuro, sim)
  • Onde você vai buscar essa inspiração?


Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi também participa do livro e logo na introdução, deixa suas impressões sobre a coletânea:  “as histórias são realmente inspiradoras e foi um prazer e grande honra receber o convite para ser o prefaciador deste livro, que conta com mais de 30 maturis falando sobre suas vidas e demonstrando que não só podem inspirar os mais jovens e outros maturis, como ainda têm muitos sonhos pela frente”.


Segundo Sílvia, quem ler O Livro da Inspiração vai perceber que são todos depoimentos muito legais, o pessoal foi generoso de se abrir, de contar situações muito particulares. “Pedi para as pessoas se desnudarem no texto. Quanto mais particular for a história, mais universal ela se torna como uma obra de arte.


Não estamos falando de literatura rebuscada e nem de teses de doutorado, mas sim de textos que para cada autor tem um significado e com exemplos de vida inspiradores, daí o nome do livro”. 


Os títulos dos textos incluídos na obra deixam uma vontade enorme de ler o que cada autor escreveu. Destaquei por minha conta alguns deles: “O que se leva dessa vida é a vida que se leva” (Amélia Lopes); “As borboletas amarelas” (Angela Valdomira dos Santos); “Sou carvalho, que privilégio” (Rosangela Carvalho Marcondes, a It Avó @it_avo); “A menina que vivia atrás dos porquês” (Rita de Cássia Rosa); “A grandeza do ser humano” (Geraldo Rosa da Trindade), entre outros. 


Silvia Angerami sorri segurando o

“Ninguém constrói nada sozinho”


A frase acima é da arquiteta Cláudia Mendonça que publicou no seu perfil do Instagram um post falando da participação no Livro da Inspiração com a crônica “Obrigada por não me atender”. A autora 50+ defende que legado é o que você realiza nesta vida e o que fica após dela. ⁣


“Dizem que pra deixar um legado a pessoa precisa fazer três coisas na vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro! ⁣A árvore representa o seu florescimento e o que você semeia, rega e cuida até amadurecer e colher. O filho representa onde você perpetua o seu DNA, a sua marca. O seu legado de caráter, honestidade e respeito. O livro representa sua sabedoria, seu conhecimento e seus pensamentos! ⁣


“De forma metafórica ou não, esses três legados me fazem refletir sempre sobre quem eu sou, o que eu posso compartilhar com os outros e o que eu quero deixar para os outros! ⁣


Participar de O Livro da Inspiração com mais 30 autores queridos, me ajudou a escrever mais uma página do meu legado e provar mais uma vez o que eu tanto falo: Ninguém Constrói Nada Sozinho. Tenho uma gratidão enorme à Sílvia e a Maturi”. (Depoimento retirado do Instagram @claudiamendonca.arquiteta).

Claudia Mendonça, uma das autoras do livro,  segura o livro e posa para foto

O projeto da Reality Books


Para colocar o projeto em prática, a editora criou uma cota onde o autor interessado precisou investir na criação da obra com o valor de R$400 e envolveu custos de design, editoração e impressão. Em troca, cada um recebeu 10 exemplares do livro para vender e incentivar o empreendedorismo na maturidade. 


Para além de atender aos anseios e desejos de participar de um livro, a intenção foi criar uma nova oportunidade para os 50+ que se engajaram na proposta e agora podem se afirmar também como escritores de sucesso, quem sabe investindo em um negócio. O que conecta no objetivo principal do Momento Pitch do MaturiDay.


“Os maturis não podem ficar de braços cruzados esperando uma recolocação profissional e é possível inovar com ideias simples, mas que podem virar uma fonte de renda. Em nossas reuniões de construção da obra, eu sempre insisti para que os autores vendam o livro e não somente distribuam de presente. É preciso criar essa semente do empreendedorismo usando um trabalho tão fascinante como esse”, finaliza Silvia.


Todos receberam os arquivos em PDF e têm os direitos autorais para transformar em eBooks nos formatos para leitura em dispositivos móveis e colocar para vender em lojas online como a Amazon, por exemplo, mais uma forma de lucrar com a obra. 

Silvia Angerami e Ana Monteiro, autora do livro, posam para foto com o livro. Ana está vestida com capacete e roupas de ciclista.

Onde conseguir O Livro da Inspiração


Para marcar o sucesso do projeto e lançar para o mercado, a Reality Books promove uma noite de autógrafos no dia 22 de Novembro em São Paulo. 


O lançamento será presencial e online também, porque alguns autores moram fora do país. Nesse evento, “O livro da Inspiração” vai estar à venda por R$52.


Local: Espaço Odisséia – Alameda Ministro Rocha Azevedo, 463, Jardins – São Paulo. Horário: 19h. 

