10 razões para contratar e reter trabalhadores 50+

Walter Alves • 14 de novembro de 2019

 A hora é de um alerta sobre uma mudança cultural. Empresas estão contratando e retendo trabalhadores com mais de 50 anos. A beleza disso é que ganham empresas e trabalhadores e, também, a economia.


Quando se trata de contratação, empregadores inteligentes sabem que a idade não pode ser um limitante. Empresas inovadoras querem pessoas talentosas. E num mercado de trabalho com frequentes mudanças os empregadores precisam abrir os olhos para as possibilidades de selecionar aqueles com décadas de conhecimento.


A verdade é que a experiência oferece vantagens. Veja dez principais razões para contratar e reter trabalhadores com mais de 50 anos.


  1. Lealdade. São mais decididos e menos propensos a desistir de empregos na primeira oferta para um novo trabalho. E vale a pena retê-los. Custa mais contratar novos funcionários do que reter e desenvolver os atuais. As empresas investem uma quantidade ridícula de recursos financeiros no recrutamento, seleção e treinamento de novos funcionários, apenas para descobrir que logo muitos partem para um novo emprego, num piscar de olhos, pela promessa de salários mais altos.

  2. Competência para tomada de decisão. Um benefício óbvio dos trabalhadores mais velhos é a experiência e as competências desenvolvidas ao longo do tempo. Um trabalhador experiente pode entrar em ação e resolver problemas em todos os níveis. Eles também aprimoraram as competências de pensamento crítico que podem ajudá-los a tomar decisões sólidas em tempo hábil, sem a utilização de manuais e adivinhação.


É legítima a dúvida dos empregadores quanto ao atraso dos trabalhadores mais velhos ​​no que diz respeito à tecnologia. No entanto, essas competências técnicas podem ser ensinadas e aprendidas, mesmo que num tempo mais longo. Nenhum treinamento, porém, pode construir o conhecimento e a sabedoria adquiridos durante 20 ou 30 anos de carreira.


  1. Equilíbrio. Os trabalhadores mais velhos, pela maturidade emocional, tendem a ser mais equilibrados e seguros de si. Os melhores funcionários são aqueles que trazem uma mistura de confiança e conhecimento.

  2. Capacidade cognitiva. O conjunto de competências pessoais procuradas num funcionário exemplar pode ser resumido a competências de liderança, de gestão, de comunicação e empatia. Estas qualidades continuam a ser desenvolvidas à medida que envelhecemos. E quando uma ótima ideia aparece, os trabalhadores mais velhos sabem o que fazer com isso, porque podem compará-la com o que foi bem-sucedido e o que fracassou.

  3. Atitude. Os trabalhadores mais velhos são proativos, positivos e práticos. Isso pode ser uma generalização, mas, nesta fase, os grandes desafios ou sonhos da vida estão ultrapassados. Este é o momento em que eles podem concentrar sua energia em seus empregos e focar numa carreira que, talvez, não tenha sido possível quando mais jovens.

  4. Colaboração. Trabalhadores experientes têm mais facilidade para procurar pessoas de outras áreas, idades e origens para conversar sobre suas ideias e opiniões. Eles valorizam o trabalho em equipe. Os dias do egocentrismo estão ultrapassados. Eles se sentem energizados ao trabalhar com um quadro diverso de colegas. Eles preferem concentrar seus esforços em realizar o melhor trabalho possível para a empresa, causando impacto e diferença.

  5. Liderança. Os trabalhadores que atuam há algumas décadas são frequentemente bons líderes, em grande parte devido às suas competências intrínsecas de comunicação. durante A comunicação não era por e-mails, mensagens de texto ou mídias sociais quando desenvolveram suas carreiras.

  6. Competências essenciais e network. Os 50+, geralmente, têm mais experiência em gestão, marketing, finanças e maior conhecimento dos setores. De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Envelhecimento e Trabalho do Boston College, 46,3% dos entrevistados disseram que seus funcionários mais velhos têm suas redes profissionais e de clientes mais estruturadas, em comparação com 30% que disseram o mesmo dos trabalhadores mais jovens.

