Marketplace: escolha um para chamar de seu
Marketplace: tema do primeiro Maturi Day do ano sobre “Economia Criativa”, os shoppings virtuais receberam mais de um bilhão de visitas em 2020.
O marketplace é um sistema de plataforma, no qual diferentes lojas e lojistas podem vender produtos, da mesma forma como funciona um shopping.
O que você pode se perguntar é: tendo um negócio pequeno, usando a mesma comparação, sendo um negócio pequeno, uma lojinha de bairro, como bancar uma em um shopping?
Quem abre esta porta é a tecnologia e ficar fora dele, representa não abocanhar uma fatia de R$ 87,4 milhões. Em 2020, comércio eletrônico avançou 41%.
E segundo dados da pesquisa Ebit|Nielsen, os marketplaces foram responsáveis por 78% deste montante. O estudo aponta que o número de visitas em sites brasileiros ultrapassou a marca de 1 bilhão durante 2020.
No 2º trimestre do ano passado, houve um crescimento de 95% de pedidos online e um aumento de 171% em unidades vendidas.
Definitivamente, não dá para ficar de fora!
Esse crescimento vertiginoso foi resultado direto da crise sanitária. O varejo brasileiro no cenário pré-pandemia era majoritariamente off.
A participação do digital no comércio era de apenas 5%. Além da migração forçada causada pelo fechamento do estabelecimentos por longo período de tempo, existem outros fatores que contribuíram para este fenômeno: os millennials – que nasceram conectados – já estão movimentando seu próprio dinheiro, a facilidade de novos meios de pagamento, como o Pix, e principalmente a incorporação do smartphone como um objeto parte da vida e gerador de estímulos rápidos de venda.
De acordo com a pesquisa da Neotrust, 7,3 milhões de brasileiros realizaram sua primeira compra online durante o primeiro semestre de 2020.
Clientes e empresas tiveram que se adaptar a multicanais de compras como os marketplaces, as redes sociais (Whatsapp, Facebook etc.), até mesmo criando site próprio. Segundo dados do E-commerce Brasil, 95% das pessoas que compram online, compram com frequência em Marketplaces.
Os números estão aí para comprovar a eficácia e a necessidade de estar on-line, mas não para assustar. Existem plataformas de vendas para todos os bolsos, tamanhos e tipos de empresas e até os grandes players abrem espaço para micro e médio empreendedores.
Sabemos que nem sempre é fácil conseguir uma vaga no mercado de trabalho depois dos 50 anos e o empreendedorismo aparece como uma oportunidade para fazer o que gosta, manter uma entrada de dinheiro e no melhor dos cenários, trabalhar com seu propósito de vida sendo seu próprio patrão.
A seguir conheça três exemplos de marketplace no Brasil e veja qual se adequa melhor ao seu negócio:
Elo 7

Se o seu talento tem a ver como economia criativa, um bom lugar para montar sua loja virtual é o Elo7. A plataforma tem cerca 150 mil vendedores ativos, atua em mais de 4 mil cidades do País e já gerou mais de R$3 bilhões de renda em seus 13 anos de existência.
Cabe destacar que 8 em cada 10 vendedores (83%) trabalham sozinhos, sem mais alguém na empresa. Além disso, 73% trabalham dentro de casa e 62% só vendem seus produtos online. O Elo7 oferece 21 filtros para encontrar trabalhos feitos à mão.
“Tivemos um aumento de novos compradores se cadastrando no site no ano passado. Notamos uma queda em categorias como festas e casamento e um crescimento em decoração, cosméticos e Bebê cresceram bem. Em geral, tivemos um aumento de 18% no total das vendas, com mais de 180 mil pedidos de máscaras,” comenta Gestora de Comunidade do Elo7, Nathália Raggi.
Ela é a convidada do primeiro MaturiDay do ano que tem como tema “Como ganhar dinheiro na Economia Criativa: Oportunidades e desafios para os 50+” que acontece no dia 10 de junho, a partir das 18h.
“Espero mostrar aos maturis novos caminhos que podem não só oferecer uma renda, mas também um trabalho com propósito e significado”, complementa a socióloga e mestra em Educação pela UNICAMP.
Para se filiar na Elo7, basta acessar o site e criar seu cadastro. É gratuito e não é obrigatório ter CNPJ.
Rede Dotsy