Você também poderá gostar de ler: 4 dicas para manter a saúde mental

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Por Contato Maturi 12 abr., 2024
Alguns anos atrás, começamos a provocar o mercado com a seguinte pergunta: “Por que não tropicalizar a comemoração do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril)?” Agora, chegou o momento da ação: convocar as empresas que pautam suas ações de ESG no calendário da Diversidade, direcionado pelas datas comemorativas, a instituir um período para ter como “o mês de Gerações”. As datas comemorativas são celebradas porque carregam um contexto histórico e cultural significativo. Com a consolidação dos dias e meses através do calendário, tornou-se natural celebrar o passar do tempo. No entanto, mais importante do que apenas marcar essas datas, é refletir sobre o seu significado profundo… Realizar ações apenas em datas específicas do calendário de diversidade não torna uma empresa verdadeiramente diversa, equitativa e inclusiva. Contudo, integrar ações nessas datas também garante uma comunicação coesa de que a empresa está comprometida com a promoção de uma cultura inclusiva para todas as pessoas. A dica é de ouro: você tem duas oportunidades excelentes para isso! - Abril : Por conta do Dia Europeu da Solidariedade e Cooperação entre Gerações (29 de abril), que pode servir como uma excelente oportunidade para iniciar discussões e projetos focados na integração intergeracional. - Outubro : Este mês é marcado por duas datas significativas que tratam da intergeracionalidade: o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1º de outubro) e o Dia das Crianças (12 de outubro), além do Dia da Menopausa (18 de outubro). Inserção: Reflexão sobre Dados e Estatísticas Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a população mundial de pessoas com 60 anos ou mais está projetada para dobrar de 12% para 22% entre 2015 e 2050. Isso destaca a necessidade urgente de políticas e práticas que não apenas acomodem, mas também integrem esses indivíduos na força de trabalho. Quando falamos de 50+, no Brasil, segundo o IBGE, já são mais de 56 milhões de pessoas (censo 2022), ou seja, 27% da população atual do país. Em 2040, a FGV estima que metade da força de trabalho do Brasil já seja 50+. Queremos ajudar e encorajar as organizações a refletirem sobre suas políticas e práticas de recrutamento, desenvolvimento e retenção de talentos, garantindo que estejam abertas a todas as idades e que valorizem a diversidade geracional. É possível criar um futuro onde a colaboração entre gerações não seja apenas uma ideia, mas sim uma realidade nos diferentes ambientes de trabalho. Portanto, vamos celebrar o Mês da Integração Intergeracional como um catalisador para a promoção dessa importante causa.
Por Contato Maturi 20 mar., 2024
Ser mulher, para mim, é ter muita curiosidade sobre o que é ser homem. Eu sei o que é ter privilégios em um país tão desigual, sei o que é ser branca, ser pessoa sem deficiência e ter intactas as faculdades mentais. O único fator social privilegiado que não conheço é o de ser homem. Só me cabe imaginar. Imaginar o que é ter segurança ao sair de casa sem camisa, de short apertado sem medo da sombra, sem ficar olhando 360 graus para antecipar algum perigo à distância, não ser atacada por olhares invasivos. Como é que deve ser passar por um grupo de homens desconhecidos, juntos numa esquina, e não ter certeza que vão olhar para sua bunda? Como deve ser se juntar com amigos numa esquina à tarde e olhar ostensivamente para bundas que passam? Eu não sei como é sair de casa de dia, em um lugar tranquilo, com a plena segurança de que consegue se defender? Como deve ser nem ter essa preocupação diária. Ir para o trabalho sabendo que pode alcançar cargos de diretor, presidente, gerente, sem se preocupar com barreiras invisíveis e, por isso, intransponíveis. Como deve ser passar a juventude sem medo de engravidar? Não ter qualquer outro plano submetido à maternidade. Não ter ansiedade sobre a dor do parto, algo equivalente à sensação de 20 ossos quebrados todos de uma só vez? Não correr o risco de ter a vida e o corpo implacavelmente alterados por, no mínimo, um ano, independentemente de sua vontade. Algo que pode acontecer apenas porque a natureza quer e deve-se estar alerta aos seus desígnios, sem arbítrio sobre o corpo, a não ser que cometa um crime. Eu não quero dar a entender que a maternidade é ruim, eu adoro ser mãe e há mulheres tristes por não poderem ser. É que eu fico curiosa para saber o que é nem ter esse tipo de preocupação na vida, mensalmente. E esperar feliz a menstruação, algumas vezes acompanhada de dores equivalentes a um infarto. No caso, a hemorragia é externa e junta-se a ela a aflição com calças brancas, estoque de absorventes, datas de viagens à praia e atenção redobrada para não matar algum ser vivo. Fora agir de maneira a ninguém notar que isso tudo está acontecendo. O desejo não acaba com a idade, assim como a curiosidade. Será que a um homem acontece de, em quase toda interação com uma mulher desconhecida, avaliar se está ou