Work for Tomorrow – Ações para fortalecer o trabalho 50+

Silvia Triboni • 4 de março de 2021

Work for tomorrow, um programa que você precisa conhecer! Estamos cientes que em todo o mundo os trabalhadores maturis constituem uma proporção crescente da força de trabalho, fruto do envelhecimento demográfico constatado em várias partes do mundo.


Em termos de G20 (19 maiores economias do mundo mais a União Europeia), 1 em cada 3 trabalhadores tem 50 anos ou mais, e esse número deverá aumentar para 4 em 10 até 2040. Sabemos também que o impacto desse envelhecimento demográfico afetará não apenas os trabalhadores maturis como também a maneira como se planeja o futuro do trabalho para os jovens.


Além do mais, e para intensificar a seriedade e urgência de atenção que assunto exige, a atual pandemia da COVID-19 tem acarretado graves prejuízos a países e empresas, fatos que ameaçam gravemente os empregos de modo geral.


O alerta está posto!


Felizmente, muitos debates, estudos e mentes interessadas em preparar o futuro individual e coletivo já se apresentam como interlocutores e promotores do processo de reorganização da vida corporativa, e do futuro saudável de nossa sociedade.


Evito pensar na palavra “crise”, pois em nossa cultura tem um certo peso indigesto. Melhor é lembar o significado do ideograma chinês correspondente a esta palavra que tem dois significados: Risco e Oportunidade, concorda?


Estamos diante de uma crise e de uma grande oportunidade: a de destacar o dividendo que a longevidade traz para as economias de todo o mundo.


Como vamos aproveitar esta e outras oportunidades só depende de nossa disposição para participarmos de iniciativas (como a da Maturi, por exemplo), ou criarmos alguma, que tenha por missão desenvolver um ecossistema de trabalho intergeracional digno, onde trabalhadores de todas as idades sejam produtivos e felizes.


Diretamente do Reino Unido, trago boas notícias!


Work for Tomorrow – Ações para fortalecer a força de trabalho maturi


Cientes da problemática apresentada, e das oportunidades dela decorrentes, o International Longevity Centre UK (ILC), do Reino Unido, lançou um programa internacional para identificar os desafios e inovações que estarão envolvidos na construção da futura força de trabalho etariamente inclusiva.


Este programa chamado Work for tomorrow: Innovating for an ageing workforce, vem sendo elaborado por um grande coletivo de pessoas e organizações, e culminará com uma competição internacional focada em quatro áreas principais:


  • manutenção da boa saúde do trabalhador;
  • construção de conhecimentos, habilidades e competências;
  • eliminação da discriminação e apoio à diversidade;
  • adaptação do local de trabalho.

ILC acredita que a sociedade deve se adaptar se quiser que todos desfrutem dos benefícios da longevidade.



“Queremos uma sociedade que trabalhe para todos, independentemente da idade, agora e no futuro”.


maturis tomam café e conversam com um jovem. o jovem os mostra algo no ipad.

Perguntas foram lançadas para nortear a elaboração do programa Work for Tomorrow, e elas se concentram nas seguintes questões:


  • Como maximizamos os benefícios da longevidade para indivíduos, economia e sociedade?
  • Como podemos ter certeza de que vidas mais longas são boas para todo o mundo?
  • Como podemos garantir que a política e a prática funcionem para as pessoas mais velhas de amanhã, assim como as de hoje?

Como nós, os maturis, podemos construir o nosso futuro?


Dado que o envelhecimento no futuro será muito diferente do que já se viu, por meio deste programa o ILC almeja, também, ajudar a sociedade a recuperar o atraso decorrente das mudanças demográficas e da atual pandemia.


Formuladores de políticas, empregadores e especialistas em RH de todo o mundo estão a discutir sobre tais temas, até que a grande competição internacional em inovação seja lançada ainda em 2021, segundo informações do ILC.


Eventos, publicações e outros dados sobre o andamento deste valioso programa podem ser vistos no site do ILC.