  7. Produtividade. A diversidade de idades melhora o desempenho organizacional. Estudos descobriram que a produtividade dos trabalhadores mais velhos e mais jovens é maior em empresas com equipes formadas por pessoas com idades variadas.

  8. Mentores. Os trabalhadores mais velhos desempenham um papel vital no desenvolvimento de competências dos mais jovens. E o aprendizado é bidirecional. Cada geração se destaca da outra em determinadas competências e todos têm a oportunidade de aprenderem a se respeitar mutuamente.

E uma questão chave na mentoria bidirecional: todos, continuamente, aprendem novas maneiras de fazer novas coisas e, assim, mudam corações e mentes. As pessoas mais criativas frequentemente se envolvem em esforços de aprendizado ou autoaperfeiçoamento. Quando fazem isso, tudo ao redor se torna mais estimulante. Quando se adquire conhecimento, o mundo ao redor muda, as pessoas mudam.

Compartilhe esse conteúdo

Artigos recentes

Como o Grupo Boticário e a Maturi criaram um projeto para posicionar a marca como um dos maiores ali
11 de dezembro de 2025
Como o Grupo Boticário e a Maturi criaram um projeto para posicionar a marca como um dos maiores aliados das mulheres maduras do Brasil
11 de novembro de 2025
O etarismo no ambiente de trabalho pode ser sutil — e, justamente por isso, perigoso. Muitas vezes, ele está embutido em processos, linguagens e práticas que parecem neutras, mas que na prática excluem profissionais mais velhos. O prejuízo não se limita a quem é deixado de fora, mas às empresas, que perdem talento, diversidade e performance. Segundo o relatório Future of Work 2023 , da AARP (American Association of Retired Persons), 2 a cada 3 profissionais 50+ já sentiram discriminação por idade no trabalho. No Brasil, a Pesquisa Maturi (2023 - acesse aqui ) mostra que 9 em cada 10 profissionais maduros estão em busca de recolocação. “Enquanto o tema for abordado como um posicionamento de marca, dificilmente haverá uma transformação genuína na sociedade. Porém, nós entendemos que esse esforço não pode caminhar sozinho pelo setor privado, é necessário que o governo e a sociedade estejam na mesma direção”, comenta Mórris Litvak, CEO e fundador da Maturi. Está na hora de rever práticas e criar ambientes mais inclusivos para todas as idades. A seguir, um checklist para você identificar se o etarismo ainda está presente na sua organização: Checklist: sua empresa está pronta para incluir talentos 50+? 1. Recrutamento e seleção: - Você analisa se profissionais 50+ estão chegando às suas shortlists? - As descrições de vaga evitam termos como “jovem talento”, “recém-formado” ou “perfil júnior”? - O RH considera profissionais maduros para cargos operacionais e estratégicos? 2. Cultura organizacional: - O tema da diversidade etária está incluído nas ações de DEI? - A comunicação interna retrata pessoas de diferentes idades em cargos de liderança? - Existem canais para denunciar qualquer tipo de discriminação? 3. Desenvolvimento e carreira: - Pessoas 50+ têm acesso a programas de formação, capacitação e mentoring? - A empresa promove ações para combater estereótipos sobre envelhecimento? - Há incentivo à troca intergeracional e à valorização da experiência? 4. Gestão de talentos e sucessão: - Profissionais maduros são considerados em planos de sucessão? - Existe um olhar estratégico para manter 50+ na ativa, inclusive com formatos híbridos ou carga horária flexível? 5. Preparação para aposentadoria: - Sua empresa tem programas voltados à transição e à preparação para aposentadoria? - Há políticas para que esse momento não represente exclusão, mas sim reorientação? Passando a limpo Se sua empresa respondeu “não” ou “não sei” para um ou mais itens, já é sinal de alerta. O etarismo estrutural pode estar presente e impactando diretamente a diversidade, a inovação e os resultados da sua equipe. O combate ao etarismo não começa só com treinamentos, mas com uma mudança de mentalidade nos processos mais básicos do RH. Trata-se de enxergar a idade como um ativo estratégico e não como um impeditivo. Já conhece a certificação Age Friendly? O selo Age Friendly Employer reconhece as empresas promotoras da diversidade etária. Atualmente são 19 empresas certificadas no Brasil, organizações que estão na vanguarda das melhores práticas para um ambiente inclusivo para pessoas 50+. Se a sua empresa quer entender como iniciar essa jornada e obter a Certificação Age-Friendly, preencha o formulário para agendar uma reunião com a nossa equipe.
