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A reforma trabalhista acabou de ser aprovada na Câmara. Segue agora para o Senado onde corre o risco de ser alterada. Para melhor, do ponto de vista dos que querem a manutenção dos direitos trabalhistas. Para pior, na opinião dos que acreditam na necessidade de adequar as leis à realidade, e não o contrário.
Sacrificar o presente para garantir um futuro ‘possivelmente’ melhor ou manter tudo como está, sem se importar com as consequências? Resumindo, na prática, é isso o que está em jogo tanto na reforma trabalhista quanto na reforma da previdência. Elaborar a questão desta forma nos permite entender um pouco melhor o porquê do impasse. Não que esse tipo de embate seja algo sem precedentes. Mas no Brasil ele é diferente.
Desde que me entendo por gente escuto que o Brasil é o país do futuro. Para mim, hoje aos 50 anos, o futuro já chegou. E o que vejo? Um país muito pior do que poderia ter imaginado. Não me refiro a aspectos econômicos ou sociais. Falo principalmente da falência moral dos nossos líderes. E sem liderança, sacrificar o presente fica ainda mais difícil. Em nome de que? De um futuro ‘possivelmente’ cada vez mais incerto?
Liderar implica ser capaz de inspirar e mobilizar para a ação. Como podemos nos sentir inspirados, tendo em vista o que hoje sabemos sobre nossos líderes? Como voltar a acreditar nos nossos representantes no Congresso, se a cada dia somos surpreendidos com notícias de tentativas de conchavo para se esquivarem da lei? É com perplexidade e tristeza que assistimos a isso tudo.
Ainda assim é preciso avançar e continuar acreditando. Acreditando que vamos conseguir eleger pessoas mais dignas nas próximas eleições. Acreditando que empresários corruptos irão finalmente entender o significado da palavra ‘lei’.
Acreditando que o que fomos capazes de construir, e que vamos continuar construindo, o fizemos e faremos apesar deles. Para a história, não serão mais do que uma mancha na nossa democracia.
Nosso futuro não foi como esperávamos? O ‘país do futuro’ ainda não existe? De nada adianta chorar o leite derramado. O que podemos fazer agora para começar a construir esse país que sonhamos? Quais reformas merecem nosso apoio por serem boas para o país? Vamos apoiá-las então, não por eles, mas apesar deles!
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