O programa Work for Tomorrow visa chegar a resultados que abordem:


  • os desafios na produtividade dos trabalhadores mais velhos;
  • a necessidade de inovações para apoiar a melhoria da produtividade dos maturis, e em decorrência da pandemia COVID-19;
  • as inovações que atendam aos desafios e ofereçam soluções em políticas para profissionais de RH, e governos.

Uma consulta pública encontra-se em andamento e está apta para receber manifestação e feedback.

Consulte o Work for tomorrow: Innovating for an ageing workforce – Consultation paper (aqui) onde são apresentados o contexto, desafios e parâmetros para a futura competição internacional que resultará em ações concretas para que superemos os desafios atuais relacionados ao trabalho e inclusão etária.


Como atuantes e interessados nesta causa, nós também podemos colaborar no seguinte sentido:


  • Compartilhando os principais desafios que já identificamos em forças de trabalho com a presença de maturis;
  • Escrevendo um blog ou elaborando um vídeo sobre estas questões;
  • Apresentando ideias ou produto / serviço existente que aborde um ou mais dos desafios associados ao envelhecimento da força de trabalho.


Inspirou-se?


Se deseja conhecer mais e se envolver no programa WORK FOR TOMORROW, envie um e-mail para LilyParsey@ilcuk.org.uk.

