Ingresso solidário promove inclusão digital e ajuda financeira aos maturis

Regiane Bochichi • 6 de julho de 2020

 

Parte da renda do ingresso solidário será destinada a três instituições que estão atendendo idosos remotamente


Começa hoje, 06 de julho, e vai até dia 09, o MaturiFest 2020 totalmente online. Serão quatro dias de muito aprendizado e trocas com mais de 20 palestras e 12 salas de networking.


Para muitos maturis, o isolamento social ajudou dar um salto tecnológico intensificando o uso das redes sociais e as ferramentas de reuniões virtuais.


Para outros, desvendar esse mundo só foi possível graças ao trabalho voluntário de Organizações Não Governamentais que atuam para oferecer apoio moral e financeiro.


Foi pensando nisso que parte do valor arrecadado pelo ingresso solidário – uma das opções de participação, com custos de R$ 40,00 e R$ 60,00 – será destinado a três projetos dedicados a atender idosos: o Instituto Velho Amigo, a Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade e o Ecotece.


“O apoio do Maturi é muito importante sobre vários aspectos: nos apoia no fortalecimento como rede atuante em prol a causa, dando visibilidade às ações do Instituto Velho Amigo e por último, financeiramente, com o valor sendo destinado às nossas ações emergenciais, tão essenciais em tempos difíceis como este”, afirma a gerente executiva, Debora Santos de Conti. “Em nossa experiência, notamos que houve um maior interesse dos próprios em usar a tecnologia que solicitam ajuda ou buscam este meio para interagir”.


Instituto Velho Amigo atende mais de 1700 pessoas e tem como missão a inclusão dos mais velhos, por meio de uma participação ativa em suas histórias de vida e na sociedade, por isso mesmo antes da pandemia, já atuava com projetos de inclusão digital.


Com a chegada do coronavírus, as ações foram reforçadas com a criação e-books explicativos, tutoriais via whatsapp, vídeos aulas, além do programa “Alô amigo”, onde os voluntários, após passar por uma orientação dada pela equipe, realizam ligações diárias, auxiliando-os no acesso à internet, no manuseio do celular e outras dúvidas que surgem.


O resultado deste mutirão é que apenas 2% não conseguem participar das atividades oferecidas. Mas, nem mesmos estes ficam desamparados. O atendimento, neste caso, é feito por meio do telefone fixo.


Débora, também, acredita que os principais problemas enfrentados pelos maturis neste período foram a solidão e a questão monetária pois muitas pessoas atendidas no Velho Amigo vivem da aposentadoria e ainda são arrimo de família que perderam suas rendas sem poder saírem de casa. Além disso, ao se tornarem grupo de risco, aumenta o preconceito já existente e é encorajado pelo posicionamento do governo e pela falta de políticas públicas voltados para o bem envelhecer. 

Ingresso Solidário vai ajudar projeto Conecta Longevidade de inclusão digital 60+


Já a Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade, fundada em 2006, presta serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para 350 pessoas em um centro de convivência situado na cidade de Carapicuíba, localizada na região grande oeste de São Paulo. Sem poderem ir pessoalmente, a solução foi aparelhar os participantes para que possam manter o contato e fazer as atividades propostas à distância.


Para se ter uma ideia, do total atendido, cerca de 250 tem algum device e, os outros 100 precisam de um. 

“Aprender a usar o celular, o computador ou um tablet significa a possibilidade de obter novos conhecimentos, participar da sociedade e resgatar a autoestima”, conta a presidente e co-fundadora, Mônica Rosales. “Por isso, desde 2012, mantemos o programa Conecta Longevidade. O progresso é lento, mas com a quarentena, tivemos que acelerar e vencer as limitações com a falta de equipamentos, o subsídio para wi-fi e também, a tecnofobia que muitos ainda tem”. 


“Por isso, é muito importante dar visibilidade a projetos ligados à maturidade ativa, seja ela para o público com vulnerabilidade social ou para a sociedade que busca uma inserção melhor de seu papel para os novos desafios deste tempo”, acrescenta Mônica.


Atualmente, são oferecidos atendimentos psicológicos, rodas de terapia comunitária e de conversas, aulas de tecnologia, ginástica, dança, música, artes, teatro, usando recursos como Zoom, lives nas redes sociais e até mensagens por WhatsApp.


Projeto “Conecta Longevidade” da Associação São Joaquim, se adaptou a pandemia

“Todos com Máscara” beneficiado com Ingresso Solidário


É assim também que o Instituto Ecotece tem reunido as 53 costureiras divididas em 13 grupos que estão na campanha “Todos com máscaras!” que visa produzir 15.000 unidades para serem distribuídas nas próprias comunidades. Fundado em 2005, a ONG atua com moda sustentável nas áreas de educação, desenvolvimento de produtos e amparo a grupos produtivos em situação de vulnerabilidade.


Com a ameaça da Covid-19, a equipe entrou em home office e para montar o projeto tudo teve que ser resolvido virtualmente. “Mesmo parecendo um produto simples, tem perfis técnicos a serem cumpridos, tamanhos, tipos de tecido, ademais toda cadeia de fornecedores estava quebrada.


Foi um filme de terror para conseguir algo simples como elásticos”, relembra a diretora Lia Spínola. ”Passamos todas as explicações para as costureiras digitalmente, que muitas vezes, tinham problemas de conexão. Usamos até uma reunião virtual para uma mediação entre os grupos, tipo de coisa que fazíamos presencialmente.”

Depois deste trabalho inicial, o instituto está buscando os recursos financeiros para colocar o projeto em pé por meio de uma vaquinha virtual, parceiras como esta com o ingresso solidário do MaturiFest e buscando novas demandas de empresas para aumentar a escala de produção e consequentemente, o retorno econômico. “Um outro ponto que vale ressaltar é que as costureiras envolvidas na produção se sentem ativas e ter um trabalho relevante está sendo bastante importante para saúde mental delas”, conta Lia.

Na moda, começa a ter um movimento contra o idadismo.


Apesar de muitas marcas passarem a noção de juventude, há uma parcela delas preocupada em criar roupas mais atemporais e com tamanhos adequados para atender a população que está envelhecendo.


Em outra ponta, no Ecotece, tem aumentando a procura por pessoas 50+ que querem empreender e buscam o setor de vestuário mesmo sem ter experiência anterior. “Há casos de mães e filhas, psicólogos e aposentados que querem nosso auxílio para criarem suas marcas e com certeza, essas coleções terão a cara desta faixa etária já que entendem as necessidades”, explica Lia. “De mais a mais, nossas costureiras estão todas nesta faixa etária com 20, 30 anos de experiência”.


Além de conhecimento, networking e muita experiência, sua participação do #MaturiFest2020 está ajudando a fazer o bem.


Quer colaborar também? Adquira AQUI seu Ingresso Solidário e faça parte dessa corrente de apoio aos maduros. Além de ajudar as ONGs, os pagantes tem acesso a Salas Exclusivas de Networking no Zoom e a gravação dos melhores momentos para assistir quando quiser na plataforma Maturi Academy, por um período.


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