A Rede Dotsy já nasceu on-line. No princípio, era um grupo fechado de 10 mil membros no Facebook. Desde o começo, as regras pediam uma breve apresentação e depois, a descrição do produto ou serviço oferecido. Era a forma encontrada para dar um rosto e também aproximar as pessoas conhecendo um pouco mais uma das outras.
O grupo foi crescendo organicamente até migrar para a internet em uma primeira versão do marketplace. O sucesso foi tanto que em 2018, a fundadora Kuki Bailly foi selecionada para participar do programa Community Leadership Circles realizado em Berlim, na Alemanha, para 97 líderes de comunidades no mundo todo e ainda venceu na categoria de inclusão financeira do desafio MIT IDE Inclusive Innovation Challenge, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Como empreendedora e sempre buscando inovar, a receita de sucesso de Kuky foi “fazer algo que ama muito, estudar o mercado, observar a concorrência, ser criativo, ser otimista e perseverante, resiliente. Erros levam ao acerto. Não investir o próprio capital e SEMPRE usar capital de terceiros”.
Em setembro de 2019, veio uma nova mudança: pagando por uma assinatura, empreendedores podem divulgar produtos e serviços para os milhares de membros do grupo.
Também ganham espaço em um site criado exclusivamente para expor esses negócios. São comercializados produtos e serviços de segmentos diversos, como alimentício, decoração, moda, entre outros.
Atualmente, conta com mais 150.000 empreendedores e o volume bruto das mercadorias é de 250 a 300 milhões ano em movimentação financeira.
Magazine Luiza

A Magazine Luiza, por sua vez, nasceu completamente analógica. Foi fundada em 1957, como uma loja de presentes na cidade de Franca, no interior de São Paulo e hoje é um dos principais players do comércio na internet.
Ousadia e determinação fizeram que a varejista fosse pioneira na criação do modelo de loja virtual. Em 1992, a empresa desenvolveu terminais multimídias em que os clientes podiam realizar as compras com a ajuda de vendedores.
“Com a globalização, as empresas serão desafiadas a expandir suas barreiras e, por exemplo, se antes bastava ser regional, agora precisará se tornar nacional. E isso é a parte mais rica do mundo online:
encurtar fronteiras e colocar mais potenciais consumidores em contato com seu produto”, comenta Mariana Castriota, gerente de marketplace do Magalu. “A loja física não deixará de existir, mas é fato que a internet, enquanto local de consumo, será cada vez mais relevante na vida das pessoas.”
No Magalu, a última década foi marcada pela digitalização da empresa em uma estratégia omnichannel usando ferramentas como de live streaming, microinfluenciadores como divulgadores, uso superapps e de programas de fidelidade e benefícios como o cashback.
E como o pequeno negócio entra aqui?
Dá até para brincar com aquele ditado “se você não pode com lutar contra seu inimigo, junta-se a ele”. A empresa abriu uma plataforma focada no pequeno e médio varejista, o Parceiro Magalu. No primeiro trimestre de 2021, somavam mais de 56.000 vendedores, quase 40% deles como MEIS.
Ao se inscrever, os empreendedores têm a um ecossistema (do faturador à logística) sem custo de utilização. Paga-se apenas uma comissão de 3,99% (valor atual) por venda aprovada.
Além disso, oferecem vários cursos de capacitação para ajudar no processo de digitalização, além de outras facilidades: como cadastro facilitado, link de pagamento e até mesmo entrega local (modalidade em que o fornecedor pode fazer a entrega direto de seu estabelecimento).
Aliás, a educação é uma tema recorrente nesse modelo de marketplace. Todos eles tem parceria com o Sebrae para acesso a programas de suporte para a instalação, manutenção e crescimento da loja virtual.
A Magalu adquiriu no ano passado , a Comschool, uma das principais empresas de formação no universo do e-commerce. Com isso, criaram a Unimagalu com várias trilhas de conhecimento gratuitas para deixar nossos parceiros cada vez mais por dentro do mundo digital.
O Elo 7 oferece também conteúdos, capacitações e até programas de aceleração para os empreendedores.
No Instagram @elo7vendedores, realizam lives semanais e disponibilizamos muitos conteúdos para desenvolvimento do negócio criativo.
Este ano, lançaram também um programa de Aceleração com a Rede Design Possível e 15 marcas serão selecionadas para um programa completo e individualizado.
Dicas para ter sucesso em um marketplace
Agora que você conhece um pouco mais das oportunidades e vai se arriscar a entrar em um marketplace, veja aqui seis dicas de como se destacar.
Afinal, segundo dados divulgados pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), mais de 150.000 lojas online foram criadas entre março e julho no Brasil 2020.
- ofereça produtos diferenciados e criativos com um ótimo conceito e uma boa estória por trás dele;
- tenha um bom catálogo com descrição completa e detalhada do produtos que informa aos nossos clientes todas as informações necessárias para tornar a compra segura e fidedigna;
- mantenha estoques sempre atualizados e com preços competitivos no seu marketplace;
- esteja por dentro de nossos calendários promocionais e usufruir dessas datas sazonais para colocar os produtos certos para o momento em nossas campanhas;
- atenda rápido e com eficiência os clientes mantendo o nível de serviço e também a reputação;
- faça boas fotos dos produtos e tenha um ótimo material para divulgação e comunicação.
Ou seja, o mar é grande, mas o anzol tem que ser atraente para fisgar o cliente.
Serviço
MaturiDay
“Como ganhar dinheiro na Economia Criativa: Oportunidades e desafios para os 50+”
Data: 10 de junho
Horário: das 18h às 21h
Evento on-line e gratuito via zoom
Inscrições: http://maturi.in/mday2021
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