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Como o Grupo Boticário e a Maturi criaram um projeto para posicionar a marca como um dos maiores ali
11 de dezembro de 2025
Como o Grupo Boticário e a Maturi criaram um projeto para posicionar a marca como um dos maiores aliados das mulheres maduras do Brasil
11 de novembro de 2025
O etarismo no ambiente de trabalho pode ser sutil — e, justamente por isso, perigoso. Muitas vezes, ele está embutido em processos, linguagens e práticas que parecem neutras, mas que na prática excluem profissionais mais velhos. O prejuízo não se limita a quem é deixado de fora, mas às empresas, que perdem talento, diversidade e performance. Segundo o relatório Future of Work 2023 , da AARP (American Association of Retired Persons), 2 a cada 3 profissionais 50+ já sentiram discriminação por idade no trabalho. No Brasil, a Pesquisa Maturi (2023 - acesse aqui ) mostra que 9 em cada 10 profissionais maduros estão em busca de recolocação. “Enquanto o tema for abordado como um posicionamento de marca, dificilmente haverá uma transformação genuína na sociedade. Porém, nós entendemos que esse esforço não pode caminhar sozinho pelo setor privado, é necessário que o governo e a sociedade estejam na mesma direção”, comenta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi. Está na hora de rever práticas e criar ambientes mais inclusivos para todas as idades. A seguir, um checklist para você identificar se o etarismo ainda está presente na sua organização: Checklist: sua empresa está pronta para incluir talentos 50+? 1. Recrutamento e seleção: - Você analisa se profissionais 50+ estão chegando às suas shortlists? - As descrições de vaga evitam termos como “jovem talento”, “recém-formado” ou “perfil júnior”? - O RH considera profissionais maduros para cargos operacionais e estratégicos? 2. Cultura organizacional: - O tema da diversidade etária está incluído nas ações de DEI? - A comunicação interna retrata pessoas de diferentes idades em cargos de liderança? - Existem canais para denunciar qualquer tipo de discriminação? 3. Desenvolvimento e carreira: - Pessoas 50+ têm acesso a programas de formação, capacitação e mentoring? - A empresa promove ações para combater estereótipos sobre envelhecimento? - Há incentivo à troca intergeracional e à valorização da experiência? 4. Gestão de talentos e sucessão: - Profissionais maduros são considerados em planos de sucessão? - Existe um olhar estratégico para manter 50+ na ativa, inclusive com formatos híbridos ou carga horária flexível? 5. Preparação para aposentadoria: - Sua empresa tem programas voltados à transição e à preparação para aposentadoria? - Há políticas para que esse momento não represente exclusão, mas sim reorientação? Passando a limpo Se sua empresa respondeu “não” ou “não sei” para um ou mais itens, já é sinal de alerta. O etarismo estrutural pode estar presente e impactando diretamente a diversidade, a inovação e os resultados da sua equipe. O combate ao etarismo não começa só com treinamentos, mas com uma mudança de mentalidade nos processos mais básicos do RH. Trata-se de enxergar a idade como um ativo estratégico e não como um impeditivo. Já conhece a certificação Age Friendly? O selo Age Friendly Employer reconhece as empresas promotoras da diversidade etária. Atualmente são 19 empresas certificadas no Brasil, organizações que estão na vanguarda das melhores práticas para um ambiente inclusivo para pessoas 50+. Se a sua empresa quer entender como iniciar essa jornada e obter a Certificação Age-Friendly, preencha o formulário para agendar uma reunião com a nossa equipe.
4 de novembro de 2025
O último MeetupMaturi de 2025 reuniu duas empresas que vêm se destacando na pauta da diversidade etária: Sanofi e Volkswagen . Representadas por Alexandre Porto, Co-líder do grupo Gerações Conectadas da Volkswagen, e Elcio Monteiro, do Pilar de Gerações+ da Sanofi, as organizações compartilharam suas jornadas no processo de Certificação Age-Friendly Employer, mostrando, na prática, o que significa transformar a cultura organizacional em direção a um ambiente realmente multigeracional. O encontro revelou aprendizados valiosos sobre como as empresas podem evoluir em seus roadmaps age-friendly — da conscientização à implementação de ações concretas. A seguir, reunimos cinco grandes insights dessa conversa inspiradora. 1. A jornada começa conhecendo a realidade geracional da organização Antes de qualquer estratégia, é essencial conhecer a própria realidade geracional. A Volkswagen percebeu que o primeiro passo para se certificar era entender quem são seus colaboradores 50+, onde estão as oportunidades e quais áreas precisavam se envolver mais com o tema. "O primeiro passo é saber onde estamos e com quem estamos. A diversidade etária começa olhando para dentro" 2. Ser uma empresa age-friendly é assumir um compromisso público A Certificação Age-Friendly Employer não é apenas um selo — é um compromisso público de avanço contínuo. Como destacou a Volkswagen, o mais importante é demonstrar, de forma transparente, como a empresa reconhece e valoriza o protagonismo das diferentes gerações. "Mais do que conquistar a certificação, é mantê-la viva no cotidiano da empresa” 3. O que importa é evoluir: a recertificação mede progresso, não perfeição A Sanofi, primeira empresa certificada e recertificada no Brasil, destacou que o processo é uma oportunidade para comparar a empresa com ela mesma. A cada recertificação, é possível medir avanços, consolidar práticas e aprimorar o que ainda precisa evoluir. “A recertificação é sobre amadurecimento — ela reconhece quem continua aprendendo.”, Elcio Monteiro 4. Trocas entre empresas aceleram aprendizados Um dos diferenciais do ecossistema Age-Friendly é o espaço de trocas entre empresas certificadas. Durante os fóruns e encontros promovidos pela Maturi, companhias como Sanofi e Volkswagen compartilham experiências, desafios e soluções. Essa colaboração tem gerado novos programas, ideias e conexões que fortalecem toda a rede. “Quando as empresas trocam, todo o ecossistema evolui” 5. Diversidade etária é parte da estratégia, não um projeto paralelo Tornar-se uma empresa Age-Friendly não é sobre um programa pontual, mas sobre incorporar a longevidade como valor estratégico. Como reforçou a Sanofi, uma empresa verdadeiramente diversa é aquela que reflete a sociedade onde está inserida — em idade, gênero, raça e experiências. “A diversidade precisa estar integrada à estratégia, não isolada em um pilar” O encontro com Sanofi e Volkswagen mostrou que o caminho para a maturidade corporativa é feito de aprendizado, comprometimento e cooperação. Cada empresa está em uma etapa diferente do seu roadmap Age-Friendly, mas todas compartilham o mesmo propósito: criar organizações mais humanas, inclusivas e preparadas para o futuro do trabalho. 💡 Quer saber mais sobre a Certificação Age-Friendly e como aplicar esse roadmap na sua empresa? 👉 Acesse agefriendly.com.br