4 de novembro de 2025
O último MeetupMaturi de 2025 reuniu duas empresas que vêm se destacando na pauta da diversidade etária: Sanofi e Volkswagen . Representadas por Alexandre Porto, Co-líder do grupo Gerações Conectadas da Volkswagen, e Elcio Monteiro, do Pilar de Gerações+ da Sanofi, as organizações compartilharam suas jornadas no processo de Certificação Age-Friendly Employer, mostrando, na prática, o que significa transformar a cultura organizacional em direção a um ambiente realmente multigeracional. O encontro revelou aprendizados valiosos sobre como as empresas podem evoluir em seus roadmaps age-friendly — da conscientização à implementação de ações concretas. A seguir, reunimos cinco grandes insights dessa conversa inspiradora. 1. A jornada começa conhecendo a realidade geracional da organização Antes de qualquer estratégia, é essencial conhecer a própria realidade geracional. A Volkswagen percebeu que o primeiro passo para se certificar era entender quem são seus colaboradores 50+, onde estão as oportunidades e quais áreas precisavam se envolver mais com o tema. "O primeiro passo é saber onde estamos e com quem estamos. A diversidade etária começa olhando para dentro" 2. Ser uma empresa age-friendly é assumir um compromisso público A Certificação Age-Friendly Employer não é apenas um selo — é um compromisso público de avanço contínuo. Como destacou a Volkswagen, o mais importante é demonstrar, de forma transparente, como a empresa reconhece e valoriza o protagonismo das diferentes gerações. "Mais do que conquistar a certificação, é mantê-la viva no cotidiano da empresa” 3. O que importa é evoluir: a recertificação mede progresso, não perfeição A Sanofi, primeira empresa certificada e recertificada no Brasil, destacou que o processo é uma oportunidade para comparar a empresa com ela mesma. A cada recertificação, é possível medir avanços, consolidar práticas e aprimorar o que ainda precisa evoluir. “A recertificação é sobre amadurecimento — ela reconhece quem continua aprendendo.”, Elcio Monteiro 4. Trocas entre empresas aceleram aprendizados Um dos diferenciais do ecossistema Age-Friendly é o espaço de trocas entre empresas certificadas. Durante os fóruns e encontros promovidos pela Maturi, companhias como Sanofi e Volkswagen compartilham experiências, desafios e soluções. Essa colaboração tem gerado novos programas, ideias e conexões que fortalecem toda a rede. “Quando as empresas trocam, todo o ecossistema evolui” 5. Diversidade etária é parte da estratégia, não um projeto paralelo Tornar-se uma empresa Age-Friendly não é sobre um programa pontual, mas sobre incorporar a longevidade como valor estratégico. Como reforçou a Sanofi, uma empresa verdadeiramente diversa é aquela que reflete a sociedade onde está inserida — em idade, gênero, raça e experiências. “A diversidade precisa estar integrada à estratégia, não isolada em um pilar” O encontro com Sanofi e Volkswagen mostrou que o caminho para a maturidade corporativa é feito de aprendizado, comprometimento e cooperação. Cada empresa está em uma etapa diferente do seu roadmap Age-Friendly, mas todas compartilham o mesmo propósito: criar organizações mais humanas, inclusivas e preparadas para o futuro do trabalho. 💡 Quer saber mais sobre a Certificação Age-Friendly e como aplicar esse roadmap na sua empresa? 👉 Acesse agefriendly.com.br