não propondo intimidade por atos, palavras ou sinais? Vou dar um exemplo: será que um homem vai fazer as unhas e fica preocupado se a calça está apertada e a podóloga vai se sentir convidada a apalpar seu pênis? Será que um grupo de homens em viagem de carro, que precisem parar à noite em um posto de gasolina suspeito, depois de segurar por quilômetros o xixi, ficam com medo do frentista agarrá-los à força? É esse tipo de coisa que eu queria muito saber. Você pode dizer que, a essa altura da minha vida, eu já sei boa parte do que pergunto. Sim, mulheres da minha idade são objetos de pouca atenção, e a mesma natureza esfrega na nossa cara a indiferença. E é por esse motivo que nem posso saborear o entendimento, já que lido com toda a transformação de uma segunda adolescência. Ao contrário. O turbilhão hormonal acontece de novo, com alterações involuntárias desgastantes, no sentido exato da palavra. Ossos, articulações, cabelos, pele desgastados. Como deve ser a andropausa? Será que ela obriga o homem a se equilibrar entre a tristeza no olhar que vê no espelho e a desonrosa saudade do olhar de desejo dos outros? Não quero diminuir a tensão que envolve o papel dos homens na dança do acasalamento humano; mas será que esse jogo acaba para o homem do mesmo jeito que para a mulher? Porque para nós, antes do fim, o capitão do time te coloca no banco do nada. E você passa de artilheira para gandula, depois de cansar de ficar esperando alguém lhe dar bola. É muito melhor quando são eles que não dão mais conta de jogar e param, não antes de realizar uma última partida festiva com amigos convidados e mulheres na arquibancada, que ainda vão dizer que estão todos bem de cabelo branco. Toda esta minha curiosidade sem fim (diferente deste texto) fica, obviamente, dentro de uma limitação cisgênero e geracional. Pode ser que as jovens de agora não tenham nenhuma dessas perguntas, mas duvido que não tenham outras. E imagino que a mulher atual, com todas as suas manifestações e bandeiras, tenha ainda assim aguçada uma característica que, independentemente de ser um substantivo feminino, une os gêneros. Se existe algo realmente igualitário é a curiosidade.
Por Contato Maturi 15 mar., 2024
No mês em que celebramos a força, a resiliência e as conquistas das mulheres em todo o mundo, é crucial lembrarmos que a jornada da mulher não tem um ponto final aos 40, 50, 60 anos ou mais. Pelo contrário, é uma jornada contínua de crescimento, aprendizado e contribuição, independentemente da idade. Na Maturi, reconhecemos a importância de valorizar e empoderar as mulheres maduras, que trazem consigo uma riqueza de experiência, sabedoria e habilidades únicas. Neste mês da mulher, queremos destacar o papel vital que as mulheres maduras desempenham no mercado de trabalho e a sua potência ainda pouco explorada nos diferentes ecossistemas profissionais. No entanto, quando se fala em Dia Internacional da Mulher, além dos eventos comemorativos ao longo do mês (#8M) pouco se discute sobre a intergeracionalidade das mulheres como um diferencial. Sabe por que? Um dos grandes motivos é a falta de repertório. A Maturi vem tropicalizando nos últimos anos ( saiba mais ) uma data relevante do mês de abril: o Dia Europeu de Solidariedade entre Gerações. É um mês pouco explorado no Calendário da Diversidade de forma geral e que tem total conexão com as estratégias de educar e letrar as pessoas sobre o tema. Qual é a contribuição dos diferentes grupos identitários e de diferentes faixas etárias no ambiente profissional? A diversidade geracional traz uma variedade de perspectivas, ideias e abordagens que enriquecem qualquer equipe ou empresa. Em um mundo em constante mudança, onde a tecnologia e as práticas de trabalho evoluem rapidamente, a colaboração entre as gerações é fator crítico de sucesso. As mulheres maduras têm um papel fundamental a desempenhar nesse processo de colaboração, oferecendo não apenas sua experiência profissional, mas também sua capacidade de adaptação e resiliência. No entanto, ainda há desafios a serem superados. Muitas vezes, as mulheres maduras enfrentam maior discriminação no mercado de trabalho do que homens 50+. Um exemplo disso é que, segundo o estudo sobre Etarismo que a Maturi e EY lançaram em 2023, 32% das mulheres que responderam ao levantamento estavam desempregadas há mais de 1 ano enquanto os homens representavam 20%. Já parou para pensar que a interseccionalidade se torna mais cruel para os grupos subrepresentados? Ao comemorar o mês da mulher, te convidamos a refletir sobre o papel crucial das mulheres maduras em suas equipes e a considerarem como podem promover uma cultura de inclusão e colaboração intergeracional. Não se esqueça que essa celebração não pode ocorrer 1x por ano, ou seja, somente no calendário que o mercado reconheça. Recomendamos, fortemente, que inclua o mês de Abril em seu planejamento como um possível mês que represente o pilar de gerações. #valorizeaidade #mulheresmaduras #mulheres50+ #8M #longevidade #maturidade #mesdasmulheres #diversidadeetaria #intergeracionalidade #combateaoetarismo
Share by: